terça-feira, 27 de maio de 2008

Relatório de aprendizagens

Relatório do curso Oficina de produção criativa Cepic 06/05/2008

1º Utilizamos um programa chamado Facetoon, ele tem 3 tipos de frutas diferentes e gifs de partes do rosto, onde criamos nosso personagem. (Este programa é bem curto, consegui gravar-lo, para instalar nos micros da escola;
(chang frut:- clicando muda a fruta, clean up: limpa e quit : sai;
salvamos as produções e abrimos no Power point;
2º Criamos plano de fundo, e escrevemos uma apresentação;
3º Abrimos em outro programa, agora no paint; escolhemos um rosto, em imagens e desenhamos o resto do corpo.



Aula do dia 12/05/2008

Curso de Produção Criativa ( Produção coletiva)

# Escolher uma imagem nos arquivos;
# Copiar e levar para o Paint;
# Completar a imagem e salvar;
# No Word, ir em inserir imagem, depois dar um título e escrever um parágrafo;
# Trocar de lugar com as colegas,continuar a história dando um final.

Dia 20/05/2007 Curso Cepic Produção Criativa

www.smilinguido.com.br

Passos:

No site Smilinguido escolher o link jogos, clicar em jogo da floresta, montar o cenário, clicar em print screen.
Abrir o paint, no menu editor clicar em colar. Para salvar selecionar o cenário, no menu editor clicar em copiar para, selecionar a pasta de destino e salvar. Ir para o power point e criar vários cenários deslocando os personagens, após criar uma história, e gravar a narração da história.

Geoplano

O geoplano é um material criado pelo matemático inglês Calleb Gattegno. Constitui-se por uma placa de madeira, marcada com uma malha quadriculada ou pontilhada. Em cada vértice dos quadrados formados fixa-se um prego, onde se prenderão os elásticos, usados para "desenhar" sobre o geoplano. Podem-se criar geoplanos de vários tamanhos, de acordo com o n.º de pinos de seu lado, por exemplo, 5x5, ou seja, cada lado do geoplano tem 5 pinos (pregos).
Parecidas com o geoplano, as malhas quadriculadas ou pontilhadas são outro recurso de trabalho, e, assim como o geoplano, sua função é ajudar o aluno na observação das formas geométricas e nos desenhos que ela fará a partir das propriedades da figura que observou e montou no geoplano.

Este material pode ser feito por marceneiros, ou em casa, com uma base plana e lisa. É necessário ter cuidado com as marcações dos quadrados para que fiquem com as mesmas medidas. Os elásticos são semelhantes àqueles usados para prender dinheiro.
Tendo o material em mãos, o aluno pode explorá-lo para verificar que uso pode ser feito do geoplano.
Atividade Proposta
QUE FIGURA É ESSA?
Objetivos:
Desenvolver a percepção visual de formas geométricas planas;
Comparar, ampliar e reduzir formas e figuras;
Fazer uso de nomenclatura adequada às formas;
Trabalhar com perímetro, lados e vértices.
Usar régua para desenhar.
Material:
Geoplano
Elásticos
Material para registro escrito.
Metodologia:
A atividade pode ser realizada em grupo, em duplas, ou individualmente.
O professor mostra uma forma já conhecida, pelo menos visualmente, ou seja, que eles conheçam e possam reproduzir, mesmo sem saber nomeá-las (quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo, hexágono, etc.)
No geoplano, usando 1 elástico, deverão reproduzi-la.
O professor pode sugerir que a figura deve ser montada utilizando um n.º de pregos. (se a figura mostrada estiver desenhada na malha pontilhada, facilitará a visualização da quantidade de pregos.)
Com a figura montada, o professor questiona o nome da figura; quantos lados ela tem; quantos pregos ela está tocando (possibilitando um 1º contato com a noção de perímetro).
A seguir, pergunta o que é preciso fazer para que essa figura fique maior.
Deixando-os explorar o geoplano, eles irão deslocar os elásticos para ampliá-la. Depois, pode pedir que a diminuam.
Daí, podem surgir questionamentos sobre quantos pregos foram usados na figura maior, e na menor, o que houve com as figuras – se ficaram iguais ou mudaram a forma.
Todas as questões podem ser registradas, e num segundo momento, as figuras formadas, desenhadas em quadriculados.
Dessa atividade, podem surgir outras, como dar o número de pregos e deixá-los criar a forma que quiser, compará-las, reproduzi-las na malha, e continuar com outras propostas: criar duas figuras com o mesmo número de pregos, ou que tenham dentro delas o mesmo número de quadradinhos marcados (noções de área).

Sequência de figuras geométricas

O que o que é uma sequência de figuras geométricas?
A percepção da organização do conjunto das formas de uma figura leva à realização de
muitas reconfigurações, daquelas que são visíveis e possíveis, ou seja, a visão de partes
reagrupadas num novo todo. Trata-se, portanto, da apreensão operatória da figura.
Ela permite dar um sentido dinâmico às características da figura, podendo-se,
assim, fazer manipulações, física ou mental, sobre o todo ou parte da figura.

Sugestão retirada da revista Nova Escola Dezembro de 2007:
Objetivo
Investigar os elementos geométricos,as relações entre as formas e a análise de suas propriedades.

Conteúdos
Linguagem matemática ligada à geometria.
Propriedades das figuras geométricas.
Estratégias para descrição de figura.

Ano 4º e 5º

Tempo estimado 12 aulas (três para cada etapa).

Material necessário

Papéis quadriculados – tamanho ofício para fazer cópias e maior para
confeccionar os cartazes.

