domingo, 29 de novembro de 2009
Avaliar
Na maioria das escolas, o professor ainda ocupa papel de destaque na dinâmica do processo ensino aprendizagem, que se efetiva em um espaço privilegiado, instituído pela sociedade - a escola. É nesse espaço que o professor concretiza sua prática pedagógica determinada pela sua experiência, seus valores, seu comprometimento, seu contexto social e onde vivência múltiplas interações. Com base nas abordagens cognitivista e humanista, expressas em Mizukami (1986), o professor é aquele que: • assume o papel de orientador. Ele conduz e orienta o processo, cria condições para que o aluno analise seu contexto e produza cultura, conduz o processo de forma participativa, através do diálogo e da cooperação. Trata o aluno como pessoa concreta, determinada pelo seu contexto histórico e que o torna um ser individual; • assume o papel de facilitador da aprendizagem. Não é meramente um transmissor de conhecimentos. Referindo-se à função diagnóstica de avaliação. Mediano, citado por Candau (1988, p. 137), diz que a avaliação tem "como principal objetivo diagnosticar as dificuldades do processo de transmissão/aquisição do conhecimento, buscar as falhas tanto na transmissão, como na aquisição, para tomar decisões acerca da próxima etapa do processo".
Como trabalho com turma de Educação Infantil não utilizamos notas e conceitos fazemos de forma descritiva sempre abordando o que foi trabalhado no semestre bem como os avanços na aprendizagem, tando nos aspectos cognitivos, relacionais, participação.
Avalio continuamente minha turma, quando estão realizando alguma tarefa, trabalhos em grupos, pracinha observo a laterialidade, motricidade fina e ampla, para planejar atividades diferenciadas para trabalhar estas habilidades.
Como utilizo parecer descritivo fica difícil por exemplo relatar atitudes com colegas agressividade, falta de limites, atitudes, mordidas, egocentrismo.
Utilizo os resultados da avaliação para fazer um diagnóstico de meu planejamento se estou alcançando os objetivos, o que preciso rever estratégias para chegar se os educandos estão desenvolvendo habilidades. Acredito que estamos sempre aprendendo sobre como avaliar, posso aperfeiçoar minha prática pedagógica em relação avaliação realizando constantemente uma auto avaliação das minhas aulas, se estou conseguindo transmitir conhecimentos ao educando de forma eficaz.
De acordo com a abordagem humanista, o professor desenvolverá suas próprias estratégias de ensino e usará sua capacidade e criatividade para a avaliação. Rogers (1985) nos diz que o educador eficiente desenvolverá seu estilo próprio para facilitar a aprendizagem dos seus alunos e por inferência acrescentamos, para facilitar o processo de avaliação. Ainda que seja em uma postura tradicional, quando se exacerba o uso do instrumento prova, segundo Carvalho (1987, p.347) "o bom senso do professor o levará, então a optar por este ou por aquele meio de verificar a aprendizagem, e sua criatividade irá impulsioná-lo a imaginar novos meios, ou a conjugar, em uma prova, dois ou mais recursos".
O professor precisa ser criativo em avaliar, pois é através dos resultados da avaliação que ele faz um diagnóstico das aulas, bem como ajustes nos conteúdos e estratégias a serem planejadas.
domingo, 22 de novembro de 2009
Leitura
Ao ler o texto: PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL LEITURA COMPLEMENTAR 6-Fala do trabalho de textos com palavras já conhecidas pelas crianças, que elas já tenham visto escritas ou mesmo escutado com alguma freqüência, é mais fácil para elas reterem o texto. E também fica mais fácil para associar as sílabas destas palavras a outras palavras.
sábado, 14 de novembro de 2009
Saida de campo
Nossa educação sofreu e vem sofrendo mudanças bruscas no que diz respeito à socialização, embora tenhamos vivido em um passado de erros, onde se educava para o trabalho, onde apenas as partes privilegiadas da sociedade tinham o direito à educação, hoje rumamos em busca de uma “educação para todos”, onde: crianças, adultos, pobres e ricos, todas as raças, todas as crenças, enfim todo e qualquer cidadão tem o direito a educar-se e fazer a diferença dentro da sociedade em que vive.
Nossa pesquisa gerou em torno de entrevista de professores que trabalham com educação de jovens e adultos, identificou que o aluno jovem e adulto é aquele que busca uma segunda chance em estudar, que por algum motivo parou e agora busca nos estudos uma qualidade de vida melhor tanto intelectualmente como profissional. Geralmente este aluno tem uma baixa auto estima, são donas de casas, trabalhadores rurais e de serviços gerais, sem muitas oportunidades de vida, com salários inferiores, mas com muita experiência de vida e vontade de estudar.
A pesquisa demonstra que as diferenças culturais quando trabalhadas de forma positivas enriquecem o trabalho em sala de aula, mas do contrário pode até geral uma exclusão no ensino de EJA.
A pesquisa cita alguns elementos fundamentais para o sucesso na EJA como:
Valorização do conhecimento;
Respeito pelo ritmo de cada um;
Valorização das conquistas;
Amor;
Força de vontade;
Pesquisas e criatividade;
Simplicidade;
Conhecimento da realidade;
Amizade;
Interesse, participação, dedicação e cooperação.
Estes jovens e adultos demonstram uma linguagem mais simples, que traz muito de sua cultura, seus pensamentos normalmente obedecem ao comportamento que é uma reprodução da sociedade em geral com seus mecanismos, seguindo muito a mídia com um pensamento mais limitado.
Como diz o texto de Martha Kolh sua maior dificuldade está em decifrar a linguagem escolar, mais do que o conteúdo em si.
Outra grande dificuldade segundo a pesquisa é em assimilar o conteúdo e principalmente a vergonha por freqüentar a escola depois de adultos.
O trabalho com EJA, sem dúvida é uma conquista social e cidadã, onde pessoas encontram a dignidade, o direito a educação, mesmo que mais tarde, mas a encontram, pois nunca é tarde para se aprender. O ser humano vive em constante aprendizado, com ideais diferenciados, desde aprimorar conhecimentos, até mesmo aprimorar sua condição profissional, o respeito social e a confiança de viver em um mundo igual a todos. A educação de jovens e adultos teve muitos avanços em relação à legalidade, onde antes aprender era um desafio, hoje é um direito de todos, ainda que nem todos conquistem esse direito estamos caminhando para isso. Educadores como Paulo Freire, acreditara no passado, na educação cidadã, mesmo que muitos não acreditassem, hoje percebemos que este tipo de educação é o futuro, onde podemos verificar que educar e aprender é um processo constante, onde tudo devemos levar em conta, que experiência de vida é um dos mais importantes artefatos de aprendizagem e que se não levarmos isso, a nossa cultura, a nossa sociedade em si para sala de aula, não será um aprendizado completo. A alfabetização hoje além de um direito cidadão é uma forma de se conseguir a dignidade, de interagir na sociedade e se não respeitarmos esse direito é como não vivermos em sociedade com igualdade.
GIROUX, Henry. Alfabetização e a pedagogia do empowerment político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1-27.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire. 27. ed. São Paulo: Brasiliense, 2006.
FREIRE, Paulo. A dialogicidade: essência da educação como prática de liberdade. In: Pedagogia do oprimido. 21. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. p. 77-120.
VIERO, Anézia. Educação de jovens e adultos e educação popular. Porto Alegre: UFRGS, 2009
Oliveira, Marta Kohl de Jovens e adultos como sujeitosde conhecimento e aprendizagem In:
domingo, 8 de novembro de 2009
Temas geradores
Diante dos alunos, o professor mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do deslocamento em sílabas das palavras geradoras.
O conjunto das geradoras deve conter as diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e escrita.
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápida e acessível aprendizado, mas pretende habilitar o educando a ler o mundo trata-se de aprender a ler a realidade, conhecê-la para em seguida poder reescrever essa realidade transformá-la.
