domingo, 18 de abril de 2010

REFLEXÃO SEMANAL: 12/04 À 16/04

Avaliar a aprendizagem nem sempre é um ato fácil de ser executado pelo professor. Independente dos instrumentos e critérios de avaliação utilizados, sempre há “em jogo” uma operação de poder que conduzirá a uma determinada tomada de decisão. É um grande desafio. Diante disso, penso o que irei avaliar, como, que instrumentos irei utilizar para avaliar, que indicadores segerem que meu aluno realmente tenha aprendido, alcancei meus objetivos propostos. Conforme Luckesi (2000 p. 11)“A prática da avaliação da aprendizagem, para manifestar-se como tal, deve apontar para a busca do melhor de todos os educandos, por isso é diagnóstica, e não voltada para a seleção de uns poucos, como se comportam os exames. Por si, a avaliação, como dissemos, é inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Por ela, onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim travessia permanente, em busca do melhor. Sempre!”
Ao trabalhar uma receita de bolo tive por objetivo trabalhar a escrita e o reconhecimento de palavras de rótulos de embalagens conhecidas por eles.
P"Como se chama aquilo que explica como se faz um bolo?"
Crianças-" Igredientes"
P-"não. Isso é o que usamos."
Crianças-"Receita."
P-"Irei ler a receita do nosso bolo de cenoura."
Fiz a leitura para a turma, escrevi no quadro a lista de compras e perguntei:
P- "O que precisamos comprar para fazermos o bolo conforme a receita?"
E as crianças começaram a responder. Conforme iam dizendo, eu colocava os ingredientes em cima de uma mesa bem a vista das crianças e elas escreviam em uma folha o nome do ingrediente. Essa atividade foi feita sem ajuda com a intenção de verificar o grau de conhecimento da escrita de cada criança. Conforme iam terminando, eu recolhia as folhas para avaliá-las posteriormente. Alguns olhavam para a escrita dos colegas e eu pedi para eles tentarem fazer sozinhos. Todos escreveram conforme suas hipótese de escrita. Constatei que uma aluna ainda encontra-se no nível pré silabico, irei fazer intervenções de escrita e leitura individualmente.
Escrevemos a receita e o modo de preparo. Descemos novamente ao refeitório e perguntei:
P_" Em quantas fatias precisamos partir o bolo?"
crianças_ "veio 10 meninos e 10 meninas, vinte profe".
P_ Certo.
Repartimos e comemos o bolo. Esta atividade possibilitou o cálculo mental de possibilidades de divisão dos pedaços. Como é uma atividade que possibilita a criança visualizar a distribuição concreta e não abstrata, todos da turma responderam aos questionamentos. Esta avaliação foi feita oralmente com eles.
Na biblioteca a professora Ivanir da biblioteca solicitou que os três alunos leitores se preparassem a primeira em ler foi a "G", leu com uma boa entonação e leitura, depois foi a vez da "D" também leu bem sua história, a "E" leu com dificuldades nas palavras de encontros consonatais (ela começou a ler a poucos dias, a professora titular disse que era incegura).
O incentivo a leitura é prioridade na escola, pois desde o primeiro ano até a oitava série as crianças saõa atendidas na biblioteca e levam livros para casa. O projeto da biblioteca visa incentivar ao hábito da leitura tanto dentro como fora da escola, oferecendo momentos de contato com os livros através da hora do conto e empréstimo de livros de seu acervo. Assim, leitura deve ser ensinada acompanhada de um objetivo claro e significativo demonstrando sua prática social. Conforme os Pârametros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997, vol.2 p.57) " a leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim. Ler é a resposta a um objetivo, a uma nescessidade pessoal". Não lemos para aprender a ler, lemos para buscar uma resposta imediata a um questonamento, a uma curiosidade ou somente por prazer. Mostrar para as crianças que através da leitura entramos em contato como conhecimento é uma proposta que deve ser incorporada nas escolas para a verdadeira aprendizagem.
Como prática da leitura, o professor também deve realizar leituras para as crianças. Essa prática também desenvolvida pela professora da biblioteca lendo histórias e poesias e por mim, que lerei vários textos durante o meu estágio. Segundo os pârametros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997, vol 2), a leitura feita pela professora possibilita aos alunos o acesso a textos mais longos, podendo ser lida por capítulos, eo encantamento das histórias para quem não consegue ler sozinho. A prática de leitura na escola é necessária pelas seguintes razões: ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada; permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escrever-se para ser lido; aproximar o leitor de textos e os tornar familiares.
