domingo, 30 de novembro de 2008

Auto Avaliação sobre o Projeto de Aprendizagens Ceres Hartz


Nosso projeto de pesquisa no começo estava parado, não tínhamos idéia por onde começar, só depois que tivemos a aula presencial que compreendemos melhor a proposta. Pensávamos que éramos para elaborar um projeto para ser trabalhado com os alunos. Nossa o mapa conceitual foi super difícil de trabalhar, também como é difícil organizar os horários dos encontros. Mas foi bom trabalhar com o meu grupo todas se empenharam, contribuíram acredito que crescemos muito, pois aprendemos umas com as outras. O trabalho em grupo torna-se rico pelo fato de todos os integrantes interagirem e trocarem informações. Cada um tem um modo de pensar, e quando juntos colocamos essas formas diferentes de pensar, o trabalho terá um pouquinho de cada integrante, ficando mais detalhado e completo.
O trabalho em grupo, em situações de aprendizagem, não deve ser visto apenas como uma maneira de dividir tarefas, mas sim favorecer as aprendizagens de cada indivíduo a partir do trabalho coletivo
No início estávamos perdidas, não sabíamos por onde começar... Como o assunto era do meu interesse, procurei em vários sites informações sobre o assunto, aprendi bastante, e com o andamento do projeto tive uma melhor compreensão da proposta de trabalho.
Esta nova forma de trabalho amplia os recursos de busca, o aluno precisa aprender a trabalhar em grupo, compartilhar informações, também como organizamos nossa página facilitou nossa comunicação através dos fóruns de debates e registros em nosso diário de bordo.
Como trabalho no laboratório de informática propus um trabalho conjunto com as professoras de quarta, quinta e sexta-série, onde os alunos agruparam-se por assuntos de interesse, eles pesquisaram, criaram um filme, fizeram uma avaliação do grupo, individual e da proposta. Foi bastante produtivo, eles participaram, demonstraram bastante interesse. O que mais me chamou atenção foi que todos da escola inclusive a família foram envolvidos neste projeto. Produzimos um cd com as produções. Foi bastante trabalhoso porém obtivemos bons resultados, quero fazer também com as turmas de Ed.Inf à terceira série em uma escala de pesquisa menor. O aluno e professor juntos constroem informações e conhecimento.
Seu papel seria oportunizar as novas formas de ensinar e aprender, todos os envolvidos neste processo. As informações, o conhecimento e o saber são tecidos através das interações e trocas que os Projetos de Aprendizagem viabilizam, onde as experiências e conhecimentos anteriores de alunos e professore pelos confrontos pedagógicos ocorridos na busca de responder a "dúvidas temporárias" e "certezas provisórias", encontram-se enredados na construção da Aprendizagem, pelos nós da cooperação.
Procurei estar sempre interagindo com minhas colegas, participei dos fóruns.
Tudo que começa é difícil pelo fato de não termos vivenciado. Esse primeiro projeto pelo que percebi nos fóruns foi difícil para todas, pois nunca havíamos feito, porém agora que compreendemos melhor a proposta o próximo projeto terá um novo rumo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

TEMÁTICA: Diretrizes Curriculares



PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

No ano de 2006 foi aprovada a Lei nº 11.274 que instituiu o EF de nove anos de duração, sendo que todas as crianças que obtiverem 6 anos completados ate o inicio do ano letivo deverão ser matriculados.
Para a realidade de nossa comunidade escolar/local esta LEI foi de muita valia, pois tornou esta mais inclusiva, cidadã e com qualidade social para todos, abrindo mais vagas, oportunizando a estas um tempo maior de convívio escolar e também melhores oportunidades de aprendizagem.
Também quero ressaltar algumas considerações sobre o avanço no primeiro ano do EF de nove anos:

O avanço escolar é, portanto, uma estratégia de progresso individual e continuo no crescimento de cada aluno. Alguns apresentam comportamentos desejados, antes que decorra um certo tempo previsto [...].isto acontece porque apresentam ritmo de aprendizagem diferentes, e este progresso não pode ser tolido, amarrado e espaços – tempo estanques.(Parecer CEED/Rs nº 740/1999,p.20-1)

O CME/SL em seu Parecer nº 001/2008 recomenda que a criança permaneça preferencialmente ao longo do 1º trimestre no 1 º ano a fim de possibilitar uma avaliação criteriosa que leve em conta todos os aspectos do processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança, o que implica conhecimento e respeito as suas características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas, bem como a responsabilidade com o acompanhamento do processo ensino-aprendizagem no ano/serie no ano subseqüente.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Conforme o Eixo I estabelecido na I Conferência Municipal de Educação, que trata do acesso e construção de uma educação inclusiva, entendemos que a instituição de ensino tem função indispensável e insubstituível de sociabilizar, inserir, introduzir, interagir, promover, proporcionar e sensibilizar no processo de educação das pessoas, pois é um espaço privilegiado de formação do educando, porém estas articulações não cabem so a escola e sim a um grupo onde envolva as politicas publicas, particularmente com os responsáveis pela distribuiçao de recursos financeiros onde tenham programas de saúde, nutrição, bem estar familiar, trabalho e emprego, transportes, desporto e lazer.
No entanto inserir esses alunos nas escolas, sem que tenhamos antes pensado e discutido uma transformação pedagogica, estaremos distribuindo entre as turmas aprendizes apenas como figurantes , que além de injusto não corresponde ao que de fato seria uma escola inclusiva, então temos aqui na escola todo o cuidado de não oferecer ao aluno somente o espaço fisico, e sim garantirmos sua ativa participaçção em todas as atividades do processo ensino aprendizagem, principalmente na sala de aula.

