sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

PPP, Currículo, Didática e Avaliação

Em muitas escolas os PPP encontram-se engavetados, onde muitos profissionais nem sequer sabem que ele existe.
Na forma em que apresenta-se, boa parte dos documentos não possibilita ao leitor, ainda que ele seja professor da escola ou da comunidade escolar, reconhecer traços individuais e próprios da escola. A começar pela Filosofia da escola.
No inicio do ano iniciamos a elaboração e reestruturação do PPP, descrevendo a realidade, qual a metodologia que iremos desenvolver, plano de trabalho individual de cada professor nele consta todas as atividades , passeios, apresentações, a serem trabalhadas. Como será o funcionamento do recreio, atividades, recreação entre outras, a equipe diretiva também elabora um plano, hora Cívica, passeios, apresentações, avaliação, currículo (conteúdos por série) entre outros ítens. ( professores, funcionários, e comunidade escolar).
Acredito que o PPP, não pode ser elaborado “fictício”, deve sair do papel e ser cumprido na integra, precisa ser claro, compreendido por todos. Precisamos ler e perceber que estamos falando da nossa realidade, ou melhor da nossa escola. É preciso e urgente que ao final de cada ano seja feita uma avaliação do que deu resultado e o que precisa ser mudado. Tratava-se de tentar compreender os modos de organização da escola e do ensino, caminhando junto com professores e a comunidade escolar, na intenção de participarmos da descoberta e apropriação das possibilidades de mudar a realidade instalada, na direção da aprendizagem do trabalho coletivo e da promoção da cidadania. Foco principal deve ser o aluno, um ensino de qualidade. Tudo começa por ele pois se tivermos um PPP bem elaborado, os profissionais terão todo um embasamento para seu planejamento, pois será discutido e reavaliado e atualizado sempre.
O assunto que discutimos com bastante freqüência em reuniões pedagógicas: Quais são as causas da repetência em massa? Quais são os fatores do desinteresse dos alunos?
Evasão escolar? Inclusão( onde as crianças são depositadas nas salas e não recebem a devida assistência, o professor muitas vezes fica desanimado, por não conseguir fazer com que esse aluno progrida em sua aprendizagem escolar.
A escola mudou pouco, ficou parada em métodos sem resultados, onde o professor é ditador de regras, segue um roteiro gigantesco de conteúdos, o aluno fica estático, absorvendo tudo sem significação , onde quando precisar aplicar o que aprendeu, não saberá com usa-lo. E não são poucas escolas que agem assim, não há uma cobrança eficaz da parte pedagógica, o professor trabalha o que vier a cabeça, não tendo uma seqüência, planejamento, objetivos, e quem é que perde com isso? O aluno.
Fala-se muito em desenvolver um aluno crítico, participativo e atuante, porém não é oferecido a ele essa possibilidade, quando há muita conversa são xingados, a começar pela posição das mesas e cadeira são enfileiradas para que não haja conversa. A sala de aula não pode ser um lugar chato, monótono, precisa ser um lugar divertido, alegre, prazeroso onde as crianças participem do planejamento, onde construam suas próprias respostas. Comecei a mudar minha prática, planejo minhas aulas em conjunto com eles, brincamos e também aprendemos muito, constatei realizando avaliações percebi um avanço significativo na aprendizagem, resultados que nos anos anteriores não aconteciam.” Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo. Se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para formação do homem.”(Carlos Drummond de Andrade).
Pensar, planejar e desenvolver o currículo escolar, na perspectiva da construção da cidadania supõe compreender que o aluno-cidadão não se faz tão somente a partir da aprendizagem da leitura e da escrita, embora essas sejam essenciais para desencadear a caminhada, tal como o desenvolvimento do pensamento lógico matemático e a re-elaboração dos conhecimentos de história, geografia, ciências naturais, estudos sociais assim como os das artes e da educação física, são outras aprendizagens essenciais.
0 fazer-se cidadão implica aliar o crescimento cognitivo à aquisição da autonomia moral e à capacidade de considerar, criticamente, os novos conhecimentos assimilados. A educação básica, sob essa ótica, é processo de descoberta e leitura do mundo dos homens e do mundo da natureza que leva a compreender não só a importância social dos saberes escolares mas como esses saberes foram produzidos. Tal processo se inicia desde a definição do currículo de cada escola e através dele se desenvolve. Logo, o currículo é muito mais do que um plano estático, é também um processo vivenciado por professores e alunos.
Em muitas escolas falta materiais, jogos, didáticos, material para educação física, apóio pedagógico, como oferecer aulas atrativas? Muitas vezes o professor pode contar somente com o quadro e giz. Mas há outras formas formas de ensinar, fazer a criança vivenciar o conteúdo, tocar, sentir, ouvir, construir, experimentar e vivenciar.
A escola deve ser um lugar estruturado, um espaço que ofereça condições de produção do conhecimento para alunos e professores, o que torna imprescindível eliminar os métodos que favorecem a assimilação sem significado, a domesticação, a dependência intelectual, a acomodação das mentes.
Mudanças metodológicas não podem, contudo, ser propostas, ou muito menos implantadas, por simples questão de modernidade, novidade ou imposição burocrática. Essa é uma consideração importante porque os professores, honestamente preocupados em alcançar o sucesso em seu trabalho, geralmente aceitam as propostas acreditando ser maneira encontrada para a possível melhora na qualidade do ensino e a resposta acabar com o fracasso escolar.
Para alunos envolvam-se no processo de construção e reconstrução crítica do conhecimento, há que se orientar o currículo e as práticas no sentido de procedimentos de ensino que levem professores e alunos a observar atentamente a realidade que os cerca, a examiná-la e discuti-la em profundidade, a reinquirir suas próprias interpretações, confrontando-as com aquelas que o mundo da ciência apresenta. Trata-se de buscar uma metodologia de ensino que torne os alunos capazes de, através do trabalho e da reflexão coletivos, construírem sua autonomia, capazes de repensar sua realidade pessoal para construir sua identidade e de formar-se como cidadãos, ativos, críticos, conhecedores de seus direitos e responsáveis pela tarefa de transformar sua sociedade.
A construção efetiva de um novo projeto educativo, através de um Projeto Político Pedagógico que signifique um currículo emancipador, certamente fracassará se não projetar uma nova concepção de avaliação das aprendizagens escolares e não vinculá-la à avaliação do ensino.
Exatamente por se tratar de difícil combinação de exigência racional e exercício de sentimento, a avaliação tem se mostrado como uma das tarefas mais complexas e, por isso mesmo, menos bem assumidas no processo educativo escolar. Ao mesmo tempo, ela se constitui em uma das grandes inquietações, é a maneira de acompanhar o desenvolvimento do aluno, organizando a estrutura didática e curricular, sem perder o sentido da unidade e da totalidade. No contexto de uma educação conservadora, a avaliação atua como instrumento de sujeição às normas e valores dominantes, desenhando-se, portanto, de modo coerente com o arbitrário que marca as escolhas de conteúdos de ensino e com o teor reprodutivo - intencional ou produzido pelo desconhecimento que caracterizam os modos de ensinar. "Cobra-se" do aluno aquilo que, se pretende, tenha ele aprendido; dele se espera a devolução ou aplicação mecânica dos "saberes", mediante exercícios repetitivos, rotineiros, que quase nada têm a ver com o pensar ou com o construir idéias e conhecimento. de aprimorar o intelecto, possibilitando um aprendizado capaz de não só formar alunos, mas também cidadãos conscientes, capazes de modificar e melhorar o meio em que vivem.
A avaliação precisa ser qualitativa, muitas escolas exigem um número X de avaliações( quantitativas), onde perde-se tempo, no lugar poderia ser ensinado outros assuntos e conhecimentos. Em nossa escola discutimos sobre isso, e chegamos a conclusão que a avaliação precisa ser da forma qualitativa. Onde não só os alunos são avaliados, mas todos os setores da escola.
A cada final de trimestre, a supervisora vai até a sala, o professor retira-se para que não ocorra constrangimento, em conjunto são analisado cada setor da escola, metodologia, atendimento, educação, rendimento, aspectos a melhorar, aspectos que estão bons e o que ainda precisa ser melhorado, a começar pela a turma, professoras, biblioteca, secretaria, direção, supervisão, merenda, funcionárias da escola. Depois de levantados os dados, a turma recebe um retorno.
Dois alunos são escolhidos de cada turma para participar do conselho de classe. Onde irá fazer anotações para passar para a turma, o professor também anota individualmente as dificuldades, avanços de cada aluno, depois a sós com o aluno conversa e explica o que ainda precisa ser superado, o que avançou, o que precisa melhorar, os resultados são imediatos, muitas vezes achamos que os alunos sabem o que precisa ser melhorado, muitos realmente não sabem. Eles começam a ler e estudar mais. Lembro que no inicio do ano tinha muitas dificuldades em mandar atividades extras para casa, no outro dia a metade não fazia, hoje é melhorou é 98% que fazem.
Trabalhamos com vidas, sentimentos, pessoas diferentes umas das outras, onde todas trazem consigo uma bagagem inesgotável de conhecimentos, cabe ao professor sensibiliza-se, construir junto com os alunos a aprendizagem que seja significativa, onde posteriormente usará para exercer sua cidadania.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Psicologia do Jogo...




