A atividade foi desenvolvida com a turma de 1º ano. A turma é composta por nove meninos e oito meninas, nela há uma menina de cor negra que sofre descriminação.
Conforme Luciane Andréia Ribeiro Leite, trabalhar sobre a discriminação racial nas Séries Inicias é ao mesmo tempo um tema indispensável e complexo. Indispensável porque é neste momento que a criança está em formação física, cognitiva e moral, sendo assim, a intervenção pedagógica poderá contribuir para que ela venha conviver nesta sociedade, de múltiplas configurações étnicas, religiosas, culturais, compreendendo essas diferenças e como são produzidas na sociedade.
Complexo, pois envolve não somente os preconceitos dos alunos/as, mas também dos próprios professores. Em função disso muitas vezes este tema ou é tratado de forma superficial, enfatizando só o sentimento de consideração por ter o negro contribuído para a construção da ‘nação brasileira’, ou é simplesmente ignorado.
Antes de dar início ao assunto sobre as diferenças raciais sentamos em uma rodinha e fiz a leitura do poema da Ruth Rocha: São duas crianças lindas, realizamos o diálogo e comparamos nossas diferenças, cor do cabelo, altura, olhos. Logo que sentamos a aluna S falou: Não quero sentar ao lado da R (negra). A professora Simone disse que é freqüente a aluna S manifestar-se com desprezo com a colega.
Pedi que cada um falasse de alguma diferença, a aluna S falou: Eu tenho cabelos pretos mas sou branca, a aluna R prontamente olhou para baixo. Mostrei a eles que há vários tons de pele, cores de cabelos e olhos.
Para confeccionar os bonecos, fiz a distribuição das folhas de jornais e fui explicando passo a passo da atividade, depois de concluído pintamos. Fizemos uma apresentação dos bonecos, perguntei a eles se todos eram iguais, o aluno C disse não, os bonecos são como nós diferentes um dos outros, perguntei como ele disse: esse tem pernas mais compridas, essa colou lã laranja no cabelo, assim foi descrevendo várias características diferentes.
Na hora do brinquedo livre e na pracinha percebi que a aluna R interagiu só com uma coleguinha. Ela manifesta-se muito pouco é bastante retraída.
Promover o respeito e a igualdade no ambiente escolar, a reflexão sobre a dinâmica das relações raciais vivenciadas nesse espaço não pode mais ser protelada. Uma vez reconhecida a presença do racismo, do preconceito e da discriminação racial na sociedade, temos que abordar a reprodução desses problemas no cotidiano escolar, para que ocorra uma mudança de atitudes e respeito as diferenças.
No dia vinte e três na rodinha coloquei o avental de histórias, e mostrei a eles uma caixa, questionei o que havia dentro dela, alguns espertinhos disseram um livro Prô, ( associaram ao avental), abri a caixa e apresentei a história. Menina bonita do laço de fita, a turma gostou da história o que mais impressionou foi o fato do coelho querer mudar de cor para ficar igual a menina. O Aluno A disse que a mãe dele falou que não importa nossa cor ou raça todos foram criados por Deus.
É de grande relevância tratar em sala de aula a questão de discriminação e diferenças, pois apelidos e comentários que circulam entre os alunos, consideradas “coisas de estudante”, essas maneiras de ridicularizar os colegas podem deixar marcas dolorosas. As conseqüências são o isolamento e a queda de rendimento escolar.
Constatei com a proposta que a aluna negra sente-se discriminada, muitas vezes isola-se do grupo. Verifiquei uma preocupação da parte da professora em estabelecer regras, pois acredito que se não fosse trabalhado valores e que todos temos diferenças, a discriminação seria maior por parte dos alunos, aumentando assim o isolamento a dificuldade em se relacionar, o sentimento de inferioridade e o baixo rendimento na aprendizagem.
Para finalizar a proposta pedi aos alunos que recortassem de revistas pessoas, depois montamos um painel mostrando a diversidade, mostrei a eles que existem etnias existentes, quais são as origens e costumes de cada uma, suas principais características.
Sei que trabalhar com a discriminação é uma tarefa para ser construída todos os dias, pois ela é bem presente e vem sendo construída na sociedade e é nosso papel instruir nossos alunos a respeitarem raças, etnias e culturas diferentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Texto1: Luciane Andréia Ribeiro Leite. “Era uma vez uma menina muito bonita: Uma prática pedagógica relacionada com a questão racial em uma turma de alfabetização.”