Nosso papel como educador não é falar sobre a nossa visão do mundo, ou tentar impôr-la a ele, mas dialogar com ele sobre a sua e a nossa. Temos de estar convencidos de que a sua visão do mundo, se que manisfesta nas várias formas de sua ação, reflete a sua situação no mundo em que se constitui. Segundo Freire o tema gerador, é o universo mínimo temático, uma proposta metodológica que tem como base a teoria lógica do conhecimento. O tema gerador permite elaborar idéias de diversos pontos de vista. Assim sendo, podemos dizer que o educando deve estar diante de situações de conflitos desafios para que passe pelos estados de reconstrução, desconstrução e construção provisórias, criação e recriação para que assim desenvolva seu pensamento critico e o na busca pelo novo conhecimento, fazendo uma leitura e releitura de mundo, a qual permite uma nova leitura.
Utilizar o diálogo, e também a troca de saberes possibilita ao educando aprender com o outro , a aprendizagem é mais rápida e eficaz. O Trabalho com temas geradores possibilita ao educando interagir com o meio ao qual esta inserido, estando o tema gerador dentro de sua realidade ficará a aprendizagem significativa resultando em uma alfabetização bem mais rápida e educandos mais participativos nas aulas.
Educaçao de surdos
Hoje percebo que já estamos dando os primeiros passos no que diz respeito a inclusão em nossas escolas, recebemos alunos portadores de necessidades especiais cegos, mudos, surdos, mudos e surdos, cadeirantes entre tantas outras e todos aprendem através da interação e troca. Eles possuem o mesmo potencial cognitivo porém comunicam-se através de uma linguagem diferente.
sábado, 31 de outubro de 2009
O Menino Selvagem
Itard compreende que se trata de uma situação excepcional: um adolescente privado de educação por ter vivido afastado dos indivíduos da sua espécie.
Ele era tratado com muito carinho e cuidados ele parecia não estar confortável em seu novo lar. Certo dia ele fugiu pela janela e foi pela floresta e quando sentiu fome tentou pegar uma galinha (para comer)onde foi surpreendido pelos donos da casa o afugentando. Depois retornou para casa. Não sei se ele considerava o seu verdadeiro lar a casa de Itard, penso que o seu verdadeiro desejo era retornar para a selva. Aparentemente parecia ser surdo por não falar, ele não falava porque não fora ensinado a linguagem oral. Aos poucos foi aprendendo a comunicar-se.
As raizes da história de educação dos surdos é marcada por vários fatores eles eram rejeitados pela sociedade; os surdos não podiam casar, os surdos eram considerados inferiores;
iIsolados nos asilos para que pudessem ser protegidos, viam os surdos como “anormais” ou “doentes”; poucos reconheciam os sujeitos surdos como cidadãos. Itard acreditava que Vitor também fora abandonado na selva pela família.
O filme é muito bom, pois descreve como eram tratadas as pessoas que nasciam surdas,era um crime bárbaro. Fiquei imaginando Vitor vivendo sozinho na selva, foi um milagre ter sobrevivido, também seu desejo em voltar para lá.
domingo, 25 de outubro de 2009
Projetos de Estudos
O Trabalho com Projetos de Estudos possibilita ao professor trabalhar partindo do que o educando já sabe e o que deseja aprender, proporcionando a ele que participe na elaboração e construção do conhecimento, tornando as aulas agradáveis e produtivas, há um elo, é possível trabalhar com a interdisciplinariedade envolvendo várias áreas do conhecimento.
domingo, 18 de outubro de 2009
Alunos do EJA
Assim, é essencial o contato com textos dos mais diferentes tipos e o incentivo à escrita.
Isto tudo mediado pelos temas trabalhados e suportado por materiais auxiliares. Os materiais auxiliares são de grande importância, permitem trabalhar muitas noções necessárias ao completo desenvolvimento da escrita e leitura, são as palavras cruzadas, os jogos com palavras, as fotos e recortes de gravuras de jornal, os exercícios mimeografados, um grande número de possibilidades que necessita um espaço próprio para ser discutido e avaliado.
sábado, 10 de outubro de 2009
Seu nome é Jonas
domingo, 4 de outubro de 2009
Surdos
Sei que a diversidade é condição humana, é natural a todas as espécies, é condição para que possamos nos desenvolver, nos aprimorar e nos modificar constantemente. Nesse sentido, é importante olharmos para os sujeitos relacionando-os com o ambiente sócio-cultural do qual participam.
Ainda que a escola não seja o único lugar possível e necessário de desconstrução de uma visão homogeneizadora acerca da constituição dos sujeitos, é fundamental que ela se mobilize em discutir alternativas de legitimação do outro garantindo uma educação em sintonia com os princípios orientadores de uma escola para todos. A escola é um lugar onde uma rede complexa de significados e comportamentos são compartilhados na convivência entre todos.
No semestre passado na interdisciplina Educação com Pessoas Especiais, aprendi bastante sobre a diversidade e pude compreender melhor o quanto é importante nos apropriarmos de informações diversas sobre vários tipos de Necessidades Especiais bem como a importância de termos um olhar diferenciado sobre o aluno(a) procurando oferecer a ele(a) meios , recursos, para que ele possa progressivamente apropriar-se de saberes, e que através de trocas suas relações afetivas venham a ampliar-se e que esta interação com o outro venha contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo. Todos ganham com a inclusão, aprendemos a respeitar, a conviver com as diferenças, aprendemos ser mais afetuosos, esquecemos da individualidade.
sábado, 26 de setembro de 2009
Alfabetização e a pedagogia do empowerment político
domingo, 20 de setembro de 2009
Trabalhando com PA
A turma ao apresentar a questão a ser investigada irá apresentar ao professor o assunto de seu interesse, sendo assim participam e envolvem-se mais nas aulas.
Desenvolver no aluno o hábito de perguntar e questionar é prepara-los a serem atuantes na sociedade onde estão inceridos, precisamos sempre incentivar os questionamentos.
O trabalho com PA envolve todas as disciplinas, nele o aluno não estuda assuntos isolados onde muitas vezes não é significativo, no PA ele busca respostas a suas dúvidas. Trabalhar em pequenos grupos, possibilita a troca de saberes, também favorece aprender a respeitar a idéia apresentada pelos colegas.
No ano passado pude vivenciar esta experiência com as turmas de quarta série eu como professora do laboratório de informatica e a professora regente. Em pequenos grupos coletaram informações e entrevistas, tiraram fotos, e fizeram um filme para apresentar seus projetos. Eles ficaram envolvidos, e apresentaram suas descobertas para toda a turma. Possibilitou trabalhar com todas as áreas do conhecimento.
domingo, 13 de setembro de 2009
Planejamento
Considero importante alguns questionamentos para fundamentar meu planejamento:
1) Quais são os assuntos que meus alunos querem aprender?
2) Quais são os conteúdos que meus alunos encontram mais dificuldades? Como fazer (metodologia) mais eficaz para que eles possam aprender de uma forma mais facilitada.
3) Como ensinar a matemática de forma mais significativa para meu aluno?
4) Como desenvolver o hábito e o gosto pela leitura em meus alunos?
5) Quais os conteúdos realmente importantes para serem ensinados?
A organização e o estudo prévio dos assuntos a serem trabalhados facilita a aprendizagem do meu aluno e também facilita e qualifica meu trabalho como educadora.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE COMO ARTEFATOS CULTURAIS
A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002).
Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?
Pensamos sobre a aquisição da linguagem e seus usos através de vários sistemas representacionais e reconhecemos alguns desses sistemas como "verdadeiros" ou "mais verdadeiros" em determinadas épocas e contextos culturais. Assim, as representações de leitura, escrita e oralidade são construídas a partir de determinadas práticas culturais e estruturas sociais e de acordo com as demandas/necessidades da escola, etc.
Para o autor, a representação é produção de sentido através da linguagem, sendo que a linguagem não trabalha como espelho, por não existir uma simples relação de reflexo, imitação ou correspondência um-a-um entre linguagem e mundo real.
A aquisição da linguagem e seus usos através de vários sistemas representacionais e alguns desses sistemas como "verdadeiros" ou "mais verdadeiros" em determinadas épocas e contextos culturais. Assim, as representações de leitura, escrita e oralidade são construídas a partir de determinadas práticas culturais e estruturas sociais e de acordo com as demandas/necessidades da escola, etc.