Sala de aula é lugar de brincar?
“Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo. Se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.” (Carlos Drummond de Andrade).
Este mês realizamos a tão esperada “Noite do Pijama”. Brincamos e rimos muito. Algumas brincadeiras dança da cadeira, procurar balas na farinha, furar balões, procurar objetos na barraca com bolinhas, caçamos o tesouro, tomamos banho, lanchamos, realizamos um desfile de pijamas, a professora contou uma história e fomos dormir. Pela manhã tomamos um gostoso café.
Descobrimos então que a BRINCADEIRA nos trás muitos desafios e aprendizagens.
Pra Vygotsky(1987) “o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com sujeitos, crianças e adultos.”
Já demonstramos que somos criativos e amigos uns dos outros. Gostamos de brincar no pátio juntos, brincamos de brincadeiras já conhecidas e criamos outras. Nossas preferidas são: pega-pega, casinha, dançar, mamãe e filhinha, futebol, coelhinho sai da toca, elástico, passa- passará...
Também ajudamos nossa escola, recolhendo papéis que encontramos no chão e colocando no lixo, pra que nosso pátio fique ainda mais bonito e limpo.
Na sala de aula brincamos juntos ou em pequenos grupos, sempre interagindo uns com os outros.
Nos brinquedos livres gostamos de brincar de casinha, brincar de comprar e vender livros, com os colchonetes, com os legos, carrinhos, jogos de memória. Ultimamente a caixa de papelão onde guardamos os dados de tecido virou carrinho para deslizarmos pela sala e também caminha para dormir.
Também estamos fazendo descobertas na área da linguagem, ouvindo e contando histórias. Já sabemos que há várias formas de registrar algo: desenhando, falando e escrevendo. Gostamos de criar histórias, como aquela com fantoches.
Nas quintas-feiras temos aula de educação física com a professora Suzete, que são sempre esperadas com alegria, pois ela deixa explorar diversos materiais como bola, corda, bambolês, entre outros nos fazendo explorar o corpo e suas capacidades com movimento e agilidade, nossa professora também nos leva para o pátio uma vez por semana, lá fazemos brincadeiras de roda, gato e rato, desenhamos com giz no chão, brincadeiras recreativas, onde temos que correr, fugir, saltar lançar entre outros. Estas atividades ajudam a desenvolver habilidades motoras para nossa formação integral na aceitação as diferenças, no respeito e na tolerância.
Nós educadores muitas vezes ficamos preocupados em vencer conteúdos, com conversas excessivas em aula, brigas, pouco rendimento escolar, faltas, repetência entre outros fatores. A sala de aula muitas vezes é pouca atrativa, é sempre as mesmas coisas, atividades de fixação de conteúdos que os alunos fazem na outra semana não lembram de mais nada, pois esse tipo de exercício não foi significativo, ele não participou na elaboração e construção, que sujeitos queremos formar?
A sala de aula precisa ser um espaço onde a criança possa ser criança, possa brincar, inventar,criar e sonhar. O jogo, está relacionada a movimento, jogar, portanto responde à necessidade de garantir uma posição ativa, de ser sujeito de uma experiência, dominando-a.
A criança ensaia em cenários lúdicos comportamentos e situações para as quais não está preparada na vida real, projeta-se nas atividades dos adultos, ensaiando atitudes, valores, hábitos, significados que estão muito aquém das suas possibilidades efetivas. Mesmo considerando que existe uma grande diferença entre o comportamento na vida real e o comportamento no jogo, a atuação no mundo imaginário cria uma Zona de Desenvolvimento Próximo composta de conceitos, ou processos em desenvolvimento. As interações requeridas no jogo possibilitam a internalização do real e promovem o desenvolvimento cognitivo. Outro fator de grande importância é que jogo deve ser realizado de forma tão livre e espontânea que à escola não cabe intervir, mesmo que durante o jogar o aluno demonstre dificuldades de aprendizagem. O objetivo do jogo nada mais é, antes de mais nada, jogar.
Brincadeira, aprendendo com o brincar, para aprender brincando, a brincadeira é vista ora como ação livre, ora como atividade supervisionada pelo adulto. Brincadeira pode ser dirigida ou livre. A brincadeira livre possibilita a criança a interagir mais, inventar e criar outras possibilidades.
Brinquedo, através do simbolismo do brinquedo transfere interesses,fantasias ansiedades e sentimentos de culpa. Brincar, então é um meio de compreender e relacionar-se com o meio. O brinquedo expressa qualquer objeto que serve de suporte para brincadeira livre ou fica atrelado ao ensino de conteúdos escolares, cabendo à criança manipulá-lo livremente.
Ludicidade,uma aula lúdica não é aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquela em que as características do brincar estão presentes, é livre , imprevisível, capaz de absorver a pessoa que brinca, não centrada na produtividade. É preciso aprender a brincar para aprender a viver.
Quero fazer da minha sala de aula um lugar legal, divertido, lúdico onde participam e aprendam.
Para envolver a criança, precisamos pensar, agir e brincar como crianças.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

MPB para crianças- Histórias da Música Popular Brasileira para Crianças.

