segunda-feira, 1 de novembro de 2010

15ª Educação de jovens e adultos

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http://peadportifolio164255.blogspot.com/2009/11/saida-de-campo.html
O tema “educação de jovens e adultos” nos remete primordialmente a uma questão de especificidade cultural. O primeiro traço cultural relevante para esses jovens e adultos é a sua condição de excluídos da escola regular. Um segundo ponto a ser mencionado é o fato de que a escola funciona com base em regras específicas e com uma linguagem particular que deve ser conhecida por aqueles que nela estão envolvidos. Por fim, o último elemento diz respeito às possíveis relações entre a cultura e a produção de diferentes modos de funcionamento intelectual, o que se organiza a partir de três formas de compreensão: a que afirma a existência da diferença entre membros de diferentes grupos culturais, a que busca negar a importância da diferença e a que recupera a idéia da diferença em outro plano. (OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./ Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.)
O trabalho com EJA, sem dúvida é uma conquista social e cidadã, onde pessoas encontram a dignidade, o direito a educação, mesmo que for a do tempo tido como o correto em tenras idades, nunca é tarde para se aprender. O ser humano vive em constante aprendizado, com ideais diferenciados, desde aprimorar conhecimentos a melhorar sua condição profissional, assim como a busca pelo reconhecimento social e a confiança de viver em um mundo supostamente igual a todos. Educadores como Paulo Freire, acreditavam na educação cidadã, mesmo que houvesse grande descrença de muitos, porém nos dias de hoje, já percebemos que este tipo de educação é uma realidade. Podemos verificar que educar e aprender é um processo constante, onde se deve considerar todas as necessidades e variáveis possíveis, inclusive que nossas experiências cotidianas são elementos e ferramentas de sublime utilidade em nosso processo de aprendizagem. Aprendemos que se não considerar o cotidiano e cultura do ambiente onde o educando está inserido não será um aprendizado completo e eficaz. A alfabetização hoje além de um direito cidadão é uma forma de conquistar a dignidade como ser humano, de interagir na sociedade, não considerar esse direito fundamental é como desconsiderar a vida em sociedade e a busca pela justiça social e igualdade entre todos. Em dado momento de nossa história, a alfabetização era utilizada como capital cultural privilegiado, mantendo a grande maioria alijada das decisões e da vida econômica da sociedade, criando os grupos subalternos. Atualmente há o entendimento de que todos têm o direito fundamental à educação, conquistando sua fatia na distribuição desse tipo de moeda cultural e a inclusão na vida econômica da sociedade onde está inserido. Não somente a educação de Jovens e Adultos, como a educação como um todo, representa uma possibilidade que pode contribuir para efetivar um caminho e desenvolvimento a todas as pessoas, sem distinção de idade, raça ou condição social. Planejar esse processo é uma grande responsabilidade social e educacional, cabendo ao professor no seu papel de mediar o conhecimento, ter uma base sólida de formação. Não basta somente capacitação dos alunos para futuras habilitações nas especializações tradicionais. Trata-se de ter em vista a formação destes para o desenvolvimento amplo do ser humano, tanto para o mercado de trabalho, assim como para o viver em sociedade. Na educação de jovens e adultos precisamos contar com profissionais abertos à troca de experiências, abertos a composição de disciplinas, uma vez que no cotidiano elas se apresentam em conjunto. Integrar os alunos à vida escolar, utilizando as experiências deles em sala, fazendo com que possam interagir, respeitando as diferenças sociais, culturais e religiosas.

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