Como as representações são noções que se estabelecem discursivamente, instituindo significados, interessa examinar como os discursos são construídos em meio a terrenos de luta por uma política de representação na escola, na academia, no cotidiano. (ver, por exemplo, algumas representações circulantes sobre leitura, oralidade e escrita, como - "quanto mais se lê, melhor se escreve"; "ele sabe muito português", "não tem um erro de ortografia", "as pessoas falam errado"; "a leitura suscita multiplicidade de significados", "é desejável que a escrita seja significativa para interlocuções reais", entre outras).
Os conceitos presentes no texto, refletidas através da história pedagógica do nosso país, suas bases e pensadores,levam as autoras em linha reta aos questionamentos quanto ao que é verdade em falar/escrever/ler.
As inovações diante do que provavelmente seriam positivas para determinado tempo histórico - social.
O texto propõem um olhar vivo e envolvido com o todo social da criança ou adulto, em suas relações com a aprendizagem, que sempre diferiram, ao longo da história, nas maneiras de falar, escrever, ler.
Não importa questionar somente quem são os alfabetizados e quem são os letrados, nem o que os torna alfabetizados ou letrados, mas a "invenção" dessa necessidade. Não precisamos nos questionar apenas se devemos deslocar o trabalho pedagógico da alfabetização para o letramento, da redação ao texto," ou ainda, da crença no discurso monossêmico ao polissêmico, do monofônico ao polifônico, etc, mas buscar entender, por um lado, o quanto as nossas aulas, nossos planos não são produzidos de forma tão autónoma e criativa como imaginávamos, mas que decorrem de discursos e representações que nos constituem, ao mesmo tempo que constituem possíveis entendimentos do que é ler, escrever e oralizar. Por outro lado, concordamos com observações de Silveira (1998: 55), quando discute as imagens que constituem os leitores de si, ante suas próprias produções textuais:
A resposta das teorias reprodutivistas de educação e de certas abordagens analíticas que vêem o sujeito assujeitado, aprisionado nas injunções de um discurso autoritário e numa posição fixa no jogo escolar, nos parece insatisfatória e estreita.
Os discursos sobre currículo, planejamento, avaliação e seus desdobramentos no contexto escolar enquanto reguladores das nossas expectativas em tomo da leitura, escrita e oralidade em sala de aula. Em uma sociedade marcada pelas diferenças e pela desigualdade, pela complexidade das relações sociais não é tarefa fácil promover interações culturalmente positivas nas salas de aula. A ideia do significado e da provisoriedade dos conhecimentos selecionados e de projetos didáticos diferenciados/articulados/contextualizados para cada aluno e para o coletivo da sala de aula, entre outros aspectos evidentemente, parece uma estratégia pedagógica adequada para fomentar políticas educacionais de inclusão.
Contribuições para a Didática
terça-feira, 1 de setembro de 2009
“O menininho”, de Helen Buckley
Penso que meu trabalho é bem mais que apresentar e moldar meus alunos a fazerem todos do mesmo jeito, desta forma de ensinar como irei tornar meu aluno letrado? O aluno precisa ser livre para fazer como ele gostaria que fosse, valorizando sua produção e o incentivando.
Isso também se aplica para outras áreas do conhecimento, não quero que meu aluno se torne mero reprodutor de algo, quero que ele mesmo produza e construa suas próprias conclusões.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Inclusão
A avaliação e inclusão possibilita romper com a visão simplificadora do ato pedagógico e reconhecer o outro como um indivíduo imerso em uma diversidade que está imbricada nas diferentes culturas que nos constituem e das quais somos partes construtoras. A diversidade é condição humana, é natural a todas as espécies, é condição para que possamos nos desenvolver, nos aprimorar e nos modificar constantemente. Nesse sentido, é importante olharmos para os sujeitos relacionando-os com o ambiente sócio-cultural do qual participam. O desenvolvimento humano não está no organismo nem no ambiente exterior, mas na relação entre ambos. Ainda que a escola não seja o único lugar possível e necessário de desconstrução de uma visão homogeneizadora acerca da constituição dos sujeitos, é fundamental que ela se mobilize em discutir alternativas de legitimação do outro garantindo uma educação em sintonia com os princípios orientadores de uma escola para todos. A escola é um lugar onde uma rede complexa de significados e comportamentos são compartilhados na convivência entre todos.
Realizando este Dôssie pude compreender melhor o quanto é importante nos apropriarmos de informações diversas sobre vários tipos de Necessidades Especiais bem como a importancia de termos um olhar diferenciado sobre o aluno(a) procurando oferecer a ele(a) meios , recursos, para que ele possa progressivamente apropriar-se de saberes, e que através de trocas suas relações afetivas venham a ampliar-se e que esta interação com o outro venha contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo. Todos ganham com a inclusão, aprendemos a respeitar, a conviver com as diferenças, aprendemos ser mais afetuosos, esquecemos da individualidade.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Reflexão sobre o Estudo de Caso
Não se pode aceitar que uma criança com deficiência seja simplesmente colocada no mesmo espaço que as demais, sem que a escola se preocupe em atender suas necessidades educacionais especiais. Ao mesmo tempo em que freqüentam a classe comum, os alunos têm direito a um apoio pedagógico especializado, em outro horário. Têm direito, também, aos recursos materiais e pedagógicos para facilitar e garantir o aprendizado do currículo escolar.
É importante que a escola respeite cada criança,com seu jeito próprio de aprender, respeitando,dessa forma, seus interesses.Uma escola, com um único método e
objetivos únicos para todos os alunos está mais que ultrapassada.
Adequar o processo de ensino às necessidades dos alunos é um importante fator para o sucesso da aprendizagem. Nenhum método de ensino dá conta, por si só, da variedade de experiências e comportamentos dos alunos.
Nas classes onde os trabalhos são feitos em grupo, onde os alunos colaboram uns com os outros para a construção do conhecimento, as aulas tornam-se mais interessantes, com mais possibilidades de garantir o sucesso da aprendizagem de todos os alunos.
Um exemplo de que é possível incluir um aluno com AEE, temos uma aluna com DM, ela era copista, não produzia nada sozinha, aos poucos foi criando autonomia, agora lê e escreve pequenas frases, isso foi um grande avanço, penso que incluir um aluno de Inclusão é isso, é fazer com que ele se torne atuante em sala de aula, é cobrar, é fazer com que toda a turma aprenda com as diferenças, o professor tem um papel fundamental neste processo de aprendizagem.
sábado, 20 de junho de 2009
Estudo de caso
A mãe da aluna é DM e tem além da aluna mais três filhos sendo que só o menino( Último filho) é o que mora com ela. Todos seus irmãos estão matriculados na mesma escola, todos possuem dificuldades na aprendizagem , porém não tão agravado. Seu avô está tentando aposentá-la pois preocupa-se com seu futuro pois já esta com a idade avançada e não sabe com que ficará a guarda legal da aluna, a mãe não tem nenhuma condição para ter a sua guarda.
A aluna e sua irmãs de treze e a outra de nove anos moram com o avôs maternos que são responsáveis legais pelas crianças.
Ela foi diagnosticada com "Retardo mental" frequênta nossa escola desde os sete anos e 6 meses. Começou aqui em dois mil e um na extinta primeira série. Não falava direito, pronunciava pouquissímas palavras e com muitas dificuldades na pronúncia.
No início ficava tão quieta que os colegas até mexiam em seu material e merenda. Aos poucos foi se socializando e a integração com todos é muito boa até hoje. Tem um histórico de 4 anos de repetência na 1ª série, hoje encontra-se na 4ª série, durante as aulas copia todas as atividades. Ela é uma copista e quando lhe é proposto alguma atividade diferenciada, ela não gosta de fazer. Não demonstra atitudes agressivas em aula, mas quando é solicitada a realizar algo que não lhe agrada, encolhe-se tentando esconder-se e não faz. Gosta de brincar com todos e durante as aulas conversa e provoca os colegas, mas quando é chamada a sua atenção comporta-se bem e obedece logo.
Semana passada 08/06/09 a aluna começou a ler em voz alta, com bastante dificuldades, e também começou a produzir pequenas frases agora com uma sequencia de fatos e uma lógica, é claro que ela ainda esta com a hiposeguimentação de palavras e escreve algumas de forma silábica e outras com muitos erros, ela esta super feliz que esta produzindo sozinha. Pois antes só copiava e não conseguia produzir nada sozinha.