Referência Bibliográfica
SILVA, Maria Beatriz Gomes da- Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental: Articulações e Interfaces com Educação Especial, Educação Indígena,
Educação Básica no Campo e Educação de Jovens e Adultos.1. OS SISTEMAS DE ENSINO E A ARTICULAÇÃO ENTRE AS DIRETRIZES CURRICULARES

sábado, 22 de novembro de 2008

Vínculo ao Tópico: Quais são os elementos fundamentais à gestão democrática escolar


“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente.”
(Paulo Freire)
Democracia onde consiste em uma forma de organização da vida em sociedade que pressupõe participação e autonomia na educação com poderes reconhecidos na tomada de decisões onde professores, juntamente com os pais e funcionários vem construindo a gestão democrática na escola.
Hoje os processos de descentralização da gestão escolar representa uma das mais importantes tendencias dos recursos educacionais, processos que estão contribuindo para construção de uma escola democrática.
Trarei como exemplo minha escola enfocando o Administrativo, Pedagógico e Financeiro. O
processo de construção do Projeto Político Pedagógico realizou-se durante as reuniões pedagógicas da escola, ocorridas quinzenalmente. Desde o início do ano letivo as discussões a respeito do assunto fizeram parte desses encontros.
As discussões sobre os eixos que subsidiaram este Projeto foram realizadas de forma coletiva, em vários encontros, com a participação da comunidade escolar. A segunda fase de elaboração do Projeto consistiu na revisão do material realizada por uma comissão de professores.
A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica, e visa romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do processo e do produto do trabalho dos educadores. (VIEGA, 1997, p. 18)
Diante da idéia de Viega (1997) podemos entender gestão democrática como um processo político através do qual as pessoas na escola discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Este processo, sustentado no diálogo e na alteridade, tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões. Outro fator importante para a sustentabilidade da escola é que a relação entre as pessoas é uma relação horizontal, ou seja, uma relação entre iguais.
É importante saber que, numa gestão democrática, é preciso lidar com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas precisa-se dialogar com os que pensam diferentes, e juntos, negociar. Para NAVARRO (2004, p.13) “a gestão democrática implica a efetivação de novos processos de organização e gestão baseados numa dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão.”
A consciência e a prática democrática precisam ser exercidas dentro da Escola, a fim de que toda sociedade possa saber colocar em prática sua cidadania de forma consciente, intervindo na realidade em que se vive, e assim transformá-la. A gestão democrática da educação formal está associada ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política educacional.
Para que isto ocorra no ambiente escolar, temos a PRETENSÃO de GRADATIVAMENTE implementar alguns mecanismos de participação, tais como: conselhos de classe participativos, grêmios estudantis e conselhos escolares, o que vai ao encontro do que foi estabelecido no Eixo III da I Conferência Municipal de Educação. Pois, todos estes instauram uma dinâmica que se efetiva como um processo de aprendizado político fundamental para construção de uma cultura de participação e de gestão democrática na escola e, conseqüentemente, para a instituição de uma nova cultura escolar.
A seguir serão apresentadas algumas estruturas que favorecem a gestão democrática nas escolas públicas municipais incluindo Círculo de Pais e Mestres, Conselho Administrativo Pedagógico, Conselho de Classe Participativo, Grêmios Estudantis, Conselhos Escolares, Escola Aberta e EVAM.
O círculo de Pais e Mestres (C.P.M) tem como objetivo contribuir com o processo educacional e a integração família-escola-comunidade. Representa uma tentativa de participação da família e da comunidade nos processos educativos que envolvem as crianças especialmente em sua vida escolar. Como a escola não tem autonomia de movimentar recursos financeiros diretamente, é através do C.P. M que recebe repasses do FNDE/MEC, Convênio com a Prefeitura Municipal e também por meio de contribuições espontâneas, eventos e promoções, projetos e doações de terceiros. O C.P. M para funcionar de maneira legitima, democrática, representativa tem que ter pessoas com o desejo de participar efetivamente, e contribuir para criar e reinventar a educação. A idéia principal da existência do Círculo de Pais e Mestres na escola é de provocar uma mudança radical, com cooperação, participação e decisão nos rumos da educação. Sendo assim não será só o filho, o único educando, mas sim toda a família, a comunidade escolar a se voltarem para a escola realizando uma transformação da sociedade.
Conselho escolar, a escola em todos os níveis e modalidades da educação básica tem como função social formar o cidadão, ou seja, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário, crítico, ético e participativo. Por isso nossa escola que atualmente está baseando-se numa linha democrática participativa, onde todos os cidadãos, como sujeitos históricos conscientes, lutam pelos seus direitos legais, acompanham e controlam socialmente a execução desses direitos.
Para ocorrer essa democratização participativa pensamos na implantação dos Conselhos Escolares, com a intenção de toda a comunidade escolar participar e fazer valer seus direitos e deveres, democraticamente discutidos e definidos. Percebe-se que os Conselhos Escolares possuem papel decisivo na democratização da educação e da escola, pois reúnem diretores, professores, funcionários, estudantes, pais e outros representantes da comunidade para discutir, definir e acompanhar o desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola, que deve ser debatido e analisado dentro do contexto.
Conselho Admistrativo e Pedagógico CAP é um conselho que apóia a direção, supervisão, professores, alunos e funcionários da escola. Ajuda nas decisões administrativas e pedagógicas, podendo atuar paralelamente com a direção. É um órgão consultivo e dependendo do problema pode interferir.
Grêmio Estudantil: Diante da proposta pedagógica da escola que valoriza o aluno como um todo, o grêmio estudantil estimula a colaboração, a autonomia e a solidariedade dentro desta e na comunidade, já que todos estão participando da criação de uma cidadania ativa, consciente e responsável. Neste ano ocorreu a primeira eleição do Gremio Estudantil em nossa escola, onde os alunos participaram de palestras, reuniões agendadas por eles, bem como com a (ULE). No próximo ano terá outra eleição os alunos já estão montando as chapas, eles parecem bem mais participativos e autônomos.
Conselho de Classe Participativo a necessidade de se ter um conselho de classe participativo reforça-se quando se percebe que ainda existem escolas que os pais têm pouca oportunidade de encontrar os professores para participar, opinar, sugerir e ajudar nas decisões e estar por dentro da vida escolar de seu filho. E principalmente, acabar com o mito de que o conselho de classe era uma reunião de portas fechadas para falar dos alunos.
Com esta intenção nossa escola está gradativamente abrindo o conselho de classe para todos os educandos e pais, para poder buscar assim, uma maior participação da comunidade escolar e uma melhor produtividade destas reuniões. Pois o objetivo do conselho é promover a participação dos pais na escola, abrir espaço para que o diálogo entre escola e família aconteça.
É muito importante para a escola a presença dos pais no conselho, pois permite um melhor acompanhamento do filho, o conhecimento do trabalho dos professores, da situação do aluno e principalmente, porque é uma forma de integrá-los em outras atividades. Os pais quando trazidos para a escola ficam tímidos, porém quando tem uma boa receptividade por parte dos docentes conseguem falar de forma espontânea.
Estamos construindo uma escola democrática, sabemos que estamos dando nossos primeiros passos rumo a uma nova escola onde a tomada de decisão é descentralizada e participativa.

