sexta-feira, 15 de maio de 2009

Relato de experiência e Estudo de caso

Em minha escola temos uma menina que irei chamá-la de “A”. Teve ingresso na escola no ano de 2001. Tem um histórico de 4 anos de repetência na 1ª série, hoje encontra-se na 4ª série. Em minha escola recebemos Mesas educacionais da Positivo, o trabalho coletivo é essencial para o desenvolver das propostas com o uso dos softwares.Tive a oportunidade de atende-la no laboratório de informática, ela necessitava de auxílio para realizar as propostas. O grupo a qual ela estava, auxiliava quando tinha dificuldades de compreensão, também ela tinha dificuldades na motricidade fina, não conseguindo utilizar o mouse, como era constantes as tentativas ela aparentemente mostrava-se zangada. Mas aos poucos foi adapatando-se e aprendendo. Procurava propor softwares que auxiliam assililação de conceitos básicos a aprendizagem (simples), e também com mais dificuldades. Ela necessita de muita ajuda para compreender ordens simples. Muitas vezes fiquei frustada pois parecia que nada contribuia para sua melhora cognitiva.
Falei com a professora de informática deste ano ela disse que aos poucos está tornando-se mais autônoma na tomada de decisões, (porém a professora precisa sempre questiona-la solicitando que ela opine, caso contrário ela passa a sua vez para o colega.
A aluna “A” apresenta Necessidades Educacionais Especiais ( Retardo Mental) e iniciou os atendimentos em abril de 2008 na sala de recursos Multifuncionais ( no contra turno). Esse atendimento ocorre em outra escola , ela é atendida por uma psicopedagógica, e com uma fonoaudióloga, o trabalho realizado é com questões da aprendizagem escrita e leitura, como recurso é utilizado o computador e jogos didáticos. A professora da aluna relatou que há pouco retorno destes profissionais, as reuniões ocorrem somente três vezes ao ano para troca de informações sobre a aprendizagem da aluna.
Foi encaminhada por apresentar déficit de aprendizagem. Faz acompanhamento com uma neurologista, e as crises convulsivas são controladas por medicamento. Atualmente está fazendo tratamento dentário.
Ela apresenta dificuldade de oralidade, ainda não lê, não realiza cálculos, sabe contar até 10, mas desconhece as quatro operações. Não compreende histórias contadas verbalmente. Em sala ela mostra-se feliz no ambiente escolar, tem um bom relacionamento com seus colegas, porém no recreio ela procura isolar-se. É proporcionado a ela atividades diferenciadas (adapadas com grau de dificuldade menor) para que ela possa avançar em sua aprendizagem, precisa de constante ajuda para a realização dos exercícios. A comunicação é muito pouca. (Iniciou a falar muito tarde por volta dos 9 anos e com sérias dificuldades). Houve um avanço em seu diagnóstico, pois agora ela consegue solicitar ajuda, pede para ir ao banheiro, fala com dificuldades mas quando ingressou a escola não falava nada e também não interagia ficando isolada dos demais, hoje ela brinca, corre, dramatiza peças de teatro, procura dar sua participação o legal é que os colegas não dão risadas quando ela erra, mas a incentivam a tentar novamente. Acho que o papel da sua professora foi fundamental na questão da aceitação das diferenças.
Tem facilidade em vincular-se com quem esta a sua volta. Tem omissões na fala, necessitando de mediações fonoarticulatórias, mas não se inibe em função disto. Gosta de atividades realizadas no computador, mantém atenção devida e manifesta-se contrária quando não quer um determinado jogo, demonstrando assim sua iniciativa quanto às atividades. Nas atividades motoras desloca-se bem nos espaços e com os materiais oferecidos.
Ela faz diferenciação de alguns conceitos matemáticos (grande-pequeno, pouco-muito, etc), mas tem limitações nos numerais.
Logo que entrou na escola foi encaminhada ao CEACA, (SERVIÇO REALIZADO COM PROFISSIONAIS NO POSTO DE SAÚDE), para atendimento com neurologista e psicólogo, mas a família não comparecia para realizar os exames e consultas. Quando surgiu o SEI(SERVIÇO ESPECIALIZADO DE INCLUSÃO- HOJE O NOME FOI ALTERADO PARA NAPPI-Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão), foi encaminhada para os atendimentos, houve um tempo em que freqüentava semanalmente, se ausentou por algum tempo, depois de muita insistência da escola a família retomou as consultas.
Ela é avaliada pelo PEI (Plano de Ensino Individualizado) ele é elaborado com a professora regente em conjunto com a supervisão escolar, esta avaliação está sendo elaborado de acordo com o parecer 441/2002, sendo que a aluna apresenta defasagem cognitiva, pois ainda não acompanha os objetivos propostos da série.
Ela está sendo promovida, mesmo não estando alfabetizada, a professora procura fazer um atendimento diferenciado auxiliando-a na execução das tarefas esclarecendo as dificuldades apresentadas, também elabora algumas atividades extras porém surte pouco efeito. Ela precisa de muita ajuda para executar as atividades.

Um comentário:

Melissa disse...

Ceres,
Senti falta de te encontrar nessa postagem,....falta a tua síntese, a tua reflexão. Vou te dar um exemplo na última postagem sobre o estudo de caso, relatas bem a atividade realizada, que já foi atividade de uma interdisciplina. Mas não trazes uma reflexão sobre essa atividade, o que implicou para ti aplicar mfazer este estudo, qual diferença percebes, o que te acrescentou...entendes?
Não precisas relatar novamente no blog a atividade, podes apenas colocar um link para onde está esse relato ou até anexar o arquivo...o que importa no blog é "te expressar" ...ser tu mesma...mostrar tua reflexão...fazer uma parada para pensar.
Abraços
Melissa