Conversando com sua professora atribuimos este grande avanço ao fato de sentar-se ao lado de uma menina muito querida que tem todo um cuidado com a "A" auxiliando sempre que a "A" precise, o importante foi que a professora orientou a Sabrina que não era para deixar que a "A" copiasse dela, que era somente para ela explicar as suas dúvidas. Atribuo este avanço na aprendizagem ao trabalho da professora que acolheu a aluna, deu atendimentos individualizados e fez todo um trabalho com toda a turma, ela incluiu a aluna de fato em sua sala de aula. As atividades eram dadas igualmente a turma toda porém a avalição era feita com objetivos diferenciados, cobrou dela e de toda a turma um comprometimento com os estudos.
A avaliação é feita por um plano diferenciado chamado PEI (Plano de Ensino Individualizado) ele é elaborado com a professora regente em conjunto com a supervisão escolar, esta avaliação está sendo elaborado de acordo com o parecer 441/2002, sendo que a aluna apresenta defasagem cognitiva, pois ainda não acompanha os objetivos propostos da série.
Ao meu ver incluir um aluno de Inclusão é isso, é fazer com que ele se torne atuante em sala de aula, é cobrar, é fazer com que toda a turma aprenda com as diferenças, o professor tem um papel fundamental neste processo de aprendizagem.
sábado, 13 de junho de 2009
Texto Adorno X Texto Kant
A educação está em estado constante e dinâmico de aperfeiçoamento, pois cada geração lega a próxima, novos conhecimentos e parâmetros do certo e do errado, como apontado em “Adorno”, como a educação pode evitar que fatos tão cruéis sejam repetidos. O estado constante de mudança também indica que a educação é um ato da humanidade e não do indivíduo, somente a alcançaremos em conjunto. Educar é implementar conhecimento e disciplina no ser humano, desde tenra idade, condicionando o mesmo a seguir regras e ritos da vida em comunidade. As informações repassadas pela educação são um somatório de esforços entre o meio familiar, escolar e social, pois cada um tem sua participação ativa. O desenvolvimento do senso ético do viver em sociedade, facilitando ao homem definir e entender o que é certo e errado, bom e mau. Cabe ao ser humano com base na educação que recebe desenvolver sua habilidade de viver em sociedade, porém o que será ensinado é muito importante para que com o desenvolvimento do senso crítico, oriundo da cultura adquirida é que poderá fazer com que o homem possa no desenvolver de seu intelecto, posso discernir o que é certo e o que errado de acordo com a sua capacidade de entendimento.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
A verdadeira realidade dos Indios
de trabalho nos espaços educativos como a sala de aula e outros espaços de aprendizagem fora do ambiente escolar.
domingo, 31 de maio de 2009
Os índios no Brasil quem são e quantos são
Bibliografia:
Texto extraído do Livro “O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos
indígenas no Brasil de hoje” – Brasília, 2006.Autor: Gersen dos Santos Luciano – Baniwa Site: http://www.trilhasdeconhecimentos.etc.br/
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Alunos com NEE
Sei que cada ano é um novo desafio e que cada aluno é único com suas particulariedades e que não existem receitas prontas para atende-los, mas através de estudos sobre casos especificos de NEE irei estar mais preparada para auxiliar meu aluno.
sábado, 23 de maio de 2009
Método Clínico Piagetiano
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Relato de experiência e Estudo de caso
Falei com a professora de informática deste ano ela disse que aos poucos está tornando-se mais autônoma na tomada de decisões, (porém a professora precisa sempre questiona-la solicitando que ela opine, caso contrário ela passa a sua vez para o colega.
A aluna “A” apresenta Necessidades Educacionais Especiais ( Retardo Mental) e iniciou os atendimentos em abril de 2008 na sala de recursos Multifuncionais ( no contra turno). Esse atendimento ocorre em outra escola , ela é atendida por uma psicopedagógica, e com uma fonoaudióloga, o trabalho realizado é com questões da aprendizagem escrita e leitura, como recurso é utilizado o computador e jogos didáticos. A professora da aluna relatou que há pouco retorno destes profissionais, as reuniões ocorrem somente três vezes ao ano para troca de informações sobre a aprendizagem da aluna.
Foi encaminhada por apresentar déficit de aprendizagem. Faz acompanhamento com uma neurologista, e as crises convulsivas são controladas por medicamento. Atualmente está fazendo tratamento dentário.
Ela apresenta dificuldade de oralidade, ainda não lê, não realiza cálculos, sabe contar até 10, mas desconhece as quatro operações. Não compreende histórias contadas verbalmente. Em sala ela mostra-se feliz no ambiente escolar, tem um bom relacionamento com seus colegas, porém no recreio ela procura isolar-se. É proporcionado a ela atividades diferenciadas (adapadas com grau de dificuldade menor) para que ela possa avançar em sua aprendizagem, precisa de constante ajuda para a realização dos exercícios. A comunicação é muito pouca. (Iniciou a falar muito tarde por volta dos 9 anos e com sérias dificuldades). Houve um avanço em seu diagnóstico, pois agora ela consegue solicitar ajuda, pede para ir ao banheiro, fala com dificuldades mas quando ingressou a escola não falava nada e também não interagia ficando isolada dos demais, hoje ela brinca, corre, dramatiza peças de teatro, procura dar sua participação o legal é que os colegas não dão risadas quando ela erra, mas a incentivam a tentar novamente. Acho que o papel da sua professora foi fundamental na questão da aceitação das diferenças.
Tem facilidade em vincular-se com quem esta a sua volta. Tem omissões na fala, necessitando de mediações fonoarticulatórias, mas não se inibe em função disto. Gosta de atividades realizadas no computador, mantém atenção devida e manifesta-se contrária quando não quer um determinado jogo, demonstrando assim sua iniciativa quanto às atividades. Nas atividades motoras desloca-se bem nos espaços e com os materiais oferecidos.
Ela faz diferenciação de alguns conceitos matemáticos (grande-pequeno, pouco-muito, etc), mas tem limitações nos numerais.
Logo que entrou na escola foi encaminhada ao CEACA, (SERVIÇO REALIZADO COM PROFISSIONAIS NO POSTO DE SAÚDE), para atendimento com neurologista e psicólogo, mas a família não comparecia para realizar os exames e consultas. Quando surgiu o SEI(SERVIÇO ESPECIALIZADO DE INCLUSÃO- HOJE O NOME FOI ALTERADO PARA NAPPI-Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão), foi encaminhada para os atendimentos, houve um tempo em que freqüentava semanalmente, se ausentou por algum tempo, depois de muita insistência da escola a família retomou as consultas.
Ela é avaliada pelo PEI (Plano de Ensino Individualizado) ele é elaborado com a professora regente em conjunto com a supervisão escolar, esta avaliação está sendo elaborado de acordo com o parecer 441/2002, sendo que a aluna apresenta defasagem cognitiva, pois ainda não acompanha os objetivos propostos da série.
Ela está sendo promovida, mesmo não estando alfabetizada, a professora procura fazer um atendimento diferenciado auxiliando-a na execução das tarefas esclarecendo as dificuldades apresentadas, também elabora algumas atividades extras porém surte pouco efeito. Ela precisa de muita ajuda para executar as atividades.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Método Clínico Piagetiano
Nome: D
Idade da criança: 6 anos e 6meses
Série: 1° Ano
Data da prova: 04/05/09
Duração: 30 minutos
Prova: “A CONSERVAÇÃO DA MASSA (QUANTIDADES CONTÍNUAS)”
2. Descrição do contexto da aplicação da prova (onde foi realizada a aplicação, condições do local, etc):
A prova foi realizada pela professora Patrícia, na escola em que ela trabalha no turno da manhã e tarde, no município de Araricá. A professora escolheu um aluno da turma do primeiro ano para realizar a prova, na sala da orientação da escola, sendo um espaço bastante tranqüilo, com uma mesa bem grande, com bastante sossego para a realização da prova. A professora colocou para o aluno que se tratava de uma brincadeira, para que ele não ficasse tímido, ou ansioso.