Desenvolvimento 1ª etapa Atividade 1 Entregue a cada estudante uma folha de papel quadriculado com o desenho de uma figura geométrica composta. O modelo deve ser copiado em folha quadriculada em branco. No fim da atividade, escolha algumas produções bem diferentes entre elas e cole-as no quadro-negro para a análise coletiva. Pergunte qual ficou mais próxima à original e que dicas podem ser levantadas para facilitar a cópia da próxima vez. No debate, aparecerão observações como “contar os quadrados para saber o tamanho da linha” e “marcar as duas extremidades de uma reta antes de riscar com a régua”. Ajude a turma a identificar propriedades das figuras, como proporcionalidade, número de lados, posição de uma linha em relação à outra (uma “sobe reto”, a outra é “mais inclinada”). Isso desenvolve a percepção sobre a diferença entre os ângulos. Peça que todos anotem as dicas que apareceram e proponha que elas sejam colocadas em prática quando outra figura for copiada.

Atividade 2 Distribua outro modelo em papel quadriculado e uma folha para cópia. O desafio agora é reproduzi-lo em tamanho menor do que o original, mas na mesma proporção. E ele deverá ser feito no centro da folha. A dificuldade estará em não usar as bordas do suporte como referência. Será preciso fazer a transposição com base nas propriedades observadas no modelo.

2ª etapa
Atividade 1
Faça três ou quatro cartazes com figuras geométricas complexas em papéis quadriculados. Cole-os no quadro e distribua folhas para cada um fazer uma cópia do modelo que escolher. A distância dificultará a comparação. As crianças deverão criar relações entre as linhas e as formas da figura e eleger estratégias eficientes para copiá-la. Algumas idéias, como contar os quadradinhos, traçar primeiro as retas que acompanham as linhas da própria folha e dividir ao meio os quadrados já existentes e ligar os ângulos opostos, são conhecimentos adquiridos nas etapas anteriores que poderão ser usados.

Atividade 2 Aqui a turma vai descobrir as diferenças entre duas figuras – a original e uma ou mais cópias não fiéis –, que podem, inclusive, ser algumas das produções dos alunos. Cada um terá de descrever quais características fazem um desenho ser diferente do outro. Desenvolvendo a observação e articulando a fala coloquial ao vocabulário específico, as crianças explicitam as propriedades das figuras. Alguém pode dizer que “está faltando um dos lados” ou então que “a reta é inclinada mais para fora” para descrever o formato, o número de faces e a angulação.

Atividade 3
A turma deve copiar uma figura em tamanho maior que o original. Isso poderá ser feito em três momentos. No primeiro, distribua folhas quadriculadas – uma com a figura que será copiada e outra em que parte do modelo, em tamanho menor, já esteja desenhada. Em seguida, entregue outra folha quadriculada com a figura-modelo e uma em branco para que todos copiem, de forma ampliada, a figura inteira. Por último, deixe o desenho exposto em cartazes e proponha que os estudantes reproduzam a figura a distância. Eles podem levantar algumas vezes para observar os cartazes de perto e decidir as estratégias de cópia. Para que esta etapa seja produtiva, uma das condições é a turma fazer as atividades anteriores para
estabelecer relações entre as formas do desenho e usar as propriedades conhecidas. Promova a troca de idéias e garanta que haja argumentação sobre os pontos sugeridos. Nessas situações, o aluno não precisa da sua ajuda para perceber se atingiu os objetivos, pois a própria comparação é reguladora. O seu apoio será necessário para ele descobrir onde a estratégia de cópia falhou.

3ª etapa Divida a turma em duplas e dê um papel com uma figura composta para um dos integrantes,
Atividade 1

orientando-o a não deixar o outro vê-la. Distribua folhas para os demais. Estes devem desenhar com base na descrição feita pelo parceiro. Dessa forma, todos desenvolvem o conhecimento sobre as propriedades matemáticas: um escolhe as características da figura que ajudam o colega a melhor fazer a representação e outro segue as indicações ditadas, levando em conta o que já conhece sobre as formas. O uso de expressões como “um quadrado de três por três” carrega em si a propriedade da figura (a de ter os lados iguais) e faz com que a comunicação seja bemsucedida. As duplas verificam se o desenho corresponde ao ditado e, caso isso não aconteça, podem retomar a descrição para saber o que poderia ser narrado de forma diferente. Promova um debate para socializar as
conclusões e peça que a turma eleja a descrição mais precisa. Outra possibilidade é gravar a discussão e depois propor à sala a escuta do que foi dito para que sejam redigidas as “dicas da turma” sobre o exercício.
Avaliação Durante as atividades, verifique se todos estão utilizando as estratégias levantadas como dicas na discussão coletiva e se os alunos conseguem copiar a figura modelo com autonomia.

domingo, 25 de maio de 2008

Meio ambiente

1 - TÍTULO DA ATIVIDADE: Como é o lugar em vivemos

2 - JUSTIFICATIVA – O assunto a ser abordado é de extrema importância, pois o alunos necessitam conhecer o meio em que está incerido, como está sendo tratado, aspectos positivos e aspectos que precisam melhorar. Também apresentar ao aluno que a preservação do meio ambiente é responsabilidade de todos.