O papel do professor é essencial para despertar o interesse da leitura nas crianças que deve opoturnizar diversos momentos de leitura e oferecer variados tipos de textos. Com esta proposta pedagógica o professor estará contribuindo para que a escola efetive sua função de formadora de leitores.
No EVAM Como a turma desconhece as funções do teclado, resolvi trabalhar com um software que veio junto com as mesas da positivo chamado oficina do escritor pois ele pocibilita que aprendam de uma forma mais interativa e lúdica a digitação, nesta mesa os alunos trabalham de forma coletiva, expliquei a proposta que seria eles se passarem por uma rádio local na qual teriam que digitar o texto para eles falarem posteriormente, a principio foi difícil pois alguns integrantes do grupo não queriam deixar os outros integrantes digitarem, então tive que intervir explicando que cada um precisaria participar da escrita do texto, terminado o texto, cada um fez a narração eles acharam o máximo escutar sua vozes no computador. O Interessante foi quando pedi a eles que parassem de falar para cada grupo fazer a narração, e todos escutaram com atenção coisa que para esta turma não é coisa fácil, todos falam ao mesmo tempo, sem esperar a sua vez.
Fiz a distribuição de encartes do supermercado onde solicitei que eles encontrassem os ingredientes do nosso bolo, o preço deveria ser recortado junto, então eles recortaram e colaram em seus cadernos, faltaram o fermento, e o ovos então solicitei que eles fizessem o desenho e falei o preço aproximado.
M_ Prof. esta certo?
Ele havia colocado R$ 4,00 para cada cenoura então questionei:
P_ Mas será que não esta muito carro uma cenoura custar R$ 4,00?
M_ Acho que tá errado, mas não sei o preço!
P_ A Profe não disse para olhar no encarte?
M_ Mas eu olhei!
P_Tem certeza?
Ele me olhou com aquele olhar. Percebi que ele queria livrar-se logo, terminar primeiro.
Através desta atividade, possibilitei que as crianças realizassem cálculos mentais somando os preços dos ingredientes como auxílio dos encartes. Uma menina pecebeu que seu número era elevado utilizo-se dos dedos para resolver seu cálculo. No momento de registrar sua resposta inverteu a ordem dos numerais. Para corrigi-la lembrei-a do valor que os numerais tem sua posição, mesmo sem falar isso claramente e ela corrigiu sem precisar dizer como era.
Se a criança conseguir utilizar o que aprendeu em situações diversas ela está conseguindo pensar, contextualizar e refletir sobre o conhecimento que está adquirindo. A atitude da menina demostrou que ela está aprendendo a construção do número e a utilizar o que aprendeu em situações que requerem esse conhecimento.
Para que haja aprendizagem é necessário que o professor saiba atender de modo a levar a criança a buscar a resposta e não da-la sem a devida reflexão. Assim, o professor torna-se, conforme os Pârametros Curriculares nacionais (BRASIL, 1997, vol. 3), em consultor que fornece aos alunos as informações necessárias para obter a resposta. Minha atitude foi deixa-la pensar sobre o número, relembrado da outra atividade para fazê-la relacionar a situação desejada ao invês de fazer uma correção de cópia e reprodução. O que relmente é importante não é a resposta correta imediata e sim o processo que ele percorreu até encontrá-la.
Penso ser muito importante a atuação do profissional para promover um ensino que priorize o pensamento e a reflexão, pois essas são aspectos para a criança construir seu conhecimento.
Pedi a eles que escrevessem em um papel algo que gostariam de aprender fiquei surpresa quando iniciamos a ler nossas perguntas para formamos os grupos de pesquisa PA, as perguntas escritas eram relacionadas ao que aprenderam na horta, grande maioria dos meus alunos frequentam no período da manhã o Programa Mais educação, participam de uma oficina chamada "Horta Escolar" tendo como monitoras (Maria Helena Hartz e Ketlyn Ferreira) e temos como parceiros a UPAN (União Protetora do Ambiente Natural, o Lions Clube Imigrante, a Escola Técnica Visconde de São Leopoldo da Feitoria (cursos: Agropecuária e Técnico em Florestamento). A Upan foi fundada em 1971 e atua em projetos do meio ambiente com seu lema: “pensar globalmente e agir localmente”; o Lions Imigrante fundado em 1980 atua na área da saúde, meio ambiente e educação. Os objetivos do projeto horta escolar: proporcionar conhecimento sobre educação ambiental, preparação dos canteiros e manejo de hortaliças. Nesta semana tiveram palestras no turno do programa, plantaram, regaram, e também o jornal VS foi até nossa escola para conhecer nossa horta, eles ficaram bem envolvidos com a palestra e também com a visita do jornal. Penso que quando conseguimos trazer para nosssos alunos conhecimentos e experiencias que podem ser uteis para o seu dia-a-dia, como nos trás a reportagem do jornal VS em que um de nossos alunos encentivou ao pai para fazerem uma horta em sua casa, mais do que fazer a horta o aluno passou a ter conhecimento dos benefícios de uma refeição saudável com hortaliças que ele mesmo pode cultivar. Formamos os grupos por aproximidade de perguntas, solicitei a eles para que formulassem uma só pergunta em que iriamos pesquisar, também descrever nossas dúvidas e o que já temos certeza, registramos.