3. Relato da aplicação da prova (dialogado):
1° Passo: A professora mostrou ao aluno duas massinhas, sendo ambas do mesmo tamanho. Depois pediu que o aluno comparasse ambas e que respondesse qual a que tinha a maior quantidade. O aluno respondeu que ambas tinham o mesmo tamanho, porque tinham o mesmo tamanho e peso.
2° Passo: A professora pegou uma das massinhas e transformou-a em bolinha, e devolveu ao aluno, questionando, se agora havia mudado alguma coisa, se ainda as massinhas tinham o mesmo tamanho. Agora o aluno demonstrou um pouco de dúvida e depois disse que não sabia, mas que achava que tinham o mesmo tamanho, já que não tinha sido tirado nenhum pedaço.
3° Passo: A professora retorna a forma normal das massinhas e pede para que o aluno novamente responda se elas têm ainda o mesmo tamanho e o aluno compara colocando que sim que ambas possuem o mesmo tamanho.
4° Passo: A professora agora transforma uma das massinha em uma bolacha e entrega ao aluno para que compare e responda se ambas têm o mesmo tamanho. O aluno ainda demonstra um pouco de dúvidas, achando não saber, mas com orientação da professora de que não precisa se preocupar em errar, ele resolve responder que acha que os dois têm o mesmo tamanho, porque não foi retirado nenhum pedaço.
5° Passo: Novamente a professora transforma na forma original as massinha e pede que o aluno observe e responda se ainda elas possuem o mesmo tamanho e a resposta novamente é positiva.
6° Passo: Agora a professora transforma as massinhas em dois grupos diferentes, construindo com uma delas um grupo de três bolinhas e outro com quatro bolinhas e questiona o aluno, qual dos grupos têm mais massinha. Neste momento pude perceber que o aluno ficou preocupado em errar, primeiro disse que não sabia, depois resolveu contar as bolinhas e apostou no grupo que tinha mais bolinha o que tinha quatro.
7° Passo: Novamente a professora volta as massinhas na forma original e questiona se ambas possuem o mesmo tamanho e ao comparar o aluno diz que sim, então o professor novamente questiona que ante ele achava que a massinha que deu origem as quatro bolinhas era a que tinha mais, então o aluno coloca, que sim aquela massinha é a que têm mais.
4. Análise:
Ao analisar a prova realizada com o aluno D, pudemos verificar que ele está entre o estágio pré-operacional, mas entrando no operatório concreto, pois ele ainda consegue confundir-se entre a aparência e a realidade, mas também consegue observar e fazer associações entre um problema, suas características e soluções possíveis, sabendo utilizar a contagem (abstrato), mas utilizando recurso concreto para isso.
4.1- Quanto às condutas da criança
Quanto ao aluno ao realizar a prova, como ele já havia sido aluno da professora Patrícia no ano anterior, ele sentiu-se bem à vontade para realizar a prova, achando na verdade que se tratava de uma brincadeira, como essa havia mencionado. O que o aluno deixou transparecer em muitos momentos durante a prova foi o medo de errar. Era visível que ele achava que a resposta era algo, mas que não confiava totalmente, deixando suas dúvidas fluírem para uma incerteza e ao mesmo tempo ao medo de errar.
4.2 Quanto às intervenções do experimentador:
Ao realizar a prova à professora tentou deixar o aluno bastante à vontade, deixando bem claro se tratar de uma brincadeira, o que resultou muito certo. Depois como foi vendo que o aluno, mesmo temendo errar, com alguma insegurança e colocar as suas respostas a professora foi tentando dar-lhe confiança, para que não temesse errar, por se tratar de uma brincadeira, como a aluno saiu-se muito bem durante a prova, mostrando conseguir classificar quantidades de massa, a professora resolveu aplicar um questionamento a mais transformando as bolinhas em grupo diferentes números, mas de mesma quantidade de massa, percebendo que além do aluno ter um bom entendimento de quantidade, ainda está começando a associar quantidades a números, mas por isso ainda está um pouco confuso com muita informação. Devido ao aluno ficar um pouco confuso a professora resolveu encerrar a prova, já tendo dados suficientes para analisá-lo.
Bibliografia:
(PIAGET, J. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, [s.d.].p. 11)
Flme: O clube do Imperador
Sabendo-se que tal rebeldia ou até mesmo estupidez através de certas atitudes do aluno, sendo claro a ausência do afeto ou até mesmo um pouco de atenção do pai. O professor tenta ser o mais objetivo que pode que pode em relação a princípios de ensino.
Princípios em que o professor debate com o aluno. “ A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, porém a estupidez dura para sempre.”
O professor repreende o aluno Sr. Bell e marca uma visita com o pai do aluno, chegando lá o professor tenta falar de princípios de ensino ou até mesmo de caráter de um homem e o pai de Sr. Bell o senador indaga sobre os valores de ensino para com os alunos, que ele só tem obrigação em ensiná-lo a tabuada ou coisa assim e moldá-lo pode deixar com ele mesmo.
O professor estava correto em tentar investir no aluno, mesmo sabendo das complicações em que viria a sofrer. Veio a prova do concurso Sr. Júlio Cesar que era anual e escolheria o melhor aluno do colégio. Nesse desafio, o professor acaba, desonestamente, forjando uma classificação, desviando-se de seu caráter reto, para tentar aproximar-se do aluno e passar-lhe seus conceitos. Percebendo que apesar de alguns poucos avanços, não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em conflito interno sobre o que são vitórias e derrotas. No dia final o Sr. Bell trapaceou, o professor viu e indagou baixinho para o diretor, ele disse para ignorar, esse conflito se torna mais profundo quando se decepciona, ao perceber que, mesmo entre os mestres da escola, a malandragem se sobrepõe à retidão de caráter e a honestidade, o professor seguiu com as perguntas alterando a última, pois sabia que o Sr. Bell não saberia responder nem trapacear sendo derrotado.
Passaram-se vinte e cinco anos e o aluno Sr. Bell viera a pedir uma revanche sobre o concurso Júlio Cesar, na qual viera a trapacear novamente. A decisão do professor foi correta em tentar acreditar no aluno embora esse não esforçou-se em ter um ensinamento com princípios morais. O valor de uma vida não é determinado por um único fracasso ou um processo solitário. Por mais que tropecemos o fardo de um professor é sempre esperar que o aprendizado possa mudar o caráter de um aluno e assim mudar o destino de um homem.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Os estágios do desenvolvimento humano
1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos):
Em função das interações com o meio, os reflexos vão se modificando gradualmente e a criança de mais ou menos 18 a 24 meses parecer-se-á muito pouco com o recém nascido.
É em torno dessa idade que inicia a capacidade de representação da realidade. A inteligência sensório-motora que se caracteriza por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem. No recém nascido, portanto, as funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. Assim sendo, o universo que circunda a criança é conquistado mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos, por exemplo).
Progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais movimentos reflexos e adquirindo habilidades e chega ao final do período sensório-motor já se concebendo dentro de um cosmo "com objetos, tempo, espaço, causalidade objetivados e solidários, entre os quais situa a si mesma como um objeto específico, agente e paciente dos eventos que nele ocorrem."
2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos) -
Com o surgimento da função simbólica tem início o chamado sub-período de preparação das operações concretas (PIAGET, 1983), mais conhecido como período pré operatório, desdobrando-se em período simbólico e intuitivo. De acordo com a população estudada por Piaget, esse período vai, em média, até mais ou menos os sete anos de idade.
A diferença básica entre este período e o anterior é que o sensório-motor limita-se a “ações na realidade”, enquanto neste existem “representações da realidade” (FLAVELL, 1975,p.154). Em A formação do símbolo na criança, Piaget (1990) mostra-nos o processo de construção da função semiótica. Para ele, o simbolismo não está presente na bagagem genética e tampouco é resultado da pressão do meio social. Não é a linguagem que dará origem ao pensamento, mas sim a capacidade de pensar que dará origem à linguagem. A linguagem é o resultado de um longo processo de construção que tem início no nascimento da criança, a partir daquilo que ela faz (ênfase na ação do sujeito) com aquilo que ela traz (reflexos e capacidade de adaptação, desdobrando-se em suas funções de assimilação e acomodação) na interação com o meio.