3 - OBJETIVO(S)
#Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente transformador do mundo em que vive.
#Desenvolver uma ação educativa e alternativa para a sensibilização dos estudantes quanto a importância da preservação do meio ambiente e despertar a responsabilidade de todos frente a este desafio.
4 - ATIVIDADE PRÁTICA Irei introduzir o assunto a partir desta história: Os alunos em grupos dramatizam a história.
- Bom dia! Eu sou a Dona Abelhuda e estou falando diretamente da Lindo selva. Estou aqui para fazer uma entrevista com um dos habitantes deste lugar. Vamos falar com a Dona Árvore.
- Dona Árvore, como é morar neste lugar?
- É simplesmente magnífico. Este lugar é lindo, tudo limpo, o ar é puro, a piracema é respeitada.
- Dona Árvore, você tem alguma preocupação por aqui?
- Olha, Abelhuda, eu tenho um medo. Pelo fato de nós termos diferentes tipos de espécies de animais e de árvores, o homem pode ver destruir tudo isso.
- D. Abelhuda, muito obrigada por sua atenção.
Vamos agora transferir esta reportagem para Destruilândia, com a repórter Melissa:
- Bom dia, Brasil, vamos agora conversar com o Senhor José. Ele é uma das pessoas que
dependem deste lugar, retirando daqui o seu sustento. Ele caça, pesca e retira as madeira das árvores para fazer a lenha.
- Senhor José, porque o senhor está destruindo este ambiente?
- Estou fazendo isto para sobreviver. Em breve, aqui será construída uma cidade.
- Muito obrigada Senhor José.
Agora vamos falar com a Capivara.
- Dona Capivara, como é viver neste lugar?
- Depois que o homem começou a habitar neste lugar, a nossa vida está bem pior. O rio que nós
bebíamos água está poluído, o ar que respiramos também. As árvores foram cortadas, não
temos mais casas e a nossa comida já é escassa.
Vamos transferir esta reportagem para Harmolândia, é com você Carlos:
- Bom dia, estou aqui em Harmolãndia, pra conversar com o Engenheiro agrônomo Pedro que nos explicará todos esses contrastes que acontecem no meio ambiente.
- Alguns lugares são diferentes. Existem lugares preservados e outros não. No caso de
Lindoselva, o lugar está plenamente preservado, e isto é bom. Já Destruilândia um dia já foi com Lindoselva, porém, os homens destruíram este lugar por ganância ou necessidade de sobrevivência. Os homens precisam de móveis e os retiram das árvores, eles precisam de roupas e por isso matam os animais. Eles não têm uma educação adequada, pois jogam lixos e produtos químicos nos rios e os poluem, queimam as matas e poluem o ar.
- Pedro, passe uma mensagem para todos os moradores de Destruilândia.
- Minha mensagem é para que eles evitem jogar lixo no chão e nos rios e aproveitem pra fazer reciclagem. Eles também não devem queimar as matas nem desmatá-las. Eles poderiam fazer o reflorestamento. Não devem caçar animais, principalmente aqueles que estão em extinção.
- Muito obrigado pela entrevista.
E vamos terminando aqui nossa série de reportagens sobre o Meio Ambiente.

2- Divisão do grupo: a história será dividida por lugares: Destruilândia, Harmolãndia, Lindoselva, cada grupo irá fazer uma descrição do seu lugar, como é, fatores que vavorecem e prejudicam o meio, que atitudes precisariam ser tomadas para reverter ou conservar esse meio. ( Confecção de cartazes)
Cada aluno irá receber uma ficha de entrevista:
1ª Etapa:
Para despertar “a necessidade da socialização” do conceito mediato de ambiente, foi planejado, pelos próprios alunos, a elaboração de um questionário para entrevistar pessoas da comunidade e, posteriormente, a montagem de uma reportagem sobre o tema.
O questionário consistia em perguntas sobre o que é o meio ambiente, como é o ambiente onde eles vivem, o que eles podem fazer para melhorá-lo, quais eram as suas maiores reclamações sobre o local e sobre as pessoas que freqüentavam o mesmo, entre outras..

Assim, os estudantes realizaram a entrevista e compararam os dados coletados na pesquisa, semelhanças e divergências nas respostas dos entrevistados.

Nome: _______________________________________________
Profissão:_____________________________________________
Local da pesquisa:________________________________________
1) O que você acha sobre esse bairro?
Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( )
2) Qual o lugar desse bairro você mais gosta?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
3) Você acha que esse bairro é bem preservado ou precisa de modificações? Quais?
Sim ( ) Não ( )
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
4) Você gostaria de uma área de lazer no bairro? Como esta área seria?
Sim ( ) Não ( )
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
5) Qual a sua maior reclamação em relação às pessoas que freqüentam esse ambiente?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
6) O que você pensa sobre a educação da população em relação à limpeza dos bens públicos?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
7) Que soluções você encontraria para as erosões que existem neste bairro?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
8) O que você faria para melhorar o meio ambiente que você vive?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
9) Como você vê a postura dos seres humanos em relação ao meio ambiente?
_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
10) O que você entende sobre meio ambiente?

2ª Etapa: Problematizando
Para gerar uma situação-problema, organizou-se um debate entre alunos,e professora sobre os dados coletados. A partir desta análise, os alunos perceberam que grande parte das respostas tinha o mesmo conceito de meio ambiente “um lugar bonito composto por flores e animais”. Nesse momento, os alunos perceberam a contradição entre sua concepção de ambiente e o saber imediato da população, surgindo, então, a questão problematizadora:
COMO FAZER COM QUE A POPULAÇÃO REPENSE O SEU SABER ACERCA DO MEIO
AMBIENTE?
A análise dos dados coletados chamou a atenção do aluno para o fato de a sociedade, em geral, não possuir o conceito elaborado de meio ambiente. Essa tomada de consciência, auxiliada pela compreensão da questão, gerou a necessidade de ele buscar propostas de sensibilização que provocassem na população um outro olhar para o ambiente e,conseqüentemente, a elaboração de um conceito mais elaborado. No dizer do aluno, havia a necessidade de uma conscientização coletiva a esse respeito.