domingo, 16 de novembro de 2008

Semana : 13 e 14- Enfoque temático: Educação: políticas públicas e desigualdade no Brasil


“No Brasil, mais que em outros países do Sul, a escola constitui um produto social desigualmente distribuído. Seu acesso é modulado não apenas por múltiplos padrões distintivos (categoria socioeconômica, sexo, etnicidade, local de residência…), como também pelo tipo de rede escolar freqüentado (pública, particular). Este artigo analisa a constituição histórica e progressiva de uma escolarização em várias velocidades. O discurso político republicano, que insiste sobre a função homogeneizadora e igualitária da escola que socializa em comum e fabrica cidadãos iguais, foi se esvaziando progressivamente de sua substância. A heterogeneidade provocada pela atual fragmentação do sistema escolar brasileiro em várias redes reproduz, acentuando-as, as desigualdades sociais e compromete de modo durável o desenvolvimento econômico e social desse país”. (Akkari, 2001)
Hoje as escolas privadas oferecem desde a Educação Infantil, um currículo com atividades e disciplinas que não temos em nossas escolas como por exemplo língua estrangeira. Nas escolas estaduais e municipais os alunos só aprenderão na quinta-série, ficando em desvantagem. Sabemos também que existe uma cobrança maior no que se refere a qualidade no ensino, os professores não qualificados são demitidos, eles procuram estar sempre em cursos de formação continuada, possuem graduação ( concluída ou em curso), fazem Pós graduação e Mestrado, estão sempre em constante formação. E o que vemos em nossas escolas ( estaduais principalmente), professores estaguinados, muitos só com o curso do magistério, como são concursados não correm o risco de perderem seus empregos. O baixo salário é um dos fatores que faz com que os professores fiquem desestimulados a continuarem na profissão.
“Liberados da função reguladora do Estado, os consumidores da educação correm o risco de descobrir tardiamente que a mão invisível do mercado não pode ser culpada pelos defeitos e fracassos da privatização, simplesmente, porque ela não pode ser localizada. Os espaços públicos democráticos que a podem denunciar não existem e não podem ser acionados por falta de mobilização popular suficiente. Quando as noções de qualidade (de falta de qualidade, no caso da escola pública!), e até de qualidade total substituem os conceitos de desigualdade estrutural e de injustiça social no debate, a reprodução das desigualdades sociais por um sistema educativo de várias redes encontra-se amplamente facilitada e praticamente legitimada. A falta de qualidade do ensino público é apresentada de maneira recorrente para explicar as dificuldades da rede pública brasileira. Ora, a falta de qualidade de uma organização é freqüentemente explicada pela falta de qualidade de seus atores: alunos, docentes, administradores e pais. As falhas são assim atribuídas às inaptidões individuais. As determinantes sociais e culturais são completamente evacuadas.”( Akkari, pág 174-2001)
Nas nas escolas estaduais, há falta e troca de professores em todas as disciplinas, paralisações dos professores, os alunos ficam de desvantagens na aprendizagem escolar como pode ele concorrer com um aluno de escola particular?
“Os Estados, as regiões e os indivíduos favorecidos devem participar de uma maneira ou de outra da educação dos mais pobres. Essa solidariedade é uma condição necessária para começar a se falar em cidadania. Mais do que nunca, o Estado deve estar presente na organização do sistema de educação. Não se trata de implementar mais dirigismo burocrático, mas de balizar uma verdadeira solidariedade cidadã”. (Akkari, pág 186-2001)
No município em que trabalho é oferecido um auxílio universidade e cursos de formação, para que os profissionais estejam em constante atualização. Em minha escola a coordenadora pedagógica auxilia o professor a criar estratégias para trabalhar com alunos com dificuldades na aprendizagem, planejamento. Oferecemos no contra-turno aulas de estudos de recuperação, temos um laboratório de informática, biblioteca, projeto de artes. Hoje em nossa escola há um índice baixo de reprovação e evasão escolar.
É urgente uma reformulação das políticas educacionais, é preciso mais investimento em educação, sair do papel e ser colocado em prática. Sabemos que os profissionais em educação encontram-se anos nessa caminhada em busca de uma melhor qualidade de trabalho, de um salário digno, mais cursos de formação continuada ( o estado oferece poucos cursos gratuitos).
“Contudo, não é pertinente deixar a mão invisível do mercado substituir- se aos poderes públicos. O Estado deve, portanto, ser o verdadeiro regulador e garante do conjunto do sistema educativo. Assim, é vão empreender uma reforma da rede pública sem fixar novas regras do jogo para o privado ou sem uma reflexão sobre a educação informal e a formação profissional”. (Akkari pág 186-2001)
Referência Bibliográfica:
AKKARI, A. J. Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, privatização e descentralização. In Educação e Sociedade, ano XXII, n.74, abril 2001. p. 163 – 189.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reflexão Individual sobre o trabalho com Projetos