Para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem. Nessa concepção, a inteligência é anterior à emergência da linguagem e por isso mesmo "não se pode atribuir à linguagem a origem da lógica, que constitui o núcleo do pensamento racional". Na linha piagetiana, desse modo, a linguagem é considerada como uma condição necessária mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem. Em uma palavra, isso implica entender que o desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.
A emergência da linguagem acarreta modificações importantes em aspectos cognitivos, afetivos e sociais da criança, uma vez que ela possibilita as interações interindividuais e fornece, principalmente, a capacidade de trabalhar com representações para atribuir significados à realidade. Tanto é assim, que a aceleração do alcance do pensamento neste estágio do desenvolvimento, é atribuída, em grande parte, às possibilidades de contatos interindividuais fornecidos pela linguagem.
Contudo, embora o alcance do pensamento apresente transformações importantes, ele caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança não concebe uma realidade da qual não faça parte, devido à ausência de esquemas conceituais e da lógica. Assim, neste estágio, embora a criança apresente a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em função da aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela apresentará, paradoxalmente, um entendimento da realidade desequilibrado. Neste período, são construídas as operações lógicas de classificação e seriação, conservações físicas de substância, peso e volume e conservações espaciais de comprimento, área e volume espacial e conceito de número. Experiências mencionadas por Inhelder, Bovet e Sinclair (1977), especificamente sobre essas estruturas operatórias, mostram que elas não dependem da aprendizagem stricto sensu, embora possam beneficiar-se de tais exercícios.
3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos):
Neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente. Um outro aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor Ex:Se lhe perguntarem, qual é a vareta maior, entre várias, ela será capaz de responder acertadamente comparando-as mediante a ação mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a ação física).
Contudo, embora a criança consiga raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas conceituais como as ações executadas mentalmente se referem, nesta fase, a objetos ou situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta.
4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante):
No período operatório-formal o sujeito terá à disposição instrumentos oriundos do plano das possibilidades, os quais permitem estabelecer relações entre teorias, produzindo nelas transformações. As construções operatório-formais oferecem “uma teoria das relações entre si, enquanto que o agrupamento fornecia uma teoria das relações entre a parte e o todo”(MONTANGERO e MAURICE-NAVILLE, 1998, p. 195). Por ocasião da passagem para o operatório formal há uma inversão nas relações entre o real e o possível. No operatório concreto o real é quem define as possibilidades. As possibilidades são uma categoria do real. A inteligência operatório-formal, ao contrário, cria um mundo de possibilidades de cujo conjunto o real é apenas um setor limitado. O operatório-formal permite trabalhar com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelecer relações entre diferentes teorias.
Segundo Montangero e Maurice-Naville (1998), a própria teoria de Piaget passa por níveis que, não por acaso, são divididos em quatro, tais como os quatro grandes períodos do desenvolvimento cognitivo na sua obra. Porém, não podemos deixar de levar em conta, novamente, o caráter integrativo que diz respeito aos períodos do desenvolvimento cognitivo, para integrá-lo à compreensão dos diferentes períodos da própria obra de Piaget.Como já se tem dito seguidamente, a obra de Piaget é um perfeito exemplo de mecanismos de progressão intelectual definidos pelo autor. Logo, pode-se aplicar-lhe a idéia piagetiana de uma construção de formas de complexidade crescente por diferenciação de formas iniciais e integração de elementos diferenciados (MONTANGERO e MAURICE-NAVILLE, 1998, p.80).
Tais como os instrumentos operatório-formais, possíveis em um quarto período de desenvolvimento cognitivo, permitem uma melhor compreensão do mundo na medida em que dão acesso ao campo das possibilidades, também a própria obra de Piaget, quanto mais avança “mais o conjunto de instrumentos teóricos explicativos que ela contém se torna vasto e diferenciado” (MONTANGERO e MAURICE-NAVILLE, 1998, p. 81). Ela pode ser entendida como sendo um grande processo no sentido de descentração, alargando os seus horizontes pessoais, teóricos e metodológicos, buscando relações com os mais diferentes campos do conhecimento, de modo a dar a resposta mais completa possível para a questão inicial que deu origem a sua vasta pesquisa, ou seja, “qual a origem do conhecimento humano” ou, mais imediatamente, “como se passa de um conhecimento mais simples a um mais complexo”.
Nesta fase a criança, ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Isso não quer dizer que ocorra uma estagnação das funções cognitivas, a partir do ápice adquirido na adolescência. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de funcionamento mental.
Sempre trabalhei com crianças nesta faixa etária de 2 a 7 anos, ainda tenho minhas dúvidas que a idade pode ser considerado como critério suficiente para saber em que desenvolvimento intelectual a criança encontra-se. Este estágio(Pré operatório) embora o alcance do pensamento apresente transformações importantes, ele caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança não concebe uma realidade da qual não faça parte, devido à ausência de esquemas conceituais e da lógica. Assim, neste estágio, embora a criança apresente a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em função da aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela apresentará, paradoxalmente, um entendimento da realidade desequilibrado. Neste período, são construídas as operações lógicas de classificação e seriação, conservações físicas de substância, peso e volume e conservações espaciais de comprimento, área e volume espacial e conceito de número. O que marca fortemente esta faixa etária é o egocentrismo, muitos mostram-se resistentes em dividir brinquedos e materiais (principalmente o aluno que é filho único), a brincadeira e o brinquedo também é bem presente no cotidiano escolar. è super importante o trabalho com a rotina diária para eles assimilarem a noção do tempo.
Etnias e raças
Conforme Luciane Andréia Ribeiro Leite, trabalhar sobre a discriminação racial nas Séries Inicias é ao mesmo tempo um tema indispensável e complexo. Indispensável porque é neste momento que a criança está em formação física, cognitiva e moral, sendo assim, a intervenção pedagógica poderá contribuir para que ela venha conviver nesta sociedade, de múltiplas configurações étnicas, religiosas, culturais, compreendendo essas diferenças e como são produzidas na sociedade.
Complexo, pois envolve não somente os preconceitos dos alunos/as, mas também dos próprios professores. Em função disso muitas vezes este tema ou é tratado de forma superficial, enfatizando só o sentimento de consideração por ter o negro contribuído para a construção da ‘nação brasileira’, ou é simplesmente ignorado.
Antes de dar início ao assunto sobre as diferenças raciais sentamos em uma rodinha e fiz a leitura do poema da Ruth Rocha: São duas crianças lindas, realizamos o diálogo e comparamos nossas diferenças, cor do cabelo, altura, olhos. Logo que sentamos a aluna S falou: Não quero sentar ao lado da R (negra). A professora Simone disse que é freqüente a aluna S manifestar-se com desprezo com a colega.
Pedi que cada um falasse de alguma diferença, a aluna S falou: Eu tenho cabelos pretos mas sou branca, a aluna R prontamente olhou para baixo. Mostrei a eles que há vários tons de pele, cores de cabelos e olhos.
Para confeccionar os bonecos, fiz a distribuição das folhas de jornais e fui explicando passo a passo da atividade, depois de concluído pintamos. Fizemos uma apresentação dos bonecos, perguntei a eles se todos eram iguais, o aluno C disse não, os bonecos são como nós diferentes um dos outros, perguntei como ele disse: esse tem pernas mais compridas, essa colou lã laranja no cabelo, assim foi descrevendo várias características diferentes.
Na hora do brinquedo livre e na pracinha percebi que a aluna R interagiu só com uma coleguinha. Ela manifesta-se muito pouco é bastante retraída.
Promover o respeito e a igualdade no ambiente escolar, a reflexão sobre a dinâmica das relações raciais vivenciadas nesse espaço não pode mais ser protelada. Uma vez reconhecida a presença do racismo, do preconceito e da discriminação racial na sociedade, temos que abordar a reprodução desses problemas no cotidiano escolar, para que ocorra uma mudança de atitudes e respeito as diferenças.
No dia vinte e três na rodinha coloquei o avental de histórias, e mostrei a eles uma caixa, questionei o que havia dentro dela, alguns espertinhos disseram um livro Prô, ( associaram ao avental), abri a caixa e apresentei a história. Menina bonita do laço de fita, a turma gostou da história o que mais impressionou foi o fato do coelho querer mudar de cor para ficar igual a menina. O Aluno A disse que a mãe dele falou que não importa nossa cor ou raça todos foram criados por Deus.