3ª Etapa: Sistematizando
Pela discussão da questão, percebeu-se que os alunos queriam buscar uma solução, quando depararam com a discordância entre o conceito de meio ambiente deles e o da população. E, dessa forma, eles compreenderam a necessidade de difundir esse novo conceito que aprenderam, colocando em prática a capacidade pessoal de cada um quanto à atuação na sociedade.
Os alunos, então, elaboraram propostas que fossem capazes de socializar esse conceito mais elaborado de meio ambiente que assimilaram. Dentre as inúmeras propostas sugeridas por eles, foram destacadas as seguintes: realização de palestras, cartazes para conscientização, peça de teatro. Notou-se, assim, que eles refletiram a respeito da eficácia de tais propostas no momento de selecioná-las, escolhendo a que mais se adequasse ao contexto social deles, bem como, o tipo de texto mais adequado aos seus anseios.
A partir das propostas dos alunos, pôde-se perceber que houve uma sensibilização por parte deles acerca da importância da socialização do conceito de meio ambiente. Concluiu-se, então, que eles deixaram de considerar a temática ambiental um assunto meramente escolar, sendo, então, considerado um tema de interesse de toda a sociedade.
Pôde-se constatar, então, uma preocupação maior dos alunos em relação ao uso da língua escrita, uma vez que os seus textos seriam expostos no jornal-mural e teriam, por isso, vários leitores.

5 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Introdução:
Há uma preocupação com os problemas ecológicos atuais, leva necessariamente, a considerar o ambiente e a proteção dos Recursos Naturais renováveis, à defesa do ambiente saudável, sob uma multiplicidade de enfoques. Nesse sentido, não é mais uma questão que diz respeito apenas aos cientistas, aos biólogos, aos químicos, aos naturalistas etc.. Passa a ser uma preocupação de todos nós.
Nessa perspectiva filosófica, ensinar não se resume na mera transmissão (declamação) do conceito científico e nem na simplificação deste. Para ARNONI (2004), a conversão ou transformação do conceito científico em conteúdo de ensino é necessária, para que ele se torne ensinável (para o professor), assimilável (para o aluno) e preservador do conceito científico, realizado no planejamento das atividades pretendidas. que preconiza:
[...] os processos de ensino e de aprendizagem na perspectiva da mediação
dialética, centram-se na problematização de situações capazes de gerar
contradições entre o ponto de partida (imediato) e o ponto de chegada
(mediato) dos referidos processos, provocando a superação do imediato
(representação do cotidiano) no mediato (conceito científico), possibilitando,
assim, a aprendizagem pela elaboração de sínteses cognitivas. (ARNONI,
2004).
O Planeta vive um período de grandes avanços tecnológicos e científicos e, por outro lado, uma grande degradação dos ecossistemas e de todo o ambiente que o rodeia. A própria humanidade tem acompanhado essa degradação ambiental, manifestando distúrbios físicos, psicológicos e sociais, tanto individuais como coletivos.
Para resolver ou amenizar esses impactos sobre o Ambiente, é preciso trabalhar em sala de aula esses assuntos de tamanha importância para a sustentabilidade do planeta, para conscientizar os alunos ,dos seus direitos e deveres para com o mesmo e assim, encontrar alternativas de conservar o ambiente para si e para as gerações futuras. Surge, então a Educação Ambiental.
Este estudo têm como uma de suas finalidades possibilitar qualidade de vida. Tem o propósito desenvolver no aluno uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais convivemos, respeitando seus ciclos vitais. Isto só pode ser alcançado se as pessoas se conscientizarem do seu envolvimento, de suas responsabilidades.
Necessitamos com urgência desenvolver uma ciência da biosfera, de modo que possamos reconhecer e compreender os impactos da atividade humana sobre os sistemas que mantém a vida na Terra.

6- Bibliografia:
BARBIERI, Edison. Desenvolver ou preservar o ambiente? São Paulo: Cidade Nova. 1996.

BOFF, Leonardo, In: GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra: Escopedagogia e educação sustentável, 2000 [s.l].
ARNONI, Maria Eliza Brefere. Metodologia da Mediação dialética e o ensino de conceitos científicos. In: XII ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, 2004, PUCPR,Curitiba. CD-ROM ISBN: 85 7292-125-7.

7- AVALIAÇÃO Minha preocupação inicial, foi despertar nos alunos uma visão mais abrangente do meio ambiente. Também mostrar que ele está incerido e que tem responsabilidade com o mesmo. No inicio do trabalho os alunos partiram de uma visão muito vaga do que é meio ambiente, e está foi modificando-se depois das propostas desenvolvidas. Houve todo um envolvimento por parte dos alunos, todos participaram e contribuíram com idéias para a excussão das atividades aqui apresentadas. Este tipo de proposta ultrapassa as paredes de sala de aula, o aluno passa a ser parte ativa do processo ensino aprendizagem.

sábado, 24 de maio de 2008

Enfoque 3



PROJETO "A COR DA CULTURA"Respeitando Diferenças, Construindo Maravilhas".

Objetivo: Conhecer, abordar a problemática do racismo, da discriminação e do preconceito, que ainda é parte integrante de nosso meio.

Série: 3ª

Metodologia:
Recebemos kit do Projeto "A Cor da Cultura", apresentação esta ocorrida nos primeiros dias maio de 2007 até o final do ano. Começamos trabalhando com a identidade e a percepção de si, de acordo com a concepção étnica de cada um.