Com está próxima a chegada do Natal, escolhi trabalhar a cantora Simone, elaborei um Power Point Com a música: “Botei meu Sapatinho”, coloquei o Cd, e junto com a letra cantamos.
Depois em grande grupo, usamos o ritmo para marcar o tempo da música, batemos primeiramente com palmas, depois com sentados com os pés.
Criamos gestos para representar a letra da música, pois usaremos esta para a apresentação de encerramento do ano letivo.
Apresentei em uma lâmina a história da cantora.
Quando iniciamos a marcação do ritmo da música, alguns da turma perdia-se
no ritmo, muitos aceleravam as palmas, e outros atrasavam-se. Pedi a eles que escutassem novamente. Então nosso ritmo começou a criar forma.
Esse tipo de atividade trabalha com o ouvido musical, o saber ouvir a melodia, o ritmo... Trabalha também a questão tão importante, que é o corpo (expressão corporal, coordenação motora ).
Sempre gostei muito de trabalhar com minhas turmas a música, porém nunca me passou pela cabeça trabalhar desta forma sugerida pela interdisciplina de Música. A importância de trabalhar diferentes estilos musicais, melodias, ritmos e também a história do cantor e cantora, podendo fazer uma junção com outras disciplinas.
Gostei muito de realizar esta atividade, pois fez mudar meu olhar a respeito do trabalho da música em sala de aula, penso que as preferências musicais dos alunos, tem haver com a forte propaganda e apelo que a mídia faz, tocando muitas vezes as mesmas músicas, doas mesmos cantores, pois precisam vender o produto, e fazer as pessoas pensarem que está na moda e é bom, cabe a nós educadores, criar formas de atrair os alunos a músicas com letras com significado, ampliando o gosto musical, porém precisamos acima de tudo respeitar as preferências musicais de nossos alunos.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Aula presencial...


Nossa a aula presencial de literatura foi muito boa, pena que não conseguimos assistir as apresentações das colegas do grupo que foi deslocado para a aula de teatro.
A organização do nosso grupo foi por e-mail , onde as idéias foram criando forma, foi sugerida a história onde ela não seria narrada e sim cantada: Chuá, Chuá, Chuá, a princípio achei que seria um pouco difícil pois nem todas do grupo conhecia a melodia, e assim foi confeccionamos o cenário, as sugestões de atividades para distribuir para as colegas e tudo ficou muito bom.

Trabalhei com minha turma essa história musical eles adoraram. Como a professora falou na aula presencial, trabalhamos o semestre todo em cima de teorias e práticas sobre a Literatura, acho que não seria tão significativo se não tivesse a" hora do conto", tudo aquilo que aprendemos em uma aula prática e prazeroza.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Visão da arte...

Essa visita à Bienal, abriu um leque de informações, onde tudo que havíamos aprendido anteriormente criou um significado. Oferecer aos nossos alunos oportunidades de vivênciar e conhecer obras de artes.
Sempre fui apaixonada pela a pintura, acredito que nossos alunos não podem ficar somente: em cópias, desenho livre, ou pintura de um desenho pronto, é preciso e urgente ir além. O que essas atividades irão contribuir para o aprendizado dos meus alunos? Em nada.
Aprendemos que fazer uma releitura de uma obra não é fazer uma cópia, mas é trazer para o papel, ou outro recurso escolhido, o que essa obra quis transmitir, qual o sentimento que ela passou...
Trabalhamos a obra ” as meninas” de Diego Velásquez, fiz emos um roteiro de pesquisa: quais as brincadeiras, roupas, brinquedos que as crianças de antigamente e usavam. Como é hoje. Foi ampliado a foto do quadro, fizemos uma análise individual e coletiva do quadro. Modelamos com argila crianças, quando e secou pintamos. Na semana foi solicitado alguns materiais para a confecção de alguns brinquedos (Bilboquê, pé de lata, cinco Marias,) realizamos algumas brincadeiras( gato e rato, pimponeta, escravos de jô...). Algumas escolheram confeccionar seus bonecos com sucatas e retalhos de tecidos.
Eles envolveram-se, participaram, contribuiram com idéias, a aula foi divertida e siguinificativa.

Bienal

City Glow
Adorei a visita a Bienal, gostei de uma artista em especial, a forma pela qual ela dá vida e brilho a cidade. Trazendo as imagens e lembranças de sua infância para a atualidade.
Chiho Aoshima, nascida em Tokio, freqüentou a B.Ec, Hosei University, de Tóquio. Foi artista residente na Art Pace em San Antonio, Texas, EUA, em 2006. Atualmente vive e trabalha em Tóquio. Aoshima expõe individualmente há cinco anos. Algumas dessas exposições são: Chiho Aoshima: City Glow, Museum of Fine Arts, Houston, Texas, EUA (2007); Galerie Emmanuel Perrotin, Paris, França (2007); e Asleep. Dreaming of reptilian glory, Blum & Poe, Los Angeles, Califórnia, EUA (2005). Entre sua intensa participação em coletivas, estão: Disorder in the House, Vanhaerents Art Collection, Bruxelas, Bélgica (2007); Like Color in Pictures, Aspen Art Museum, Aspen, Colorado, EUA (2007); e Spank The Monkey, Baltic Center for Contemporary Art, Gateshead, Inglaterra (2006). Seu trabalho é encontrado nas seguintes coleções públicas: Museum of Contemporary Art, Chicago, EUA e Seattle Art Museum, Seattle, WDC, EUA.
City Glow, nasceu da sensação de liberdade que a autora sentiu ao contemplar a baia de Hong Kong. Um espírito vive nos prédios enquanto eles flutuam suavemente no céu estrelado. Ela que foi cercada de verde até os seis anos de idade, e quando aos sete mudou para uma parte da cidade, ficou deprimida com a falta da natureza a sua volta. Ela aprendeu que a vida do homem tem uma vida similar a natureza e ela na realidade é um belo ser.
Imagina um dia em que cidades vão ruir e vão ser tomadas pela natureza, isso trás sentimentos de amor pelas criações do homem.
Suas obras e instalações soam como um convite ao lúdico e claro, a arte japonesa contemporânea...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Músicas com letras significativas, inteligente...