Nosso projeto de pesquisa no começo estava parado, não tínhamos idéia por onde começar, só depois que tivemos a aula presencial que compreendemos melhor a proposta. Pensávamos que éramos para elaborar um projeto para ser trabalhado com os alunos. Nossa o mapa conceitual foi super difícil de trabalhar, também como é difícil organizar os horários dos encontros. Mas foi bom trabalhar com o meu grupo todas se empenharam, contribuíram acredito que crescemos muito, pois aprendemos umas com as outras. O trabalho em grupo torna-se rico pelo fato de todos os integrantes interagirem e trocarem informações. Cada um tem um modo de pensar, e quando juntos colocamos essas formas diferentes de pensar, o trabalho terá um pouquinho de cada integrante, ficando mais detalhado e completo. Tudo que começa é difícil pelo fato de não termos vivenciado. Esse primeiro projeto pelo que percebi nos fóruns foi difícil para todas, pois nunca havíamos feito, porém agora que compreendemos melhor a proposta o próximo projeto terá um novo rumo. O trabalho em grupo, em situações de aprendizagem, não deve ser visto apenas como uma maneira de dividir tarefas, mas sim favorecer as aprendizagens de cada indivíduo a partir do trabalho coletivo.

domingo, 2 de novembro de 2008

Projeto de psicologia/ Tema: Adulto Jovem: Intimidade x Isolamento


Grupo: Ceres, Patrícia Ferreira e Thais
Síntese Conclusiva do Grupo:
Segundo Erickson, desenvolver relacionamentos íntimos é uma tarefa crucial para um adulto jovem, onde, tradicionalmente é neste período que as pessoas formam relacionamentos que podem se estender pela maior parte de suas vidas, baseados em amizade, amor, sexualidade e intimidade. Nesta fase é comum uma necessidade de se pertencer, firmar um relacionamento estável, íntimo e amoroso, motivando o comportamento humano, a qual afeta a mente, o corpo e o estado de espírito.
Mas nem sempre nesta fase da vida podemos encontrar esta estabilidade nos relacionamentos afetivos, o que acabam desencadeando conflitos, instabilidade emocional e comportamental no adulto jovem de hoje. Os fatores que levam a isso são os mais diversos.
Com o passar dos anos nossa cultura, sociedade, economia e valores modificaram-se muito. O jovem, que antigamente era considerado adulto no momento que necessitava relacionar-se, assumindo compromisso, adquirindo uma postura de chefe de família, para então ser independente e responsável pelos próprios atos, hoje se vê mais a necessidade material, cultural e a comodidade emocional, como um escape para o amadurecimento. A própria sociedade e mudanças de valores, perpetuaram essa modificação, o jovem de antes que para ter intimidade sexual, necessitava de instituir uma família, hoje, já não precisa mais disto para fazê-lo. A cultura, a cobrança social diminuiu de tamanha forma, que o jovem não necessita mais se se apegar emocionalmente para ter relação sexual. Essa facilidade evoluiu tanto, que acarretou outros problemas graves para essa fase e também na fase da adolescência, já que aumentaram os casos de gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis, mudanças de comportamento, instabilidade e irresponsabilidade financeira, emocional e falta de vontade de estabelecer-se como independente. É comum hoje, vermos pais morando com filhos de trinta anos, que ainda inseguros, não conseguem assumir suas próprias vidas, ou jovens de 20 anos que já tem um ou mais filhos e que ainda moram com seus pais por não conseguirem criarem estes, por falta de independência financeira, ou emocional. Ou seja, o jovem de hoje diminuiu e muito sua necessidade de independência, talvez, pela própria falta de cobrança da sociedade e por falta de amadurecimento.
O que também acarretou muito esta mudança desenfreada de personalidade do adulto jovem foi a mídia. Ela impõe padrões, desperta desejo e busca desde a adolescência uma “cultuação” com o corpo, consumismo e preconceitos baseados em moldes sociais, que refletem muito na personalidade de nossos jovens. Adolescentes que a cada dia amadurecem mais cedo serão, aqueles adultos jovens, que não concluirão por inteiro suas etapas em sua fase. Jovens bulêmicas, que apenas pensam em satisfazer uma aquisição de um padrão estético perfeito, jovens que começam a trabalhar desde cedo, sem preocupação de adquirir uma posição na sociedade, mas apenas ter condições de financiar uma estética, padrão de beleza e de moda. Ou aquelas que tiveram que exercem a função de mães e chefes de família, devido a falta de responsabilidade ou de amadurecimento emocional, exemplificam bem esta mudança.
Outro fator que tem mostrado muitos aspectos que desencadearam mudanças bruscas na personalidade dos adultos jovens é o uso de drogas, álcool e direção perigosa. O desejo de mostrar uma posição de força e capacidade incondicional, que levam apenas a uma triste realidade, muitas vezes sem volta. O fato é que sem rumo em sua vida, sem conseguir suprir seus desejos íntimos de estabilidade emocional, afetivo e sexual, o jovem transfere impulsos para outros mecanismos, como uma forma de defesa e de estornar estes desejos reprimidos.
Não é que o jovem de hoje, não possua mais aquela personalidade de necessitar de intimidade e estabilidade emocional, mas sim a sociedade colocou obstáculos para que ele consiga suprir suas necessidades. As cobranças são variáveis, desde da parte econômica, onde o jovem precisa trabalhar para ajudar os pais e não consegue adquirir sua própria independência, devido a falta de condições e estabilidades sociais em que vivemos, ou trabalha desde cedo, mas apenas consegue manter o padrão imposto pela sociedade capitalista e consumista a qual estamos submetidos, não conseguindo estabilizar-se entre a independência e a responsabilidade econômica, precisando ainda do apoio da família para ampará-lo materialmente.
A visão sobre relação afetiva também sofreu mudanças de classificação na sociedade. A desvalorização do casamento, da família, a liberdade sexual, fez com que o jovem perdesse a motivação e o desejo em valorizar seus sentimentos, deixando-os de lado e tornando-se mais superficial. Para suprir, ele colocou em seu lugar os padrões impostos pela sociedade, aonde vão desde a valorização profissional, material, social, sexual, até mesmo o desprendimento entre a razão e a ousadia, que o levam a atos muito mais perigosos para sua saúde e vida.
O fato é que o jovem de hoje, é um reflexo da nossa sociedade. Ele está reprimindo seus desejos, para atender os padrões sociais. Os adolescentes estão amadurecendo mais cedo, mas nossos adultos estão amadurecendo mais tarde, como uma forma de resgate das fases que foram deixadas de lado na adolescência. O jovem tem deixado de lado o desejo de intimidade e de estabilidade de relação emocional, não por não querer, mas pelo não conseguir, devido às cobranças impostas pela sociedade. O reflexo disso tem desencadeado muitos transtornos em sua personalidade, em sua conduta, criando uma postura diferenciada do que de fato ele deveria possuir conforme a fase em que está estabelecido.
Acredita-se que para que o jovem consiga deixar o isolamento em que vem estado devido à falta de estabilidade emocional, seria isto possível através uma revisão da sociedade da valorização de princípios éticos e morais. Uma valorização da figura humana, onde se estabeleça a necessidade física em primeiro lugar, deixando as estética e cultura em segundo plano. Uma aproximação do que de fato é necessário para que o ser humano seja feliz emocionalmente, este conseguindo expor desejos, não os deixando reprimidos por medo de preconceito ou desrespeito social.