1ª Atividade: Modelagem do rosto na argila, buscando a sua essência, sua. A percepção de si, enquanto ser múltiplo, criava uma possibilidade de olhar para o outro, de forma a respeitar sua diversidade. Assim, introduziu-se a temática da História da África, desmistificando a caótica visão que a mídia acaba construindo desse continente.
Trabalhei com o :Vídeo "Nota 10". A partir de um conceito prévio do que seria África para eles, classificaram o Continente por intermédio de cinco pares de antônimos:
Posteriormente a montagem do mapa da África com os recortes de cada região classificadas pelos pares Doença-Saúde, Pobreza-Riqueza, Tribo-Civilização, Atraso-Desenvolvimento, Instabilidade Política-Estabilidade Política, assistimos ao vídeo com a explicação dos estereótipos quando se trata do continente africano. Os alunos, muitos, é verdade, ficaram surpresos por conhecer um outro lado da África que não o veiculado nos meios de comunicação, a África veiculada pela mídia é a que grassou nos mapas criados por elas.

2ª Atividade: kit do Projeto "A Cor da Cultura" foi a Roda de Conversa, momento dedicado ao debate e a discussão sobre as relações de discriminação e racismo existentes na Escola, no Bairro, no Trabalho e na Mídia em geral. Esse trabalho foi muito interessante, pois situações vividas por eles são trazidas à tona, às vezes, de forma dolorida, mas que nos permitem desmistificar certos posicionamentos que são socialmente construídos e ajudam a excluí-los ainda mais da integração social. Como exemplo, posso citar as babás negras que são sempre interpeladas se conhecem a criança, se os patrões estão cientes de que ela levará o bebê e assim por diante. A constatação de que grande parte das profissões com menor grau de instrução, figura sempre o negro e, ao nível inverso, há menos negros em carreiras promissoras.
Falar de racismo é sempre algo muito complexo. Como venho relatando, a dificuldade esbarra na construção do mito de democracia racial, em que vivemos. É difícil admitirmos que somos um povo racista e que temos atitudes discriminatórias com o outro. Mas, procurei abordá-lo de maneira clara, sem rodeios e subterfúgios, tentando abrir um espaço de discussão e não um espaço inquisitorial, pois temos o interesse de edificar uma eqüidade racial, e não, condenar os brancos pelo passado-presente de superioridade. Os excessos trazem sempre descontrole e intolerância. Assim, o aluno sentia-se incomodado quando ele se reconhecia como sendo o preconceituoso! Ser identificado numa situação de discriminação validava o discurso social, forjado nas entranhas do tempo, de um país marcado pela condição de desqualificação do outro, sem respeito às suas tradições, suas culturas, seu cotidiano, seu modo de viver, suas opções sexuais, suas deficiências.
3ª Atividade: o vídeo "Nota 10", nesse primeiro momento, e também o apoio do livro Modos de Ver. Esse trabalho permitiu aos alunos a compreensão de que a sociedade constrói certos preconceitos que atingem não só o indivíduo, como perpetua a integração ou a exclusão de todo um grupo. Reinventamos os espaços culturais, ressignificamos os conceitos sobre arte, e trabalhamos, associados à construção de um trabalho escrito sobre a História da África e de sua Cultura, outra atividade, a arte africana desde a arquitetura ao artesanato.
4ª Atividade: Heróis Não, não é uma série sobre o Super-homem ou o Batman. Heróis de todo mundo é uma série de interprogramas que quer mostrar ao público comum que aqui mesmo, no Brasil, existem Heróis. Heróis porque quebraram barreiras, que venceram apesar dos enormes obstáculos enfrentados, que lutaram por uma vida melhor para todos. Ah! E são negros.Chiquinha Gonzaga era negra? O André Rebouças é o do túnel? Diamante Negro não é um chocolate? Sim, para todas as alternativas anteriores.

5ª atividade: Hora do conto:

Livros A Botija de Ouro O livro conta a história da amizade entre duas crianças que lutam contra a escravidão.


Ifá, o Adivinho O fazer e o refazer da cosmogonia africana em terras brasileiras, por meio do candomblé.

Menina Bonita do Laço de Fita
Era uma menina linda. A pele era escura e lustrosa, que nem pêlo da pantera quando pula na chuva. Do lado da casa dela morava um coelho que achava a menina a pessoa mais linda que ele já vira na vida. Queria ter uma filha linda e pretinha como ela. Um dos maiores sucesso da autora.

Trabalho em conjunto com o laboratório de informática:

Jogos Fui à África e vi... e Tocando Junto.

Leia a explicação, clique na imagem e boa diversão

Tocando Junto

Neste jogo, você irá conhecer vários instrumentos de origem africana, ouvir o som de cada um deles e tocar junto com a banda. Para jogar, você deve escolher uma das 3 músicas. Em cada música, há um grupo de instrumentos. Você poderá escutar a música e depois tocar junto com o computador.

Escolha sua música e divirta-se!

Fui à África e vi...Vá até a África conhecer os animais daquele continente e exercitar a sua memória!

Para jogar, basta repetir a seqüência de animais que o computador fizer. Por exemplo. O computador vai apresentar “leão”. Então o desenho do leão vai aparecer e desaparecer. Você deve clicar com o mouse imediatamente sobre o “leão” desenhado no mapa. Depois o computador vai repetir “leão” e mais outro animal, sempre acrescentando mais um à lista iniciada com o jogo. E você deve sempre clicar sobre os animais que ele falou, repetindo a ordem da seqüência, sem errar.

Dê um passeio pela África e boa sorte!

6ª Atividade: Rotas da Escravidão (Mapa da Diáspora Africana) Lâminas

As cores (exceto a preta) identificam os responsáveis pelo comércio de escravos saídos da África, do início do século XVII até 1873. A maior parte dos negros escravizados foi vendida por europeus no continente americano.