É de grande relevância tratar em sala de aula a questão de discriminação e diferenças, pois apelidos e comentários que circulam entre os alunos, consideradas “coisas de estudante”, essas maneiras de ridicularizar os colegas podem deixar marcas dolorosas. As conseqüências são o isolamento e a queda de rendimento escolar.
Constatei com a proposta que a aluna negra sente-se discriminada, muitas vezes isola-se do grupo. Verifiquei uma preocupação da parte da professora em estabelecer regras, pois acredito que se não fosse trabalhado valores e que todos temos diferenças, a discriminação seria maior por parte dos alunos, aumentando assim o isolamento a dificuldade em se relacionar, o sentimento de inferioridade e o baixo rendimento na aprendizagem.
Para finalizar a proposta pedi aos alunos que recortassem de revistas pessoas, depois montamos um painel mostrando a diversidade, mostrei a eles que existem etnias existentes, quais são as origens e costumes de cada uma, suas principais características.
Sei que trabalhar com a discriminação é uma tarefa para ser construída todos os dias, pois ela é bem presente e vem sendo construída na sociedade e é nosso papel instruir nossos alunos a respeitarem raças, etnias e culturas diferentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Texto1: Luciane Andréia Ribeiro Leite. “Era uma vez uma menina muito bonita: Uma prática pedagógica relacionada com a questão racial em uma turma de alfabetização.”
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Premissas e a Conclusão
É preciso distinguir o argumento da mera explicação. Quando explico, apenas informo alguém de algo: um aluno chega atrasado em aula e diz para o professor que se atrasou porque teve que trocar o pneu do carro. O aluno está simplesmente explicando a causa do atraso. Contudo, no momento em que ele diz que, devido ao fato do atraso não ter sido causado por negligência mas por um imprevisto, o professor não deve puni-lo, então ele está argumentando.
Quando eu simplesmente informo alguém de algo, não estou querendo convencê-lo nem justificar uma idéia ou uma ação minha, não estou, portanto, argumentando.
Argumentar é ter a intenção de convencer ou justificar.
Todo argumento tem a mesma estrutura básica:
1. Aquilo que se quer justificar: que chamaremos de conclusão.
2. Aquilo que justifica a conclusão: que chamaremos de premissa.
Um argumento tem sempre apenas uma conclusão, mas pode ter uma ou mais premissas.
Exemplo:
Quem joga na loteria é uma pessoa que se ilude facilmente, porque ela se deixa levar pela promessa de ganhar muito dinheiro e se esquece do óbvio: a possibilidade de ganhar na loteria é mínima.
Premissa: "Porque ela se deixa levar pela promessa de ganhar muito dinheiro e se esquece do óbvio: a possibilidade de ganhar na loteria é mínima."
Conclusão: "Quem joga na loteria é uma pessoa que se ilude facilmente."
Como se pode notar, a premissa justifica a idéia geral do parágrafo, que está expressa na conclusão.
Quando formalizamos um argumento, sempre escrevemos primeiro a(s) premissa(s) e depois a conclusão, mas é claro que no texto que lemos ou escrevemos nem sempre é essa ordem que ocorre, como podemos ver no exemplo mais acima, onde a conclusão precede a premissa. Eventualmente, a conclusão encontra-se entre as premissas:
As espécies dependem umas das outras para sobreviverem, é por isso que precisamos preservar as outras espécies, até porque não teríamos comida caso as outras espécies desaparecessem.
Premissa 1: "As espécies dependem uma das outras para sobreviverem."
Premissa 2: "até porque não teríamos comida caso as outras espécies desaparecessem."
Conclusão: "é por isso que precisamos preservar as outras espécies."
As premissas e as conclusões desses exemplos são iniciadas por conjunções: porque e por isso. Na verdade, quando argumentamos, é freqüente o uso de palavras e expressões de ligação entre orações de dois tipos: aquelas que ocorrem nas premissas e aquelas que ocorrem na conclusão.
Algumas expressões que indicam premissa:
porque ,visto que,desde que, como ,dado que ,uma vez que ,tanto mais que ,pela razão de que
Algumas expressões que indicam conclusão:
por isso ,portanto ,logo ,assim ,conseqüentemente ,segue-se que,podemos inferir ,conclui-se
por conseguinte então.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Inclusão
A sociedade trabalha sempre para buscar o normal o padrão e não a diversidade. Assim como qualquer outro professor ou pessoa, cheia de preconceitos, valores, e tudo mais que a sociedade nos moldou.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Como fazer um filme
Fiz um curso de como fazer um filme, é uma ótima idéia para trabalhar com os alunos, pois eles aprendem a utilizar este recurso tecnológico, aprendem a incerir imagens, a digitar (Letra maiúscula e minúscula, pontuação, cpiar e colar), ortografia,baixar músicas, arrastar com o mouse.
No final do tutorial esta um filme feito por um grupo de alunos da quarta -série, o projeto realizado foi conjunto com a professora do laborátório de informática e a professora regente de turma. Os alunos escolheram assuntos em que gostariam de aprender juntaram-se em grupos de assuntos comuns e fizeram a pesquisa e coleta de dados, depois montaram essas informações criando um filme. Esta atividade quebra a rotina de sala de aula os alunos pesquisam o assunto pela qual tem curiosidade em aprender.
Programa: -Movie Maker
Windows Movie Maker- Vem com Windows XP
Ferramentas básicas:
Primeiro deve-se ter no micro, tudo o que se quer usar no filme ( imagens, vídeos, músicas) deve estar tudo na mesma pasta.Ter um microfone para gravação de voz- opcional).
Tarefas: Passos para se criar o filme:
1- Captura do vídeo
Capturar do dispositivo do vídeo ( de uma máquina digital, por exemplo) ;
Importar vídeo;
Importar imagens;
Importar áudio ou música;
Importa- se o que se quer colocar no vídeo (imagens, música, etc) isso fica na parte chamada coleções, daí para montar o vídeo, se arrasta estas imagens, vídeos para Storyboard;
Quando colocar áudio ou música, a configuração muda para linha de tempo. Pode colocar mais de uma música ao mesmo tempo;
Clicando em exibir- coleções, ele mostra o que já está importado.
2-Edição do filme:
Exibir efeitos de vídeo:os efeitos de vídeo, arrasta-se e coloca na estrelinha. Para apagar o efeito, clica-se com o botão direito na estrelinha e escolhe o botão excluir.
Exibir transição de vídeo:as transições de vídeo arrasta-se e coloca-se entre 2 vídeos- clipes. Para excluir uma transição, clica-se com o botão direito na transição e escolhe-se excluir.
Criar títulos e créditos:Pode-se colocar: *Título no início do filme;
*texto em cada clipe;
*antes do clipe;
*depois do clipe;
* pode escolher a fonte e a cor do título e o tipo de animação, a cor de fundo do clipe;
*cada alteração que se faz em títulos de créditos, clica-se em concluída.
3- Conclusão do filme:Após a criação do filme, salva-se como projeto ( que é o modo para se poder editar);
Arquivo- salvar projeto- e como arquivo do filme ( que é o modo de visualização) salvando assim é possível realizar alterações no filme.
Arquivo –salvar filme como- o arquivo do filme fica com a extensão Wmf.
O Movie Maker tem uma opção de filme automático mas, o tempo do filme tem que ter no mínimo 30 segundos.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Entrevista com Nappi- Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão
SMED – Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer
Coordenação Pedagógica
NAPPI
Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão
O que é o NAPPI ???
O Núcleo de Apoio e pesquisa ao Processo de Inclusão está vinculado à Coordenação Pedagógica da SMED. É composto por uma equipe interdisciplinar com atuação nas áreas de: psicopedagogia,
fonoaudiologia, psicologia, psicomotricidade, fisioterapia, assistência social, terapia familiar e professor capacitado em atendimento educacional especializado.