Dentre as atividades propostas para as crianças o momento de brincar é um dois mais esperados. Elas brincam com os brinquedos trazidos por eles na quinta-feira e com os jogos da sala. O espaço para brincar deve entrar na escola proporcionando aprendizagens e prazer aos educandos e nãodeixá-lo para trás quando a criança sai da educação infantil. Maluf (2007, p.30), afirma que "o brincar, enquanto promotor da capacidade e potencialidade da criança, deve ocupar um lugar especial na prática pedagógica, tendo como espaço privelegiado a sala de aula. A brincadeira e o jogo precisam vir à escola". O educador deve organizar seu tempo e incluir em sua proposta pedagógica o espaço para o brinquedo e brincadeiras promovendo aprendizagens atráves do lúdico.
Durante o brincar as crianças estão desenvolvendo a socialização e a capacidade de relacionamento e comunicação e conforme Maluf (2007) podemos identificar diferentes tipos de brincadeiras baseados nessas aprendizagens: solitárias, em paralelo, juntar-se à brincadeira, brincadeira coletiva e cooperação complexa. Na brincadeira cooperativa é muito importante pertencer ao grupo onde ela toma parte das atividades compartilhadas divide brinquedos, espera sua vez e trabalha com os outros.
A formação integral da criança passa pela construção de sua sociabilidade e não apenas na aquisição de conhecimentos específicos. Sendo assim, este espaço deve estar presente nas escolas favorecendo a interação e o relacionamento entre as crianças.
A aluna fez o relato de como foi levar a sacola de leitura para casa, falou que levou os livrinhos, gostou mais do livro da Tartaruga e a Lebre e o do livro de dobraduras, sua mãe leu as revistas, gostou de levar a sacola para casa. Pensei em desenvolver esta atividade com meus alunos pois será um meio em que possibilitará que todos da família possam construir o ato de ler, Braga (2002,p.20) confirma a importancia da escola formar leitores dizendo "Para tornar bons leitores, a escola terá de mobilizá-los internamente, pois aprender a ler exige esforço. É preciso torná-los confiantes para aceitar desafios mais complexos e aprender fazendo."
Contei para eles a história "O grande rabanete Tatiana Belinky", primeiramente fiz uma preparação antes, aquele suspense, mostrei o livro para eles e questionei se já conheciam a história, qual seria o assunto, escutaram atentamente, vidrados em mim, conforme ia contando dramatizava as cenas, chegou perto de terminar eles entenderam a sequencia dos fatos, começaram a narrar juntos comigo, percebi que eles adoram escutar histórias. Os alunos dramatizaram e riram muito, pois entenderam a sequencia da história, um puxa o outro até que o rabanete sai da terra, eles caem no chão. Como descreve (Kaercher, pág.1) "Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento... "
Fomos até a horta para observarmos o crescimento dos rabanetes que eles mesmos plantaram junto com outras turmas que participam do pograma mais educação no contra turno.
A_ Profe. podemos arranca-los da terra?
P_Ainda não ele precisa crescer mais.
Em sala o ajudante fez a distribuição dos personagens da história onde eles pintaram, recortaram e colaram no caderno, ao lado de cada personagem descreviam os fatos. Realizei esta atividade para avaliar a escrita e leitura de cada um, conforme iam terminando eu fazia a intervensões necessárias de escrita, será que foi isso mesmo que aconteceu, será que não esta faltando letrinhas nesta palavra, leia novamente.

Referencias

KAERCHER, Gládis Elise Pereira da Silva, * Capítulo 1 do livro “Literatura Infantil: gostosuras e bobices”, de Fanny Abramovich.

BRAGA, Regina Maria. Construindo o leitor competente. São Paulo- Peirópolis, 2002

MALUF, Ângela Cristina Munhos. Brincar: prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007

______, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa, Brasília: MEC/SEF, 1997.v2.

______, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa, Brasília: MEC/SEF, 1997.v3.


LUCKESI, Cipriano. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?, Revista Pátio, ano3, n° 12, p.11, 2000.

KAERCHER, Gládis Elise Pereira da Silva, * Capítulo 1 do livro “Literatura Infantil: gostosuras e bobices”, de Fanny Abramovich.

BRAGA, Regina Maria. Construindo o leitor competente. São Paulo- Peirópolis, 2002

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Ceres!!
Os teus textos estão muito legais, mas pelo detalhamento, não seria mais interessante registrá-los no pbworks? Que tal reservar o blog para o registro das aprendizagens que construiste a partir das atividades propostas em estágio? Abração!!