Como os tantãs na floresta
Reflexões sobre o ensino de História da África e dos africanos no Brasil
Por Mônica Lima
Em 9 de janeiro de 2003 foi aprovada a Lei nº 10.639, que tornou obrigató­rio o ensino de História e cultura afro-brasileira, bem como de História da África e dos africanos, nos estabelecimentos de ensino públicos e privados no Brasil. Esses conteúdos iriam incluir, ainda segundo o texto da lei, a luta dos negros no nosso país, a cultura negra brasileira e a contribuição dos ne­gros na formação da sociedade nacional, como subtemas que passariam a ser necessários aos estudos de História do Brasil. Essa lei alterou o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional e está em vigor.
Podemos procurar olhar com um certo distanciamento essa medida e nos perguntar: por que a necessidade de uma lei para fazer valer a presença de um conteúdo tão evidentemente fundamental na História geral, e em espe­cial na História de grupos humanos que participaram diretamente da for­mação do nosso país?
Desde o início da construção do conhecimento sobre as sociedades huma­nas sabe-se que elaborar e dar sentido à História de um povo é dar a esse povo instrumentos para a formação de sua própria identidade, com a ma­téria-prima desta, que é a sua memória social.
A inclusão deturpada ou exclusão deliberada de algum aspecto dessa His­tória pode implicar a criação de uma identidade ou de uma auto-imagem distinta da realidade daquele grupo humano, distorcida ou definida segundo elementos ideológicos distantes do real. A História do Brasil, ou melhor dizendo, da sociedade brasileira, é um exemplo claro: durante muito tempo a historiografia ocultou e ignorou a contribuição das sociedades e culturas africanas para a nossa formação social.
A raiz desse ocultamento estava na ignorância e no preconceito sobre a vida social e a história desses grupos humanos e, sobretudo, na necessida­de de domínio sobre eles, com objetivos de escravizá-los ou colonizá-los. Essa raiz, portanto, se situava na própria história das relações estabelecidas com os povos africanos por parte dos grupos dominantes das sociedades, nas quais nossos primeiros historiadores se espelharam para construírem os saberes oficiais sobre o Brasil.
HISTÓRIA DOS AFRICANOS NO BRASIL E IDENTIDADE BRASILEIRA
A negação dessa História esteve sempre associada nitidamente a formas de controle social e dominação ideológica, além do interesse na construção de uma identidade brasileira despida de seu conteúdo racial, dentro do cha­mado “desejo de branqueamento” de nossa sociedade. Característico da se­gunda metade do século XIX, esse desejo ainda vigora dentro de alguns se­tores sociais mais retrógrados, embora a luta por mudanças no campo do ensino da História tenha criado embates ao longo do século XX.
A dificuldade em lidar com o tema parecia tanta que mesmo setores pro­gressistas se recusaram durante certo tempo a fazer desta pergunta – por que a ausência de História da África e dos africanos no Brasil nos conteú­dos escolares? – uma questão. Muitos acreditaram que a luta dos africanos, na África e no Brasil, deveria ser estudada dentro da categoria “luta dos do­minados, dos oprimidos” ou qualquer outro título que queiramos dar à história dos excluídos. Portanto, não mereceria uma atenção especial em si – afinal, esse coletivo tão longamente ignorado pelos livros escolares não se definiria por outra coisa senão pelo lugar social que ocupava, ou seja, como trabalhador explorado. Assim, ao serem resgatadas as grandes massas para a História, entrariam, junto com todos, gloriosamente colocados em sua condição de protagonistas, os africanos e os afro-descendentes no Brasil. Estariam em seu devido lugar? Nos livros didáticos de História do Brasil, de Geografia e de Integração So­cial, atualizados por essa visão que se pretendia progressista, surgiram mui­tos escravos dando duro nas plantations, vítimas da exploração orientada por interesses vinculados ao capitalismo em expansão, ou fugindo para os qui­lombos em alguns fugazes momentos de rebeldia – rebeldia esta quase im­possível, dada a “enorme” capacidade de controle da chibata dos senhores. E, finalmente, no século XIX, voltariam a ser dignos de registro ao serem li­bertados pelos novos agentes do sistema econômico dominante, interessados nesse momento em transformá-los em consumidores. No século XX, se tor­nariam partes da massa trabalhadora, desaparecendo como tema específico e só voltando à cena em alguns poucos trabalhos em que se mencionava bre­vemente a cultura popular – nesses casos, contribuições como a capoeira e o samba apareciam vinculadas a esses grupos.
E quanto à História da África, como tema da História mundial, ela se vin­cularia ao período de acumulação capitalista, ou seja, apareceria como o lugar de onde se retiravam os escravos e, mais tarde, como local da expan­são neocolonial, a partir de fins do século XIX. E era só. Os africanos, víti­mas da cobiça de estrangeiros, se tornaram objetos da rapina, sujeitados à exploração, à dominação, à destruição, à escravidão, à opressão. E quando eram resgatados para a História como sujeitos, ainda que em andrajos, lu­tavam, mas perdiam sempre, gritavam, mas lhes calavam sempre a voz. E, afinal, sua chance de ocupar outro lugar na História parecia ser a de desa­parecer em sua especificidade e surgir como parte da grande massa prole­tária que um dia tomaria o poder. Seria o suficiente?
A realidade mostrou que não. Os africanos pareciam continuar “coisificados” ou quase invisíveis. Mesmo quando eram louvados, como Zumbi de Palmares, ainda assim representavam um breve parágrafo na História. E sobre a África, então, tudo ainda era longe, longe mesmo, do outro lado de um imenso mar.