A experiência do brincar...

Por que uma experiência marcada pela ludicidade pode ser muito significativa para o sujeito que brinca?
Piaget dizia : para a criança o seu trabalho é o brinquedo, e quando nos tornamos gente grande para muitos de nós o nosso modo de brincar é trabalhando, inverte-se essa relação que quando pequenos nós trabalhamos enquanto brincamos, pena que em poucas profissões tem esse experimento, de conciliar, divertir-se, animar-se com o trabalho. O brincar é algo sério, percebemos isso quando observarmos alguma criança brincando ela está compenetrada. A brincadeira tem uma de suas características como ela é nos conecta com o mundo, uma experiência marcada com a ludicidade é uma experiência significativa, uma experiência que adquire importância e significado, consegue estabelecer para o sujeito que aprende e para aquele que ensina, um clima de desafio e surpresa , que faz o sujeito que participe desta situação participe e sinta-se pleno, conectado com o mundo e com ele mesmo é uma aula que contribui para aprendizagem efetiva deste aluno. Brincar e o trabalhar podem estar relacionados.
Brincar é uma atividade transgeracional ela tem uma propriedade de poder de dar um sentimento, de sermos um só, ao longo do tempo quando nos tornamos grandes, nós lembramos das brincadeiras e jogos, nós percebemos aquilo que permanece em nós.
O brincar termina quando a infância acaba?
Como Tânia coloca em sua entrevista, não para a criança o seu trabalho é o brinquedo, e quando nos tornamos gente grande para muitos de nós o nosso modo de brincar é trabalhando, inverte-se essa relação que quando pequenos nós trabalhamos enquanto brincamos, pena que em poucas profissões tem esse experimento, de conciliar, divertir-se, animar-se com o trabalho. Freud, coloca que o humor é um dos herdeiros do brincar, o brincar não morre ele permanece e cria novas formas, anuncia novos mundos, brincando nós construimos uma cena que ainda não existe ou ainda possa ainda existir.
Proporcionar esses momentos do brincar, trazer para a sala de aula momentos prazerosos, divertidos, onde a criança demonstre vontade em aprender, onde não só elas divertem-se, mas nós também nos apropriamos destes momentos de construção.
Gosto muito de confeccinar jogos, procuro colar em uma cartolina ou papelão, e para dar durabilidade plastifico. Tenho vários tipos memória, matemática, palavras x desenhos entre outros. Também confeccionamos bilboques, pés de latas, cinco marias.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Atividades Musicais

A disciplina de Música em uma das propostas, foi realizarmos uma pesquisa sobre as preferências musicais, quais os cds mais vendidos, quais as músicas mais procuradas. Não tinha idéia de como as lojas de cds compravam e selecionavam seus produtos para a venda. Tudo depende do momento, temas de novelas, programas do momento, é como se fosse uma febre onde pode durar pouco ou alguns meses.
Realizei uma entrevista com um dos integrantes da Banda da Brigada Militar de Novo Hamburgo,eles executam músicas: Litúrgicas, Clássicas, Populares, Dobrados Militares, Canções Militares, Hinos Nacionais e Internacionais, Bandinha, Sertanejo (Dependendo do Público Alvo e Região). Utilizam instrumentos musicais: Sopro: Trombone, trompete, bombardino, sax, clarinete, flauta transversal, baixo tuba, bombardão, bateria, tarol, pratos, bombo, não há vocal, só instrumental já tocam juntos 15 anos, o que fiquei surpresa foi com o tempo e dedicação nos ensaios eles ocorrem todos os dias. 1º ensaio com os naipes (um instrumento de cada vez), 2º ensaio geral toda banda, em média são oito horas diárias. Realizam em média 202 apresentações por ano.( percorrem todo o estado).
Pude perceber que na loja pesquisada o que mais está vendendo no momento são músicas sertanejas e Bandinhas. Como o gerente havia informado e também o integrante da Banda da Brigada de Novo Hamburgo, depende o público alvo, qual são as músicas do momento, as preferidas pelo público. Esse tipo de atividade abre o leque de informações, ajudando a compreender as preferências musicais de nossos alunos, como podemos nos apropriar dessas informações para trabalhar mais em sala de aula os gostos musicais.