Trabalho em grupo

No início estávamos perdidas, não sabíamos por onde começar... Demorou para o grupo engrenar. Depois que tivemos a primeira aula presencial, o trabalho foi criando forma, tiramos as dúvidas, o grupo começou a participar ativamente no projeto, trocamos e-mail, falamos no Msn, nos encontramos no Polo. O trabalho foi concluido. É bastante difícil a comunicação quando o grupo é formado por vários integrantes, porém fica com mais dados e informações pois são várias pesquisando o mesmo assunto.

Projeto de Aprendizagem


Questões Iniciais:
Que atitudes pode ter o homem para amenizar o efeito estufa?
Quais as conseqüências do efeito estufa no nosso planeta?
Quais as principais conseqüências do aquecimento global?
Gostaria de saber, aprender mais sobre o meio ambiente: quais são os efeitos do aquecimento global? o que podemos fazer para minimizar esses efeitos?
Questão de Investigação:
O que é o efeito estufa e o que se pode fazer para amenizá-lo?
CERTEZAS PROVISÓRIAS:
1)Com o aumento da população, aumentará a produção de carros, aumentando os gases poluentes.
2)O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre.
3)Está modificando o ciclo da natureza ( calor de 30 graus em pleno inverno, desastres ambientais, etc.)
4)Estão aumentando as doenças respiratórias.
5)O efeito estufa natural é necessário para termos vida na terra.
DÚVIDAS TEMPORÁRIAS:
1)Que outras doenças, além de doenças respiratórias, traz para a saúde a emissão destes gases que aumentam o efeito estufa?
2)É possível amenizar e reverter o efeito estufa?
3)O efeito estufa é tão grave quanto a mídia nos informa?
4)Quais os danos para o homem, se continuar o aumento gradual da temperatura global?
5)Quais os efeitos deste aquecimento para as geleiras?
6)Quais as conseqüências do efeito estufa, para a fauna e a flora?
7) Que gases aumentam o efeito estufa?
8)Quais são os poluentes atmosféricos?
9) O nosso país está fazendo alguma coisa para amenizar o efeito estufa?
Concluindo o Trabalho sobre Efeito Estufa:
Ao contrário do que se pensa, o efeito estufa acontece para preservar o planeta. É a forma que a Terra tem de manter sua temperatura constante. Desta forma é possível a vida na terra. O problema é que, ao lançar muitos gases do efeito estufa(GEEs) na atmosfera, o planeta se torna quente cada vez mais, podendo levar à extinção da vida na Terra. Cerca de 35% da radiação que recebemos é refletida para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Efeito estufa é retenção de calor no planeta devido à concentração de gases como o dióxido de carbono, metano, óxidos de azoto e ozônio. O que causa danos ao meio ambiente é quando há intensificação desses gases, causada por ações da natureza e agravadas pelo homem. Boa parte dos gases que impedem a dispersão dos raios solares vem da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e derivados) ou de florestas ( ao desmatar, muitas pessoas queimam a madeira que não tem valor comercial. O gás carbônico (CO2) contido na fumaça sobe para a atmosfera e se acumula a outros gases aumentando o efeito estufa. No Brasil, 75% das emissões são provenientes do desmatamento). Contudo, a própria natureza libera esses agentes, como o metano (CH4), que é proveniente da decomposição animal ou vegetal.
Nos últimos 150 anos, o ser humano descobriu como trabalhar com a ajuda das máquinas, como o automóvel e as caldeiras nas indústrias. Para fazer as máquinas funcionarem, começou a extrair carvão e petróleo para transformá-los em combustíveis. Acontece que a queima dos combustíveis provoca a emissão de gases poluentes em excesso. Nos últimos anos, a concentração de gás carbônico na atmosfera vem aumentando rapidamente. Quando um automóvel queima gasolina, um dos principais gases que saem do escapamento é o gás carbônico, que aumenta o efeito estufa natural do nosso planeta. Das chaminés das fábricas também são emitido gás carbônico, derivado da queima de combustíveis fósseis como o carvão, gás natural e petróleo.
Os setores industriais com uso mais intensivo de energia são os de produção de aço e ferro, a indústria química e de fertilizantes, produção de alumínio, fundição de metais, refinamento de petróleo, minerais, celulose e papel, os quais respondem por, aproximadamente, 85% do total das emissões de gás carbônico no mundo. Muitas indústrias já fazem uso de tcnologias modernas para a redução de emissões de poluentes, entre eles, os gases de efeito estufa. entretanto, ainda existem indústrias antigas que necessitam aprimorar seu processo de eficiência energética.
Outro gás de efeito estufa é o metano, emitido por vacas e bois em seu processo digestivo. Como o planeta é responsável por um grande consumo de alimentos derivados destes animais, a emissão destes gases fica quase que inevitável. O metano também está presente nos pântanos e áreas alagadas, por isso o cultivo do arroz também é responsável por uma grande quantidade de liberação deste gás. Na agricultura percebe-se uma grande quantidade de liberação de gases de efeito estufa, principalmente quando adiciona-se fertilizantes para aumentar a produção. Nestes fertilizantes encontramos grande quantidade de nitrogênio, que acabam liberando gases nitrosos, que é outro gás de efeito estufa. As queimadas são outra fonte responsável de liberação de gás de efeito estufa, por isso o Brasil deve se esforçar ao máximo pela preservação da Floresta Amazônica, ou pelo que ainda restou dela, com isso além de preservarmos uma grande fonte de riquezas naturais, também vamos estar diminuindo a quantidade de gases em nossa atmosfera. DE 2004 a 2006, observou-se uma queda acentuada da taxa de desmatamento na Amazônia, de mais de 50% correspondendo a uma redução de quase meio milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2), gás que é o principal responsável pelo aquecimento global do planeta. Segundo informações do MMA, a redução do desmatamento evitou, nesse período, a emissão de cerca de 430 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. A diminuição do desmatamento na Amazônia Legal permitiu que o Brasil ficasse em oitavo lugar na lista dos países que mais lutam contra as mudanças climáticas, entre as 56 nações mais poluentes do planeta.