Se refletirmos sobre os destinatários principais do processo de ensino-apren­dizagem, os estudantes, o que se continuava a fazer era dificultar a construção da auto-estima, por trazer uma imagem de nossos antepassados africanos sem­pre oprimidos, explorados e, finalmente, sempre derrotados – mesmo quando rebeldes e inconformados. Quem gostaria de se identificar com essa imagem? E, além do mais, tratava-se de uma falsa imagem, se não em seu todo, ao me Nos livros didáticos de História do Brasil, de Geografia e de Integração So­cial, atualizados por essa visão que se pretendia progressista, surgiram mui­tos escravos dando duro nas plantations, vítimas da exploração orientada por interesses vinculados ao capitalismo em expansão, ou fugindo para os qui­lombos em alguns fugazes momentos de rebeldia – rebeldia esta quase im­possível, dada a “enorme” capacidade de controle da chibata dos senhores. E, finalmente, no século XIX, voltariam a ser dignos de registro ao serem li­bertados pelos novos agentes do sistema econômico dominante, interessados nesse momento em transformá-los em consumidores. No século XX, se tor­nariam partes da massa trabalhadora, desaparecendo como tema específico e só voltando à cena em alguns poucos trabalhos em que se mencionava bre­vemente a cultura popular – nesses casos, contribuições como a capoeira e o samba apareciam vinculadas a esses grupos.
E quanto à História da África, como tema da História mundial, ela se vin­cularia ao período de acumulação capitalista, ou seja, apareceria como o lugar de onde se retiravam os escravos e, mais tarde, como local da expan­são neocolonial, a partir de fins do século XIX. E era só. Os africanos, víti­mas da cobiça de estrangeiros, se tornaram objetos da rapina, sujeitados à exploração, à dominação, à destruição, à escravidão, à opressão. E quando eram resgatados para a História como sujeitos, ainda que em andrajos, lu­tavam, mas perdiam sempre, gritavam, mas lhes calavam sempre a voz. E, afinal, sua chance de ocupar outro lugar na História parecia ser a de desa­parecer em sua especificidade e surgir como parte da grande massa prole­tária que um dia tomaria o poder. Seria o suficiente?
A realidade mostrou que não. Os africanos pareciam continuar “coisificados” ou quase invisíveis. Mesmo quando eram louvados, como Zumbi de Palmares, ainda assim representavam um breve parágrafo na História. E sobre a África, então, tudo ainda era longe, longe mesmo, do outro lado de um imenso mar.
Se refletirmos sobre os destinatários principais do processo de ensino-apren­dizagem, os estudantes, o que se continuava a fazer era dificultar a construção da auto-estima, por trazer uma imagem de nossos antepassados africanos sem­pre oprimidos, explorados e, finalmente, sempre derrotados – mesmo quando rebeldes e inconformados. Quem gostaria de se identificar com essa imagem? E, além do mais, tratava-se de uma falsa imagem, se não em seu todo, ao me nos em parte. A historiografia recente trouxe dados para rever essa visão. Resta fazê-la chegar às salas de aula – de muitas universidades e da Educação Básica.
PEDRAS NO MEIO DO CAMINHO
Podemos observar que até hoje existem, nos currículos dos cursos de História das universidades brasileiras, poucas disciplinas específicas sobre a África, as­sim como praticamente se ignora o tema nos estudos de História Geral do En­sino Fundamental e Médio. Ao tornar obrigatória sua inclusão na Educação Básica, estaremos frente a uma imensa dificuldade: que História será essa a ser apresentada, se a maioria dos professores em sala não teve contato com ela?
As visões mais comuns sobre a História africana ou se construíram com base em preconceitos etnocêntricos, apresentando a África como lugar atrasado, in­culto, selvagem, terra da barbárie, ou supervalorizando o seu papel de vítima – do tráfico, do capitalismo, do neocolonialismo e assim por diante. Quanto ao primeiro caso, muito já se escreveu e se criticou. É certo, nunca o suficiente, pois o preconceito subsiste de diferentes formas, disfarçado em novas roupa­gens. Portanto, é importante desnudá-lo e combatê-lo, sempre que aparecer.
No segundo caso, há que se lembrar que a posição de vítima carrega em si um forte conteúdo de passividade, de impotência e de incapacidade de re­sistência, de atuação e de intervenção na História. Trata-se, pois, de se acos­tumar a ver os africanos sempre tratados como objetos e não como sujeitos da História. E isso compromete a compreensão de suas trajetórias.
O fato de populações inteiras terem vivido um longo processo de espo­liação por parte de agentes externos, compactuados com agentes inter­nos, não pode ser negado. Omitir suas implicações sociais dentro da pró­pria África acaba por fortalecer uma idéia de que os africanos foram todo o tempo vítimas de um destino cruel, e não sujeitos históricos, envolvidos num processo gerador e aprofundador de desigualdades. UNA, MÚLTIPLAS.
É muito difícil falar da África no singular, ou de uma África no Brasil. São muitas as sociedades, diversas em seu desenvolvimento, em sua origem, em sua cultura. Muitas cores na África, muitas Áfricas no Brasil...
Sabe-se que a própria idéia de “africano” não existia entre os escravos e li­bertos brasileiros trazidos cativos do continente, antes do século XIX. Não que inexistissem identidades entre eles antes – ao contrário, havia, e foram descobertas, criadas e reforçadas. Mas a idéia de uma África como terra de todos, e de uma identidade africana, foi surgindo articulada às formas de reinvenção de identidades, característica dos oitocentos, originando-se nesse momento específico da relação com a sociedade dominante.