domingo, 4 de novembro de 2007

Teatro

Resumo dos textos:TEXTO1: Formas de abordagem dramática na educaçãoDentro da escola o teatro possui diversas abordagens que foram mudando conforme a transformação da própria educação. A principio ele foi usado como instrumento em várias áreas e conteúdos e só mais tarde sendo reconhecido como disciplina. Este conhecimento possibilitou o desenvolvimento da operatoriedade. O teatro faz com que o indivíduo crie uma maior compreensão de si e do mundo. Há diversas formas de abordar o teatro no ambiente escolar, entre elas: ·Play Way ou Método Dramático: é o uso do teatro como recurso para outras aprendizagens. Esta forma se fundamentou em três princípios: a) a experiência b) o fazer c) a ação.
Este método ainda hoje é usado nas escolas.·Teatro Criativo: tem como base o jogo dramático e considera que o teatro deve ser considerado uma disciplina. Neste método há uma pesquisa importante feita por Peter Slade (1954) que explica como o jogo que a criança apresenta promove uma liberação emocional e autoconhecimento. A cada faixa etária há um tipo de jogo e quanto mais velha a criança, mais condições ela terá de compreender a linguagem do corpo. Foi precursor deste método Winifred Ward. ·
Teatro Escolar: No começo do século era a única atividade dramática nas escolas. Basicamente consiste na apresentação de espetáculos por alunos em suas escolas. Nos dias de hoje as apresentações se desenvolvem a partir de jogos criativos e de trabalhos de improvisação. É necessário salientar que na apresentação de espetáculos, especialmente envolvendo alunos crianças pequenas é preciso ter cuidado, pois podem tanto tornar-se inibidas ou exibicionistas. Da mesma forma com crianças mais velhas. · Movimento Criativo: ênfase no movimento expressivo, principalmente dança e teatro. Seu precursor foi Rudolf Labam que pesquisou as características do movimento como base para a experiência. Alan Garrand desenvolveu uma técnica de teatro dança onde o movimento espontâneo da criança evolui para o teatro criativo.· Jogos teatrais: também uma abordagem do teatro na educação, porém de forma mais individual. Seu método inclui jogos que propõem um desafio a ser resolvido e que inclui a relação entre quem improvisa e quem assiste. Nele o aluno constrói o seu próprio fazer e o do grupo num trabalho dinâmico. · Jogo Dramático: já citado antes, se mantém como uma abordagem contemporânea do teatro na escola, porém mais voltado para a subjetividade, está ligado ao faz de conta infantil. É uma prática lúdica individual ou coletiva e não precisa necessariamente de platéia. Teatro é um recurso rico para a aprendizagem de outras disciplinas, bem como transformar jogos e brincadeiras em espetáculos. Jogo dramático e jogo teatral se mesclam igualmente como representação e brincadeira. Utilizar uma abordagem não exclui a outra. TEXTO 2: Aula de teatro é teatro?O texto aborda principalmente se numa aula de teatro, os exercícios dos alunos podem ser classificados como ato teatral? Inicialmente, a autora afirma que o ensino artístico tem sido tratado com uma nova abordagem, com a finalidade de ser reconhecido como matéria escolar. Neste ponto de vista, a Arte se apresenta como disciplina autônoma e não como instrumentos de outras disciplinas, como já se afirmou no texto anterior. A Arte em si ajuda a desenvolver a sociabilidade e a coordenação motora ou ainda auxilia na alfabetização. No Brasil, os PCNs referentes ao Ensino Médio estabelecem três conjuntos de competências e habilidades a serem desenvolvidas: a) a representação e a comunicaçãob) a investigação e a compreensãoc) a contextualização socioculturalTambém a Arte tem o objetivo de promover uma experiência expressiva e propiciar noções básicas da linguagem, além disso investigar a natureza do fenômeno artístico estético. Também há uma questão sobre quais condições que tornam um fenômeno (som, linha, movimento...) em evento artístico. Isto significa que não importa ver se o aluno é ou não um artista e sim transformar aula de teatro em TEATRO. A primeira condição para isso é haver uma intenção de ser teatro e saber que apesar de muitas situações parecerem teatro, não o são. Numa aula de teatro há a presença de exercícios de improvisação, jogos teatrais, dramáticos ou trabalhos que envolvam o corpo como movimento expressivo. Porém, só a intencionalidade do teatro não basta. O teatro é o encontro de alguém que assume um papel e comunica algo e outro que aceita e assiste. Há elementos teatrais necessários, conforme Guinsburg. São eles: a) textob) atorc) públicoTEXTO: vai muito além dele. Pode ser gestos, musicas, entonação de voz, etc... ASSUNÇAO DA MÁSCARA (ATOR): é quando o ator se difere de si. Pode ser também algo uma idéia, um animal... Daí também vem a divisão entre os que atuam e os que assistem.PRESENÇA DO PÚBLICO: é aquele que aceita dividir do mundo criado pelo ator.Alguns atores afirmam que a encenação só é completa quando há a presença do público. Na sala de aula alunos se revezam entre atores e platéia. E pode haver um momento em que cada um contribui com idéias, sugestões, enfim, discussões. Concluindo, um professor tem papel fundamental no sentido de oferecer experiências teatrais no próprio exercício da criação. Improvisação para o teatro:A intuição gera através da espontaneidade, atuando, interagindo, inter-relacionando e envolvendo-se com um mundo que se transforma, isso tudo através de uma expressão criativa.

Registro das atividades :
Fomos a sala de vídeo onde não há mesas e a sala é mais ampla. Expliquei que iríamos fazer algumas atividades, no início a turma estava bastante agitada, pensei em desistir naquele momento e deixar para executá-las no outro dia. Alguns alunos mostraram-se resistentes debochando e rindo dos demais, mas continuamos. Outros mostravam-se bastante tímidos e retraídos, após a execução das atividades o resultado foi mudando, parecia que a turma estava integrada. Todos participaram e não encontraram dificuldades em seguir os comandos, primeiro eu comandava, depois passava para algum aluno comandar as atividades.
Voltamos para a sala cada aluno recebeu uma sinopse (onde cada um seria autor do seu filme assustador). A professora explica como completar, então iniciam a escrita, onde todos ficaram super concentrados, dando gargalhadas de sinopse:

Depois a turma foi dividida em cinco grupos, onde fariam uma nova sinopse agora criada pelo grupo (cada grupo criou a sua). Todos contribuiram, auxiliaram na elaboração do filme.
O texto Improvisação para o teatro, procura mostrar a importância de não interferir no planejamento dos ensaios , figurino, papéis. Eles próprios elaboraram o roteiro e execução do filme, em um dos grupos eram quatro meninas, escolheram em não fazer um filme espantomania e sim realizar um filme recontando uma história infantil Rapunzel.
Desde o início do ano minha turma fez duas apresentações de teatro, onde fiz várias interferências, não permitindo a turma que criassem espontaneamente. A leitura deste material nós faz pensar, e mudar nossa postura em relação ao fazer teatro, também que o fazer teatro trabalha várias áreas do conhecimento. Quero proporcionar mais momentos como esse. Como escrevi no início, no começo é bastante cançativo, muitas vezes peansamos em desistir destes momentos.

Os alunos ensaiaram quatro vezes em aula, e o grupo combinaram ensaiar na casa dos colegas. Uma história foi diferente da outra, rica em detalhes.


domingo, 28 de outubro de 2007

Hora de jogar...




Depois de jogar, eles irão levar o jogo para a casa para confeccionar mais um junto com a família, para terem dois ou mais, e irão fazer o registro de como foi confeccionar outro, quais as regras se gostaram, alguma sugestão.


A importância do jogo...


Já relizei uma postagem sobre o jogo agora irei dar mais detalhes.

Estamos aprendendo um assunto muito interessante na disciplina de Ludicidade, a importância do lúdico, do jogo na infância. Para Caillois (1986) o jogo é uma atividade livre e voluntária, fonte de alegria e diversão. Predomina a incerteza e o caráter improdutivo de não criar nem bens nem riquezas. Acredita que somente se joga quando é do desejo do sujeito: quando ele quer e o tempo que quiser. Este autor acredita que jogo é muito mais do que uma situação estruturada pelo tipo de material. Por isso, Caillois (idem) entende que a palavra jogo combina com liberdade e invenção. Trabalho com uma turma de primeiro ano, em nossa sala há bastante jogos prontos, após a leitura percebi que é importante o aluno também criar seu próprio jogo, criar regras e organização. Em minha turma ainda havia alunos que não identificavam e relacionavam os números, então criei um jogo com o objetivo dos alunos poderem relacionar e identificar os números, criarem regras e organizar-se. Também para que a família participe e interaja com o filho em suas construções.