O fato é que a principal causa do aumento do efeito estufa é o alto consumo de produtos industrializados, o uso inadequado de máquinas, veículos e outros mecanismo que funcionam a base de combustíveis fósseis e a depredação de nossa natureza. É importante que a humanidade reduza a emissão destes gases de efeito estufa rapidamente, para que possamos utilizar os recursos naturais de nosso planeta de uma forma sustentável, ou seja, gerando benefícios para nossas vidas e não visando apenas o capitalismo, como é o que vem ocorrendo. Para isso é necessário que utilizemos mais energia proveniente da radiação solar e aeólica, que não produzem tantos gases nocivos. Os biocombustíveis também são uma forma de diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Mas a produção de tudo que consumimos é proveniente de energia. Esse consumo em geral é necessário que seja diminuido de um modo significativo, para que assim tenhamos uma diminuição considerável. O setor energético é responsável por 23% de emissões de CO2 no Brasil. O fato é que devemos nos conscientizar que é necessário para a vida de nosso planeta a diminuição do consumo excessivo e desnecessário.
Cuidar da saúde de nosso planeta é preservar o meio ambiente de um modo sadio e utilizar energia e recursos naturais de uma maneira inteligente e consciente. Cada um de nós pode fazer parte disso com ações simples, como não disperdiçar água, alimentos, produtos gerais de consumo, utilizar de mecanismos voltados a reciclagem,diminuir o desmatamento, incentivar o uso de energias renováveis, melhorar o transporte público, assim é possível iniciarmos uma diminuição considerável. Alguns países preocupados com esse aumento no efeito estufa, reuniram-se formando um acordo, denominado "Protocolo de Kyoto" visando a redução dos cinco gases responsáveis pelo aumento do efeito estufa, além do gás carbônico, que são: metano, óxido nitroso e três gases a base de flúor. A redução firmada neste acordo, seria de 5%, que consistiria na alteração de sistema de transportes,(em todo o mundo o número de veículos automotores individuais cresce a proporções significativas enquanto que os investimentos em transportes públicos de qualidade não acompanham tal tendência. Nesse sentido, a perspectiva de majoração de emissões pelo setor de transporte que utiliza, basicamente , combustíveis fósseis e que já ocupa a segunda posição em termos de emissões globais de gases de Efeito Estufa é preocupante), de uso de energia desnecessária e o consumo abusivo de produtos industrializado e de recursos naturais. O ruim é saber é que nem todos paises estão colaborando com esse acordo, colocando em prática estas ações.
O tempo está passando e a situação está cada vez mais se agravando. Dados têm mostrado que a diminuição proposta pelo acordo internacional, já não é mais suficiente para garantir a segurança do nosso planeta. Isso porque os oceanos já não têm mais conseguido absorver o gás carbônico presente em nossa atmosfera e o solo ainda tem liberado mais e mais. Com isso a previsão para nosso futuro é de possíveis impactos ambientais e climáticos, como o aumento da temperatura média em nosso planeta em cerca de três à sete graus centígrados. Aumento das chuvas, o descongelamento das geleiras, sem contar nas mudanças em fenômenos naturais. Se observarmos ao nosso redor já vamos identificar essas mudanças climáticas, desde a mudança das características das estações do ano, até desastres ambientais que vêm ocorrendo ao nosso redor, como são os casos dos alagamentos, tempestades de neve e estiagens longas. Uma das piores conseqüências previstas no longo prazo é a expansão de doenças tropicais - como malária, dengue, febre amarela, cólera, salmoneloses, leishmaniose, leptospirose e infecção por hantavírus - para regiões temperadas, sem contar as doenças respiratórias.
Na saúde os efeitos das mudanças climáticas se farão sentir por três mecanismos distintos que , de alguma forma, implicarão em mudanças nas condições ambientais, afetando as condições sociais, entre elas o sistema de saúde. Os impactos na saúde poderão ocorrer por meio de exposições diretas (desastres e catástrofes naturais); exposições indiretas (alterações na produção de alimentos e na dinâmica de vetores) e rupturas sócio-econômicas.
As conseqüências das mudanças ocorridas no clima poderão alterar o estado de saúde de milhões de pessoas, afetando de forma negativa, principalmente, aquelas com baixa capacidade de adaptação e resposta aos impactos.
No Brasil, podem ser identificados os seguintes efeitos: aumento da desnutrição, com implicações no crescimento e desenvolvimento infantil; aumento de mortes, doenças e ferimentos por causa das ondas de calor, inundações, tempestades, incêndios e secas; aumento das conseqüências negativas da diarréia; aumento da freqüência das doenças cardio-respiratórias em decorrência do aumento da concentração de ozônio na baixa atmosfera; alteração da distribuição espacial de vetores de doenças infecciosas, com aumento da incidência de malária e dengue; aumento da região afetada pela seca bem como a sua intensidade, prejudicando ainda mais a disponibilidade hídrica; aumento do risco de fome, já que a produção de alimentos poderá ser significativamente prejudicada.
