Realizei a leitura para debater no fórum o texto era: Formação de professores/as:Reflexões sobre os saberes e fazeres na escola , autora:Doris Pires Vargas Bolsan.
A leitura me fez refletir sobre as minhas experiências com cursos de formação continuada, participo todos os anos de grupos de estudos. Este ano participo de um grupo de professores de “primeiro ano”, eles ocorrem duas vezes por mês com duração de oitenta horas, este grupo é formado por uma coordenadora, professores da rede de ensino, onde são levantados assuntos pertinentes a nossa prática escolar, sempre buscando relacionar bases teóricas / práticas, registramos os relatos, trocamos experiências e angústias, também brincamos.
No último encontro, o tema abordado foi” Violência,” o assunto foi: permitir ou não armas de brinquedo ou sua construção em sala de aula. Lemos um texto, o autor deixa a entender que é importante que a criança fantasie, algumas colegas concordaram com o autor e outras não . Sempre tive muitas dúvidas a respeito, deixar ou não.
No brinquedo livre, pude perceber que eles construiam armas com legos, pedaços de paus e outros materias, perguntava a eles o que era, eles negavam ser armas. Em uma de nossas rodinhas levantei o assunto, os perigos que a arma pode causar, quem pode usá-la, que até poderíamos brincar, porém aquilo era só brincadeira que não era real. Eles adoraram e concordaram, construiram armas de todos os tamanhos e tipos, percebi que trocavam de papéis as vezes uns eram policiais, e outros ladrões e vice versa. Após duas semanas perderam o interesse na construção. Foi trabalhado a fantasia, o simbólico, esse estudo ajudou a pensar e mudar minha postura frente a esse assunto. Eles agora demonstram estar menos agressivos uns com os outros.
O grupo tem auxiliado em muito minha prática, pois não está embasado somente em teorias, mas relaciona essas a minha prática em sala de aula, porém não é todas as colegas que pensam assim ficando sempre estagnadas em uma mesma visão, onde seu principal objetivo é adquirir um certificado. Não são todos os encontros que contribuem para o aperfeiçoamento e reflexão, os palestrantes convidados trazia um bom tema, porém não se aplicava a nossa realidade.
Para estabelecer o diálogo entre teoria e prática, os assuntos estudados precisam ser préviamente pesquizados pelos palestrantes, junto a equipe de professores, também procurando fazer relação com situações que ocorrem no dia-a-dia de sala de aula.
São oferecidos vários cursos a todo o grupo de professores, porém poucos participam e demonstram interesse. Também há uma ajuda de custo para cursar graduação, mesmo com a ajuda de custo tem professores sem cursar. Para que ocorra uma mudança escolar é imprescindível a atualização permanente do o corpo docente, bem como a valorização da criatividade, da interação entre pares, da apropriação dos conhecimentos teóricos e pedagógicos, dos recursos tecnológicos disponíveis para qualificação do processo de escolarização.
Há quatro reuniões pedagógica por mês, onde são trazidos textos de reflexão, e conversamos a respeito dos alunos, conteúdos, apresentações, trocas, oficinas de atividades, onde são bastante ricas trazendo todo um suporte para que possamos fazer um trabalho junto aos alunos.
Hoje um assunto que fico bastante apreensiva é como trabalhar com alunos de inclusão, como fazer com que ele do ritmo dele supere suas dificuldades, pois não basta coloca-lo dentro da sala e deixa-lo lá sem interferências necessárias. Por essa razão participo de um outro grupo de Inclusão, onde trabalhamos vários temas o tema da semana passada foi surdez, também busco ajuda junto a minhas colegas, procuramos encontrar soluções a conflitos que ocorrem no dia-a-dia de sala de aula. A todo um embasamento teórico, para que junto com minha prática irão contribuir para um desenvolvimento cognitivo do meu aluno.
Para construção do saber docente é preciso uma reflexão sobre o saber e o saber fazer pedagógico. Para que isso ocorra é preciso uma construção do conhecimento de forma compartilhado. O professor ao refletir sobre a interação com seus pares e com os alunos constrói conhecimento, para que esse processo possa ocorrer é preciso que o professor considere os conhecimentos prévios que os alunos trazem para a escola, afim de estabelecer com clareza saberes a serem explorados e desenvolvidos nos currículos escolares.
É fundamental que o professor tenha uma atitude reflexiva. Para isso é importante uma formação contínua, pois ela contribui para esse processo de reflexão. A autora ainda destaca a importância de uma construção compartilhada do conhecimento entre professores e seus pares e principalmente para a reogarnização da ação docente.
Nesse sentido é que a autora destaca que mudanças na formação futura dos professores é imprescindível que haja uma construção compartilhado do conhecimento, relacionando teoria e prática. Não basta dominar só o conhecimento científico, ter a vivência da sala de aula, é preciso ligar esses dois aspectos, ou seja, o fundamental para que o professor melhore sua ação pedagógica é o processo de reflexão se faz sobre esses dois pólos relacionando-se.
Um comentário:
Oi Ceres, penso que este teu exemplo e o texto lido te auxiliaram a pensar a importância da formação continuada do professor, não somente em espaços formais de aprendizagem, mas também com a troca de experiências entre os colegas professores. Abração, Sibicca
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