Tem como objetivo, oferecer apoio e assessoria técnica à rede de ensino municipal com vistas à
construção de escolas inclusivas. A proposta inclusiva pressupõe uma “nova”sociedade e, nela, uma escola diferente e melhor do que temos hoje. A proposta inclusiva beneficia a todos, com deficiências ou não, para que se desenvolvam sadios sentimentos de respeito à diferença de cooperação e de solidariedade orgânica. Institucional Construir coletivamente, numa proposta de rede municipal de ensino, escolas inclusivas. Com este objetivo, debater com os diferentes protagonistas (Equipes Diretivas, professores/as, familiares, profissionais das diferentes áreas: saúde, assistência social e Instituições afins) as reais necessidades de cada escola, bem como elaborar, junto à SMED e ao MEC, projetos que dêem subsídio a esta construção.
Ações
Planejamento de matrícula
Aquisição de TA
Assessoria à SMED
Assessoria e apoio às escolas
Contratação e supervisão de estagiárias das áreas da saúde e educação
Mapeamento da realidade do município
Interconsultas
Visitas domiciliares
Grupos de estudo
Assessoria personalizada às educadoras da rede
Atendimento educacional especializado (AEE)
Foco de ação
Síndrome de Down
Transtornos globais do desenvolvimento
Altas habilidades / Superdotação
Deficiência auditiva / Surdez
Deficiência física
Deficiência mental
Deficiência visual
Surdocegueira
Dificuldade de Aprendizagem
Terapêutico-pedagógica
Fazer o atendimento a estudantes com necessidades educacionais especiais, em grupos ou individualmente nas diferentes áreas: psicopedagogia, psicologia, fisioterapia, psicomotricidade, fonouadiologia, pedagogia, bem como assessoria a professores/as que trabalham com estudantes aqui atendidos.
Em 2008 o NAPPI realizou atendimento para 376 alunos da rede municipal extensivo às suas famílias. A SRM da Escola Paul Harris realizou atendimentos para 60 alunos da rede municipal também extensivo às suas famílias. Além disso, como já te falei, o NAPPI realizou os atendimentos de assessoria individual e de formação para as equipes diretivas e professores das escolas municipais. Segue também os dados de encaminhamento para neurologista e Hospital da Visão efetuados pelo NAPPI em 2008- Neurologista: 75 alunos realizaram consultas com o neurologista, encaminhados e agendados diretamente pelo NAPPI.
Hospital da Visão/Oftalmologista: 79 alunos e familiares encaminhados para Hospital da Visão em Novo Hamburgo com transporte da Prefeitura saindo do NAPPI para levar os grupos às consultas.
A síndrome de Down: O número de cromossomos presentes nas células de uma pessoa é de 46 (23 do pai e 23 da mãe), e estes se dispõem em pares, formando 23 pares. No caso da Síndrome de Down, ocorre um erro na distribuição e, em vez de 46, as células recebem 47 cromossomos. O elemento extra fica unido ao par número 21. Daí também, o nome de trissomia do 21.” (ÉPOCA, 2006, p. 19)
Traços morfológicos próprios do quadro:Retardo mental; Hipotonia muscular.Cabeça menor;
Moleira é grande;Nariz pequeno e largo;Olhos rasgados;Manchas na íris;Canal lacrimal pouco desenvolvido;Orelhas pequenas e malformadas;Boca pequena e costuma ficar aberta;
Características Cognitivas: Durante os 15 primeiros anos de sua vida, ocorre um crescimento mental rápido;
Apresentam problemas no processamento da informação, principalmente quando os processos são seqüenciais; Têm melhor desempenho em resolução de problemas do tipo manipulativo e visual do que verbal, abstrato e auditivo;
terça-feira, 7 de abril de 2009
Inclusão e Educação Especial
Para outros é apenas uma REFORMA EDUCACIONAL Mas sem dúvida é um MOVIMENTO
INTERNACIONAL com duas vertentes:
para a Educação Inclusiva;
Radical de crítica à educação especial, pois consideram que esta mantêm uma tradição clínico-terapeûtica.
Segundo Sposati (1996), inclusão e exclusão são processos sociais interdependentes vinculados
principalmente à distribuição de renda e oportunidades.
Azevedo e Barros (2004) consideram a inclusão como o movimento permanente na busca de
igualdade de condições e oportunidades.
O binômio inclusão x exclusão não pode ser considerado como lados opostos e excludentes
Pessoas podem estar excluídas de algum processo porém elas não são excluídas da sociedade.
Esta definição desloca o foco da questão inclusão X exclusão como fenômeno determinístico e o situa num processo vinculado à qualidade de vida.
Não falamos de indivíduos incluídos ou excluídos e sim de grupos em contextos sociais que participam do fenômeno da inclusão como processo social em busca de melhoria na qualidade de vida dos membros do grupo.
autonomia de renda, desenvolvimento humano, qualidade de vida e equidade.
Desenvolvimento humano: possibilidade dos indivíduos desenvolverem suas capacidades intelectuais e biológicas de forma a atingir o maior grau de capacidade humana.
Eqüidade:garantia de igualdade de direitos e oportunidades respeitando a diversidade humana.
Qualidade de vida : a democratização dos acessos às condições de preservação do homem,
da natureza e do meio ambiente e a redução da degradação ambiental.
alguma etapa da sua vida encontram-se em situação de desvantagem com relação a
outros membros da sociedade.
Processo de Inclusão: É um processo eminentemente social perpassa por todas as dimensões da vida em sociedade permanente, embora não constante, na vida dos sujeitos.
regulares, mas: (1) mudar as escolas para torná-las mais responsivas às necessidades de todas
as crianças;
responsabilidade quanto à aprendizagem de todas as crianças nas suas escolas e prepará-los para ensinarem aquelas crianças que estão atual e correntemente excluídas das escolas por
qualquer razão.
escolares deve ser realizado um esforço constante para que Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (PNEE) tenham espaços reais de inclusão dentro da sociedade.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos
Pedagogia diretiva: "pedagogia conteudista". Consiste numa pedagogia centrada no professor, (ele é que tem o saber, o aluno nada sabe), cabe a ele a transmissão do conhecimento, na sala de aula que o professor fica a frente dos alunos aguarda o silêncio, mesas enfileiradas, para que não haja conversas. O professor fala, o aluno escuta, ele trás assuntos de seu próprio interesse, o aluno precisa prontamente executá-las. Este professor acredita que agir desta forma pode transmitir o conhecimento e que o aluno seja uma tabula rasa, não somente quando nasceu como ser humano, mas frente a cada novo conteúdo que esta no currículo. É uma aula pouco atrativa e chata. Esta pedagogia é o que chamamos de tradicional o professor fala e os alunos escutam. Ele é o que transmite o conhecimento, o aluno nada tem a contribuir, é o professor que possui o saber. A epistemologia que fundamenta esta postura pedagógica é empirista.
Pedagogia não- diretiva: O professor é um auxiliador do aluno. O aluno já trás o saber que ele precisa, o aluno precisa apenar organizar esse conhecimento. O professor deve interferir o mínimo possível. Qualquer ação que o aluno decida fazer é a priori, boa, instrutiva. A epistemologia que fundamenta esta metodologia pedagógica é apriorista.
Pedagogia relacional: O aluno só aprenderá alguma coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a sua ação. O professor construtivista não acredita no ensino, em seu sentido convencional ou tradicional, pois não acredita que um conhecimento (estrutura) possam transitar, por força do ensino, da cabeça do professor para a cabeça do aluno. O aluno age (assimila) sobre o assunto que o professor presumiu ser importante para a aprendizagem, problematiza, tenta responder a estas problematizações (acomodação) gerando, assim, uma reflexão em cima da reflexão. A epistemologia que fundamenta esta postura pedagógica é o construtivismo.
Quando respondi as perguntas já tinha como concepção a pedagogia relacional, hoje continuo com este mesmo pensamento. Porque acredito que a aprendizagem decorre da interação entre professor e aluno, já que esta faz com que a aprendizagem se torne mais significativa. O professor, além de ensinar, precisa verificar o que o aluno já construiu até o momento, a partir daí construir aprendizagens futuras. Mas para isso o educando precisa ser motivado, pois o ensino possui um caráter de provocação, de desafio para a construção de hipóteses, de reflexões e de buscas de soluções.
Bibliografia
BECKER, Fernando. Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegra: ARTMED, 2001