O sistema climático e os recursos hídricos estão complexamente interconectados, de modo que, a alteração em um dos sistemas implica modificação no outro. Estudos realizados demonstram que a demanda por água tende a aumentar enquanto a disponibilidade hídrica, principalmente nas regiões de baixas latitudes, tende a diminuir.
Mostram ainda, que, com vazões mais baixas e temperaturas da água mais elevadas, os efeitos da poluição, nos corpos hídricos, serão intensificados, reduzindo ainda mais a disponibilidade hídrica.
Com a alteração da temperatura atmosférica e oceânica, está prevista a potencialização dos eventos hidrológicos críticos, como chuvas mais intensas em determinadas regiões e secas mais prolongadas em áreas já castigadas pela escassez hídrica. As populações mais atingidas pelas variações climáticas, serão as de menor renda e nível educacional. Segundo o IPPC, um aumento de 3,5%C na temperatura pode levar a uma perda de 30% de áreas úmidas co9steiras, como pântanos, além de afetar milhões de pessoas por enchente e inundações. A implantação de medidas às mudanças climáticas nas áreas urbanas é essencial para garantir a qualidade de vida, para as presente e próximas gerações, tendo em vista a crescente aglomeração urbana. As variações climáticas devem ser consideradas no planejamento urbano, permitindo prever e evitar a convergência de zonas habitadas com áreas que apresentem riscos como o de deslizamentos.
As mudanças climáticas, principalmente pelos aumentos de temperatura, já estão afetando e podem causar impactos bastante intensos nos ecossistemas naturais, causando a destruição ou a degradação do habitat e a perda permanente da produtividade, ameaçando tanto a biodiversidade como o bem estar humano. Em relação aos ecossistemas naturais, os dados do 4º relatório de avaliação do IPCC projetam que até meados do século, os aumentos de temperatura e as correspondentes reduções da água no solo, devem fazer com que porções da floresta tropical na Amazônia se tornem área de cerrado, um processo conhecido como “savanização”, no leste da Amazônia. Além da Amazônia, outros ecossistemas como o Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga poderiam ser comprometidos devido ao aumento das temperaturas e mudanças nos regimes de chuvas, tanto em volume como em distribuição. No caso da Caatinga, por exemplo, num cenário pessimista, o clima poderia mudar de semi-árido para árido e a Caatinga seria substituída por um tipo de semi deserto com vegetação do tipo cactácea. A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, e abriga uma flora e fauna únicas, com muitas espécies endêmicas. Há um risco de perda significativa de biodiversidade por causa da extinção de espécies. Contudo nosso grupo chegou a conclusão que esse problema é serio, estamos vivenciando uma crise ambiental nunca vista na história e terá conseqüências desastrosas para o nosso futuro, a única saída é conscientização urgente por parte não apenas das autoridades, mas da população mundial em geral, uma alteração profunda nos modos de produção e consumo, mudando os padrões sobre os quais se estruturam as relações econômicas, sociais, ambientais, culturais, éticas e outras para que possamos construir e vivenciar sociedades sustentáveis. O futuro do planeta corre um grande risco!
A industrialização acelerada e a emissão de poluentes no ar são os grandes vilões da liberação de gases como o dióxido de carbono (CO2), o óxido nitroso (N2O) e compostos de clorofluorcarbono (CFC), e o conseqüente aumento de suas concentrações na atmosfera. Apesar disso, o desmatamento de florestas também compromete a dissipação de calor, pois as árvores absorvem dióxido de carbono.
O derretimento das camadas polares é uma das conseqüências mais preocupantes do fenômeno, já que o agravamento do problema pode elevar o nível do mar e fazer desaparecer as ilhas e terrenos de baixa altitude. Outros prejuízos são as alterações climáticas, que provocam tempestades ou estiagens. Cientistas afirmam que, em alguns séculos, o efeito estufa pode mudar a vida no planeta.
De acordo com um levantamento realizado pela Noaa (Administração Nacional dos Oceanos e da Atmosfera, na sigla em inglês), órgão do governo americano, a emissão de gases de efeito estufa aumentou cerca de 1,25% no mundo entre 2004 e 2005.
O problema do aumento dos gases estufa e sua influência no aquecimento global, tem colocado em confronto forças sociais que não permitem que se trate deste assunto do ponto de vista estritamente científico. Alinham-se, de um lado, os defensores das causas antropogênicas como principais responsáveis pelo aquecimento acelerado do planeta.
A primeira conseqüência do desmatamento é a destruição da biodiversidade, como resultado da diminuição ou, muitas vezes, da extinção de espécies vegetais eanimais. As florestas tropicais tem uma enorme biodiversidade e um incalculável valor para as futuras gerações. Muitas espécies que podem ser a chave para a cura de doenças, usadas na alimentação ou como novas matérias-primas, são totalmente desconhecidas do homem urbano-industrial e correm o risco de serem destruídas antes mesmo de conhecidas e estudadas. Esse patrimônio genético é bastante conhecido pelas várias nações indígenas que habitam as florestas tropicais, notadamente a Amazônia. Mas essas comunidades nativas também estão sofrendo um processo de genocídio e etnocídio que tem levado à perda de seu patrimônio cultural, dificultando, portanto, o acesso aos seus conhecimentos.

