sábado, 26 de setembro de 2009

Alfabetização e a pedagogia do empowerment político

A alfabetização torna-se uma forma de capital cultural privilegiado, e os grupos subalternos, afirma-se, merecem ter sua fatia na distribuição desse tipo de moeda cultural. Não somente a educação de Jovens e Adultos, como a educação toda representa uma possibilidade que pode contribuir para efetivar um caminho e desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades. Planejar esse processo é uma grande responsabilidade social e educacional, cabendo ao professor no seu papel de mediar o conhecimento, ter uma base sólida de formação. Não basta somente capacitação dos alunos para futuras habilitações nas especializações tradicionais. Trata-se de ter em vista a formação destes para o desenvolvimento amplo do ser humano, tanto para o mercado de trabalho, mas também para o viver em sociedade. Hoje, percebe-se que aprender é um direito básico de todos e uma necessidade individual e social de homens e mulheres. O domínio da leitura e da escrita e a habilidade em produzir textos são um divisor social que discrimina e inferioriza os sujeitos que não os possuem. Ler e escrever bem são condições para que o sujeito não seja excluído. Na educação de jovens e adultos precisamos contar com profissionais abertos à troca de experiências, dispostos a aprender com o outro, que vibram com o avanço da aprendizagem em seus alunos e acreditam em suas capacidades, respeitando as diferenças sociais, culturais, religiosas, enfim, respeitando o direito do outro em ser ímpar, mas ao mesmo tempo sendo respeitado em seus direitos.

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