Materias para a confecção do jogo: 1 caixa de ovos
10 tampinhas de garrafa pet
Primeiro pintamos a caixa, após seca colar os números de 1 ao dez na caixa, e colar os números de 1 ao 10 nas tampinhas( Fiz os números no computador e xeroquei ) O importante e fazer por etapas primeiro concluir a caixa recortar e colar os números, depois pedir aos alunos contarem e pegarem a quantidade de tampinhas que irão precisar, depois recortar e colar os números nas tampinhas. Depois cada aluno receberá dois dados um dos números do 1 ao 5 e passe a vez , o outro do 6 ao 10 e passe a vez. Se o jogo ficar só na sala pode ser dois dados para cada grupo, nós confeccionamos dois pois eles levarão para casa para jogar com a família. Onde irão registrar em um caderno como foi e como jogaram , se criaram novas regras e se gostaram.
Na sala criamos essas regras( que poderá ser mudada quando houver interesse:
Cada jogador joga uma vez o dado. Após jogar o dado, o participante irá pegar a tampinha com o respectivo número tirado no dado e irá colocá-la na caixa de ovos sobre o número. Se já foi tirado o número passa a vez para o colega, ganha quem preencher primeiro sua caixa. Se tirar no dado passe a vez, passa para o colega do lado. O interessante desse jogo que eles se ajudam.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Jogar ...

Estou adorando A Interdisciplina de ludicidade, pois aborda um assunto que é essêncial" O BRINCAR". É a melhor hora para avaliar o desenvolvimento dos nossos alunos. Para brincar e fantasiar basta uma pessoa, mas ao se desenvolver, a criança não quer brincar de, ela quer brincar com. Jogos sempre foram experiências de troca. Daí a importância de estabelecer contatos, fixar limites de espaço e tempo, definir objetivos, nos jogos, é possível repetir, criar regras, errar e começar de novo. Graças a isso, o outro percurso ganha sentido e passa a ser vivido com mais liberdade e responsabilidade. Jogar todo o dia, aumeta o aprendizado e garante muita diversão num contexto que reúne não só prazer e fantasia mas também trabalha com regras. Confeccionei com minha turma um jogo de matemática,(Caixas de ovos) cada um tem o seu, pintamos, escrevemos os númerais, colamos os dados, cada um pode levar para casa para brincar e jogar com sua família. Todos os dias um leva para a casa o caderno de relatos, para relatar se gostaram, quais as regras, se alteraram ou criaram novas. ( Esse caderno irá começar a funcionar no dia 19/10/2007. Pois concluimos hoje nosso jogo. Minha turma é fantástica....

Continuando... Como tornar futuros leitores...

Trabalho pela manhã com uma turma de terceira e a tarde com uma turma de primeiro ano. Mesmo antes da turma aprender a ler é importante incentivar o desenvolvimento de comportamentos leitores. Comentar ou recomendar algum texto, ler para eles os bilhetes,compartilhar a leitura de um livro, confrontar idéias e opiniões sobre notícias e textos, isso ajuda a estabelecer gostos, reconhecer finalidades dos materiais escritos. Precisamos criar esse ambiente alfabetizadores, livros de histórias, revistas, jornais, alfabeto, poesias, embalagens... Já os que não vivem cercados de letras precisam e muito da ajuda da escola. O importante é que esse trabalho seja realizado desde a educação Infantil, e continue nas séries seguintes.
Além de aproximar as crianças do mundo letrado, a leitura alimenta o imaginário e incorpora essa experiência a brincadeira, ao desenho e as histórias que todos gostam de contar.
A leitura precisa fazer parte da rotina diária. Estou realizando essa prática e estou colhendo bons frutos, os alunos do primeiro ano melhoraram na hora de contar oralmente a história, dando uma sequência, o que antes não havia lógica dos fatos. Os desenhos estão sendo elaboradoscom mais detalhes . Os alunos de terceira melhoram em suas produções e na sua oralidade.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Realizei a leitura para debater no fórum o texto era: Formação de professores/as:Reflexões sobre os saberes e fazeres na escola , autora:Doris Pires Vargas Bolsan.
A leitura me fez refletir sobre as minhas experiências com cursos de formação continuada, participo todos os anos de grupos de estudos. Este ano participo de um grupo de professores de “primeiro ano”, eles ocorrem duas vezes por mês com duração de oitenta horas, este grupo é formado por uma coordenadora, professores da rede de ensino, onde são levantados assuntos pertinentes a nossa prática escolar, sempre buscando relacionar bases teóricas / práticas, registramos os relatos, trocamos experiências e angústias, também brincamos.
No último encontro, o tema abordado foi” Violência,” o assunto foi: permitir ou não armas de brinquedo ou sua construção em sala de aula. Lemos um texto, o autor deixa a entender que é importante que a criança fantasie, algumas colegas concordaram com o autor e outras não . Sempre tive muitas dúvidas a respeito, deixar ou não.
No brinquedo livre, pude perceber que eles construiam armas com legos, pedaços de paus e outros materias, perguntava a eles o que era, eles negavam ser armas. Em uma de nossas rodinhas levantei o assunto, os perigos que a arma pode causar, quem pode usá-la, que até poderíamos brincar, porém aquilo era só brincadeira que não era real. Eles adoraram e concordaram, construiram armas de todos os tamanhos e tipos, percebi que trocavam de papéis as vezes uns eram policiais, e outros ladrões e vice versa. Após duas semanas perderam o interesse na construção. Foi trabalhado a fantasia, o simbólico, esse estudo ajudou a pensar e mudar minha postura frente a esse assunto. Eles agora demonstram estar menos agressivos uns com os outros.
O grupo tem auxiliado em muito minha prática, pois não está embasado somente em teorias, mas relaciona essas a minha prática em sala de aula, porém não é todas as colegas que pensam assim ficando sempre estagnadas em uma mesma visão, onde seu principal objetivo é adquirir um certificado. Não são todos os encontros que contribuem para o aperfeiçoamento e reflexão, os palestrantes convidados trazia um bom tema, porém não se aplicava a nossa realidade.
Para estabelecer o diálogo entre teoria e prática, os assuntos estudados precisam ser préviamente pesquizados pelos palestrantes, junto a equipe de professores, também procurando fazer relação com situações que ocorrem no dia-a-dia de sala de aula.
São oferecidos vários cursos a todo o grupo de professores, porém poucos participam e demonstram interesse. Também há uma ajuda de custo para cursar graduação, mesmo com a ajuda de custo tem professores sem cursar. Para que ocorra uma mudança escolar é imprescindível a atualização permanente do o corpo docente, bem como a valorização da criatividade, da interação entre pares, da apropriação dos conhecimentos teóricos e pedagógicos, dos recursos tecnológicos disponíveis para qualificação do processo de escolarização.
Há quatro reuniões pedagógica por mês, onde são trazidos textos de reflexão, e conversamos a respeito dos alunos, conteúdos, apresentações, trocas, oficinas de atividades, onde são bastante ricas trazendo todo um suporte para que possamos fazer um trabalho junto aos alunos.
Hoje um assunto que fico bastante apreensiva é como trabalhar com alunos de inclusão, como fazer com que ele do ritmo dele supere suas dificuldades, pois não basta coloca-lo dentro da sala e deixa-lo lá sem interferências necessárias. Por essa razão participo de um outro grupo de Inclusão, onde trabalhamos vários temas o tema da semana passada foi surdez, também busco ajuda junto a minhas colegas, procuramos encontrar soluções a conflitos que ocorrem no dia-a-dia de sala de aula. A todo um embasamento teórico, para que junto com minha prática irão contribuir para um desenvolvimento cognitivo do meu aluno.
Para construção do saber docente é preciso uma reflexão sobre o saber e o saber fazer pedagógico. Para que isso ocorra é preciso uma construção do conhecimento de forma compartilhado. O professor ao refletir sobre a interação com seus pares e com os alunos constrói conhecimento, para que esse processo possa ocorrer é preciso que o professor considere os conhecimentos prévios que os alunos trazem para a escola, afim de estabelecer com clareza saberes a serem explorados e desenvolvidos nos currículos escolares.
É fundamental que o professor tenha uma atitude reflexiva. Para isso é importante uma formação contínua, pois ela contribui para esse processo de reflexão. A autora ainda destaca a importância de uma construção compartilhada do conhecimento entre professores e seus pares e principalmente para a reogarnização da ação docente.
Nesse sentido é que a autora destaca que mudanças na formação futura dos professores é imprescindível que haja uma construção compartilhado do conhecimento, relacionando teoria e prática. Não basta dominar só o conhecimento científico, ter a vivência da sala de aula, é preciso ligar esses dois aspectos, ou seja, o fundamental para que o professor melhore sua ação pedagógica é o processo de reflexão se faz sobre esses dois pólos relacionando-se.