Semana : 11 e 12 /Enfoque temático: Trabalho docente

Enfoque temático: Trabalho docente
Entrei para o curso de Pedagogia pois esta profissão sempre me fascinou. O poder que o professor exerce em sua turma, o fascínio, o carinho, a admiração que os alunos demonstram por seu mestre. Estou trabalhando com educação aproximadamente dez anos, a cada ano me deparo com novos desafios, cabeças diferentes, objetivos e metas a serem traçados.
“ Na medida em que um dos objetivos do professor é criar condições que possibilitem a aprendizagem de conhecimentos pelos alunos, num contexto de interação com eles, a gestão da matéria torna-se um verdadeiro desafio pedagógico.” (G.H. Mead 1982).
"O problema principal do trabalho docente consiste em interagir com alunos que são todos diferentes uns dos outros e, ao mesmo tempo, em atingir objetivos próprios a uma organização de massa baseada em padrões gerais". (p. 24).
Concordo, é um desafio planejar e traçar objetivos para uma mesma turma em etapas e desenvolvimento cognitivo diferente, como fazer com que todos aprendam de forma significativa? Como envolve-los pelo o assunto trabalhado? O professor precisa motivar a turma antes de abordar o assunto, pois a motivação desperta a curiosidade o interesse sobre o tema, procurar despertar neles a curiosidade em aprender. Quando o assunto for abordado eles olharão com outros olhos. Precisamos dominar bem a matéria a ser trabalhada, adapta-la conforme a realidade dos alunos para que eles possam ter uma boa compreensão.
A realidade da comunidade onde trabalho é bastante triste e difícil, muitos de meus alunos não realizam refeições básicas diárias, sentem frio, é carente em afeto e atenção, seus pais trabalham muito para ganhar pouco, possuem em média cinco filhos e suas moradias são precárias. Como fazer com que meus alunos queiram vir para a escola e queiram aprender, se lhes faltam o essencial para viver? Procuro motivar meus alunos, fazer com que eles sentem-se acolhidos, queridos, dou liberdade porém cobro limites, trabalhamos com regras e responsabilidades. Muitos pais não procuram saber com o filho esta indo, seus progressos e dificuldades a superar, geralmente são os alunos com baixo rendimento escolar. Procuro fazer o meu melhor, dar boas aulas, dar um atendimento individualizado para que ele possa superar suas dificuldades.
“ O problema principal do trabalho docente consiste em interagir com alunos que são todos diferentes uns dos outros e, ao mesmo tempo, em atingir objetivos próprios a uma organização de massa baseada em padrões gerais. Embora trabalhe em grupos, o professor deve agir sobre os indivíduos”( Messeing et alli, 1995).
Um profissional do ensino, guiado por uma ética do trabalho é confrontado diariamente com problemas para os quais não existem receitas prontas. Trabalhamos com vidas, o que diferencia das outras profissões, aumentando ainda mais nossa responsabilidade em educar com seriedade, preparando este para atuar em uma sociedade competitiva, onde possa exercer seu direito como cidadão atuante e crítico.