Conforme Luciane Andréia Ribeiro Leite, trabalhar sobre a discriminação racial nas Séries Inicias é ao mesmo tempo um tema indispensável e complexo. Indispensável porque é neste momento que a criança está em formação física, cognitiva e moral, sendo assim, a intervenção pedagógica poderá contribuir para que ela venha conviver nesta sociedade, de múltiplas configurações étnicas, religiosas, culturais, compreendendo essas diferenças e como são produzidas na sociedade.
Complexo, pois envolve não somente os preconceitos dos alunos/as, mas também dos próprios professores. Em função disso muitas vezes este tema ou é tratado de forma superficial, enfatizando só o sentimento de consideração por ter o negro contribuído para a construção da ‘nação brasileira’, ou é simplesmente ignorado.
Antes de dar início ao assunto sobre as diferenças raciais sentamos em uma rodinha e fiz a leitura do poema da Ruth Rocha: São duas crianças lindas, realizamos o diálogo e comparamos nossas diferenças, cor do cabelo, altura, olhos. Logo que sentamos a aluna S falou: Não quero sentar ao lado da R (negra). A professora Simone disse que é freqüente a aluna S manifestar-se com desprezo com a colega.
Pedi que cada um falasse de alguma diferença, a aluna S falou: Eu tenho cabelos pretos mas sou branca, a aluna R prontamente olhou para baixo. Mostrei a eles que há vários tons de pele, cores de cabelos e olhos.
Para confeccionar os bonecos, fiz a distribuição das folhas de jornais e fui explicando passo a passo da atividade, depois de concluído pintamos. Fizemos uma apresentação dos bonecos, perguntei a eles se todos eram iguais, o aluno C disse não, os bonecos são como nós diferentes um dos outros, perguntei como ele disse: esse tem pernas mais compridas, essa colou lã laranja no cabelo, assim foi descrevendo várias características diferentes.
Na hora do brinquedo livre e na pracinha percebi que a aluna R interagiu só com uma coleguinha. Ela manifesta-se muito pouco é bastante retraída.
Promover o respeito e a igualdade no ambiente escolar, a reflexão sobre a dinâmica das relações raciais vivenciadas nesse espaço não pode mais ser protelada. Uma vez reconhecida a presença do racismo, do preconceito e da discriminação racial na sociedade, temos que abordar a reprodução desses problemas no cotidiano escolar, para que ocorra uma mudança de atitudes e respeito as diferenças.
No dia vinte e três na rodinha coloquei o avental de histórias, e mostrei a eles uma caixa, questionei o que havia dentro dela, alguns espertinhos disseram um livro Prô, ( associaram ao avental), abri a caixa e apresentei a história. Menina bonita do laço de fita, a turma gostou da história o que mais impressionou foi o fato do coelho querer mudar de cor para ficar igual a menina. O Aluno A disse que a mãe dele falou que não importa nossa cor ou raça todos foram criados por Deus.
É de grande relevância tratar em sala de aula a questão de discriminação e diferenças, pois apelidos e comentários que circulam entre os alunos, consideradas “coisas de estudante”, essas maneiras de ridicularizar os colegas podem deixar marcas dolorosas. As conseqüências são o isolamento e a queda de rendimento escolar.
Constatei com a proposta que a aluna negra sente-se discriminada, muitas vezes isola-se do grupo. Verifiquei uma preocupação da parte da professora em estabelecer regras, pois acredito que se não fosse trabalhado valores e que todos temos diferenças, a discriminação seria maior por parte dos alunos, aumentando assim o isolamento a dificuldade em se relacionar, o sentimento de inferioridade e o baixo rendimento na aprendizagem.
Para finalizar a proposta pedi aos alunos que recortassem de revistas pessoas, depois montamos um painel mostrando a diversidade, mostrei a eles que existem etnias existentes, quais são as origens e costumes de cada uma, suas principais características.
Sei que trabalhar com a discriminação é uma tarefa para ser construída todos os dias, pois ela é bem presente e vem sendo construída na sociedade e é nosso papel instruir nossos alunos a respeitarem raças, etnias e culturas diferentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Texto1: Luciane Andréia Ribeiro Leite. “Era uma vez uma menina muito bonita: Uma prática pedagógica relacionada com a questão racial em uma turma de alfabetização.”
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