Arte na escola


Chegamamos na temática 3 e 4 de Artes "O ensino da arte numa perspectiva Multicultutralista"e "Cultura visual.
Porque selecionar esse conhecimento e não outro? Quais interesses fazem com esse conhecimento e não o outro esteja no currículo? Por que privilegiar um determinado tipo de identidade ou subjetividade e não outro?
Ao selecionarmos os conteúdos e privelegiar um tipo de conhecimento de arte, nós professores exercemos uma relação de poder, determinando também uma concepção de arte.
Muitas vezes nós professores, sem querer trabalhamos obras, atividades artísticas de nossas preferências pessoais, como postei no fórum: Muitas vezes trabalhamos obras em que nos identificamos e que gostamos. Mas precisa ser mais abrangente, é preciso abrir o leque trabalhar em um novo contexto,descrição de imagens, obras, pintores, escultores entre outros para que eles possam analizar ampliar seus conhecimentos em artes.
Na educação escolar é necessário realizar essa empreitada a partir de um cruzamento de olhares. Os do passado e os do presente, que se refletem e se projetam nas imagens objetos e tema de pesquisa sempre em grupo e em relação, nunca isolados da época ou da sociedade, para organizar os diferentes olhares a partir de conceitos-chave. Não se trata de formarmos leitores e receptores, mas sim construtores e intérpretes que interajam com os objetos mediante seus próprios referenciais a realidade atual. Não se trata de formarmos leitores ou receptores, mas sim construtores e intérpretes que interajam.
Trabalho com uma turma de terceira série, confesso que estava trabalhando muito pouco "Artes" com meus alunos, após realizar leitura das temáticas, tive uma injeção de animo, comecei então a abordar e integrar todas as disciplinas a artes, resultado sairam aulas incríveis, cada aluno contribuiu com criativos trabalhos. Resumi algumas atividades que realizei com minha turma.
Para explorar o jornal em sala de aula, foi solicitado com uma certa antecedência para que os alunos fizessem reconte dos desenhos das charges do jornal, então na data programada todos trouxeram várias charges. Foi sugerido que escolhessem um, onde fizeram colagem na parte superior da folha de desenho. Abaixo realizaram uma releitura, onde saíram trabalhos incríveis, uns colocaram exageros nas imagens dando um toque bem particular, os trabalhos ficaram bem diferentes uns dos outros uns usaram só as cores preto e branco, outros usaram várias cores, uns usaram de traçados fortes e uns usaram traçados suaves.
Meus alunos adoram carros, para trabalhar o tema, trouxe para a aula vários tipos de carros e imagens diferentes, recortes de jornais, revistas, álbuns, carros antigos e atuais. Realizamos um estudo aprofundado sobre o tema, desde da época antiga até os dias. Trabalhei o tema em todas as áreas do conhecimento( Português- tipos de carros, ortografia, textos, leitura. Matemática-gráficos, histórias matemáticas, cálculos, estatísticas, história –evolução e criação dos carros, tipos, em artes- a estética, forma, cores tamanhos, releituras), Realizamos desenhos, formamos novos carros juntando dois ou mais modelos, conclusão: Foi uma aula agradável onde saíram trabalhos super criativos e inovadores.
Com a chegada da primavera trouxe para a sala um pôster Os Girassóis de van Gogh, e um folder com uma plantação de girassóis, pedi que observassem por algum tempo, e perguntei o que é girassol, o porque do nome. Contei um pouco das obras de Vang Gogh, sua bibliografia, depois fomos a biblioteca onde pesquisamos mais sobre os girassóis, produzimos um texto coletivo onde cada um colocou alguma informação.
Depois aplicamos em uma folha grossa pasta de dente, procurando criar formas de girassóis, depois pintamos com tinta acrílica diluída um com um pouco de água. O resultado ficaria melhor em uma tela, com massa acrílica. Os trabalhos ficaram lindos.
Trabalhamos a poesia de:
Vinícius De Moraes
O Girassol
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel.
O girassol é o carrossel das abelhas.
Pretas e vermelhas
Ali ficam elas
Brincando, fedelhas
Nas pétalas amarelas.
— Vamos brincar de carrossel, pessoal?
— "Roda, roda, carrossel
Roda, roda, rodador
Vai rodando, dando mel
Vai rodando, dando flor".
— Marimbondo não pode ir que é bicho mau!
— Besouro é muito pesado!
— Borboleta tem que fingir de borboleta na entrada!
— Dona Cigarra fica tocando seu realejo!
— "Roda, roda, carrossel
Gira, gira, girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol".
E o girassol vai girando dia afora . . .
O girassol é o carrossel das abelhas.
Quero trabalhar a obra ” as meninas” de Diego Velásquez, quero abordar o assunto ( faremos um roteiro de pesquisa): quais as brincadeiras, roupas, brinquedos que as crianças de antigamente e usavam. Como é hoje. Irei ampliar a foto do quadro e varemos uma análise individual e coletiva do quadro. Depois iremos fazer modelagem em argila de crianças., e depois de seco iremos pintare iremos confeccionar alguns brinquedos (Bilboquê, pé de lata, cinco Marias,)e faremos algumas brincadeiras( gato e rato, pimponeta, escravos de jô...).
Estou encantada pela disciplina de artes. Há muitos trabalhos e leitura. Nesse semestre apertou ainda mais o tempo, estou precisando ficar muitas horas, para relizar todos os trabalhos. Mas tenho certeza que vale a pena dedicar-me para tornar-me uma profissional com qualificações.

A importância da música


Quando na aula presencial a professora sugeriu a atividade onde teríamos que criar um ritmo para aquela poesia ficamos preocupadas, dá um medinho, mas como foi bom. O interessante foi o fato que cada grupo apresentou melodias diferentes.
E também quando foi sugerido em que pensássemos em uma música que marcou nossa vida e o que ele transmitia para o grupo, pedimos para cantar uma preferida por todos do grupo. Parecia que éramos crianças foi uma festa. A música faz isso com o ser humano, trabalha os sentimentos, afetividade, emoções...
Em minha infância lembro de minha avó cantar lindas músicas que foram ensinadas por sua mãe, que sua mãe cantava e assim por diante, dando uma continuidade nas gerações, onde quando terei meu filho(a) também irei cantá-las.
Quando estava no ensino fundamental, pude ter o privilégio de participar do grupo de danças e teatro da escola, lembro que era preciso muitas horas de ensaio e dedicação, pois no começo errávamos os passos, as pausas, mas quando chegava o hora da apresentação era uma festa e um nervoso, como foi mágico para mim aqueles momentos, esse é um dos motivos que acho importante o trabalho com música e teatro em sala de aula.
Costumo trabalhar com minha turma vários estilos musicais, onde posso constatar que quando estamos realizando uma tarefa onde os alunos são estimulados ao desenho quando coloco música, eles produzem com mais criatividade, eles ficam calmos, quando não coloco eles parecem inquietos, relaxam na pintura e seus desenhos ficam inacabados. Eles próprios pedem :_ Profe. Coloque a música dos animais, cd. Da Xuxa entre outras.
Uma vez por semana, os alunos escolhem grupos de apresentação musical, onde pegam baldes (tambor), guitarra, paus(microfone), latas com pedras, escolhem a música que irão cantar e fazem um pequeno ensaio, todos participam e gostam muito, nessas aulas eles criam seu ritmo, melodia e entonação, agora eles cuidam para que seus instrumentos não faça um som mais alto que suas vozes. Também costumo trabalhar interligando as histórias com uma música. Esse tipo de atividade trabalha uma questão bem importante que é a oralidade e também a desinibição.
Sempre quis aprender violão, fiquei por dois anos indo em aulas particulares, aprendi um pouco dá para se defender, as notas sei fazer as seqüências, porém minha dificuldade fica em fazer as batidas. Meus gostos musicais são bem variados gosto de músicas de estilo gospel, cantigas, clássicas, mpb, não gosto de música do estilo Fank .
Mais do que a possibilidade de escutá-la, a música é a maneira que nos permite sentir que somos escutados, em um ponto onde a mensagem do outro se torna nossa própria palavra. Por isso, em momentos em que nos sentimos solitários ou entristecidos, é tão comum recorrermos à música como companheira que nos entende.
A música pensada não somente como uma forma artística, mas também como sonoridade, faz parte de nossa vida.
Como autora Ana Paula Melchiors Stahlschmidt relata que atividade musical tem variadas funções, entre as quais o prazer estético e lúdico, a representação corporal, a adaptação aos valores sociais e a contribuição para a continuidade da tradição cultural. A atividade musical é importante como fim em si mesma. Ouvir música, dançar, inventar melodias e canções ou simplesmente cantar.

domingo, 7 de outubro de 2007

Hora do conto-Como tornar a criança em um futuro leitor?


Na formação de uma criança, ouvir histórias é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho infinito de descobertas e compreensão do mundo!O contador trabalha a linguagem oral abrindo caminhos para que aprendamos a falar, escrever, ler e pensar melhor. Nas palavras de Fanny Abramovich:*O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver, o escrever...* [ABRAMOVICH, Fanny, 1995:23].
Como escrevi em uma participação do Fórum /contação de Histórias:" Contar histórias é viajar e levar os ouvintes em um mundo mágico da imaginação e fantasia, e a possibilidade de descobrir o mundo. Trabalha os medos, angústias, conflitos, impasses, soluções que todos vivemos e atravessamos, através dos problemas que vão sendo defrontados enfrentados ou não, resolvidos ou não pelas personagens da história. E assim, esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a resolução dela".
Para contar histórias o narrador precisa estar familiarizado com o assunto, fazer com que o ouvinte crie expectativas sobre o livro, ter uma entonação de voz adequada aos relatos, é estar elevar os alunos a fazerem parte da história.Na minha opinião contar histórias deve ser um momento prazeroso e levá-lo a imaginar e entar no mundo da fantasia.
Fiz uma observação em minha turma de primeiro ano, a maioria trazia balas, doces, salgadinhos para o lanche. Preocupada, dei início a um Projeto"Alimentação ", iniciei perguntando o que gostavam de comer, depois de uma longa conversa, perguntei o que é importante comer para ter uma boa saúde. Surgiu vários alimentos, uns diziam que comiam outros não. Contei a Hitória "O sanduiche da Maricota", comentamos, será que aquele sanduíche ficou bom? Ficou combinado entre a turma de fazer o próprio sanduíche. Foi uma aula maravilhosa, uns diziam professora vou colocar tomate, mas não garanto que irei gostar... resumindo. Todos provaram tudo... e gostaram. O mais importante é que eles tiveram a oportunidade de vivenciar a história.
A bastante tempo não lia para a turma da terceira, porém após a leitura do capítulo 1 e 5 do livro: “Literatura Infantil: gostosuras e bobices” de Fanny Abramovich, me dei conta que era importante também ler para os maiores, eles também gostam de histórias, e lendo para eles eu iria estimular a leitura. Iniciei contando a história do pequeno Príncipe, onde conto uma parte e paro quando a história fica para acontecer algo. Eles esperam anciosos para que chegue no outro dia, para saber o que aconteceu. Houve um estímulo para a leitura, agora quando eles terminam as atividades pegam um livro da biblioteca da sala.

Mais um semestre...

Iniciamos mais uma jornada de aprendizagens. Com bastante leituras e trabalhos a serem realizados, onde será preciso muita dedicação e apertar ainda mais o horário. Já iniciou mudando minha vida pessoal e profissional. Estou encontrando dificuldades para realizar o planejamento das aulas, pois trabalho 40 horas, 20 com o primeiro ano e vinte com uma turma de terceira série, e com o início das aulas na faculdade, e reuniões a noite, ficou quase impossível conciliar tudo, mas irei fazer o possível para vencer essa dificuldade.Estou gostando muito das Interdisciplinas, estão com boas temáticas, bem pertinente a nossa prática com educadoras, já pude aplicar o que aprendi na interdisciplina de Literatura... Onde irei realizar uma nova postagem relatando.