Da mesma forma, sabemos que, na luta pela libertação do jugo colonial na África do século XX, foi fundamental a criação de vertentes ideológicas que ressaltassem os aspectos comuns, como as idéias de negritude, de pan-afri­canismo, entre outras. Todas essas idéias tiveram um papel na História: o de negar os discursos dos colonizadores e de forjar integrações necessárias. Mas não eram verdades absolutas. Aqueles que as tomaram como verdades sem matizes logo se sentiram derrotados quando viram que pertencer ao conti­nente como nativo não os fazia necessariamente irmãos uns dos outros.
No entanto, não há que se perder de vista os aspectos comuns, dentro de uma vi­são de totalidade, abrangendo amplas regiões da África. Podemos falar, sim, de grandes aspectos, de histórias compartilhadas, de longos tempos de interações e trocas. Regionalmente, em grandes áreas geoculturais e lingüísticas, isso foi e é perceptível. Assim como no Brasil, o contato entre povos de regiões próximas criou vocabulários e comunicação próprios, contribuindo para produzir novas estratégias de resistência. Somente a pesquisa histórica que se detenha sobre as­pectos desse cotidiano, do tecido aparentemente difuso da vida dessas pessoas, pode trazer à luz a presença dessas Áfricas no Brasil. Hoje se caminha nessa dire­ção, há boas pesquisas em curso, mas devemos ainda fazer tais notícias chegarem mais às salas das universidades e às salas de aula da Educação Básica.
Para descobrir essas Áfricas, também há que se despertar a curiosidade, agu­çar o interesse, estimular a admiração. Portanto, é preciso trazê-las para den­ tro de espaços culturais e educativos. Ler, sim, mas também escutar, ver, as­sistir, participar e perceber o quanto as trazemos dentro de nós. E assim des­pertarmos o orgulho da nossa africanidade. E revermos nossos heróis famo­sos e desconhecidos – tudo isso por Zumbi de Palmares, e por muitos mais Antônios Minas e Joaquins Angolas, por Manoel Congo, e por tantas Marias Cabindas e Joanas Crioulas, por Luiza Mahin, por André Rebouças e por João Cândido. E tantos outros, muitos. Devemos celebrá-los, sim. Não como um retorno a uma história de nomes e datas, mas para criar referências.
Esses indivíduos, feitos cativos, poderiam ser identificados e tratados como mercadorias. Mas nunca se transformavam em mercadorias. Eram e sem­pre seriam pessoas, seres humanos, com sua força vital – seu axé. Com ca­pacidade de resistir, de buscar maneiras de sobreviver, como também de procurar força interna para seguir em frente, para, na dura realidade, forjar um outro destino. Foram feitos escravos, sim, no sentido histórico e con­ceitual do termo escravo. Mas suas mentes, os saberes que possuíam, sua memória não caíram no cativeiro.
Devemos relembrar que a presença dos africanos no nosso país, trazidos para cá contra a sua vontade, separados de sua gente e postos longe de sua terra, é um dado histórico carregado de dramas e de dor, sem dúvida. Mas o impulso de vida, o brilho de seu espírito, a história que trouxeram com eles, sua cul­tura, seus saberes e conhecimentos técnicos também fizeram deles uma for­ça de caráter civilizatório. Os africanos ensinaram aos habitantes do territó­rio brasileiro e das Américas escravistas muitas coisas fundamentais para a sobrevivência e o crescimento do chamado “Novo Mundo”. E realizaram ou­tras tantas criações, a partir de sua capacidade de aprendizado. Foram artífi­ces, construtores, cirurgiões-barbeiros, cozinheiras. Foram agricultores que trouxeram plantas novas, que serviram e servem como alimento e remédio, e também introduziram diferentes técnicas de cultivo. Entre esses escravos ha­via artistas e músicos com novos instrumentos, ritmos e movimentos que en­cheram nossa terra de cores e sons – que hoje são tão nossos, tão brasileiros. E suas línguas modificaram o português, fizeram dele a língua nacional, levan­do-o pelo território, introduzindo palavras e tonalidades. E também trouxe­ram novas maneiras de se comportar nas relações familiares, de se relacionar com o sagrado, novos modos de celebrar e de se ligar aos antepassados, ou seja, posturas diante da vida e da morte. Todos esses conteúdos permearam a
André Pinto Rebouças (1838-1898)
Nasceu em 1838, na cidade baiana de Cachoeira. Formou-se em Engenharia no Rio de Janeiro e assinou projetos importantes, como o da Avenida Beira-Mar. Um dos fundadores da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, redigiu com José do Patrocínio o Manifesto da Confederação Abolicionista. Amigo de D. Pedro II, acompanhou o imperador ao exílio. Em Lisboa, foi correspondente do jornal inglês The Times. Em 1893, fixou-se na Ilha da Madeira, onde faleceu a 9 de maio de 1898. Fonte: www.acordacultura.org.br/herois
João Cândido Felisberto(1880-1969)
Nascido em 1880, na cidade gaúcha de Rio Pardo, aos 14 anos alistou-se na Marinha. Entrou para a História em 1910, ao liderar a Revolta da Chibata — movimento pelo fim dos castigos corporais impostos aos marujos. Fonte: www.acordacultura.org.br/herois
Luiza Mahin
Revolucionária baiana de origem daomeana, daí seu nome étnico. Tornou-se livre por volta de 1812. Apoiou várias revoltas de escravos. Na repressão à grande Revolta dos Malês, em 1835, teria fugido para o Rio de Janeiro, onde foi presa e provavelmente deportada para a África. Mãe do poeta Luís Gama.
Fonte: Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana, de Nei Lopes. sociedade brasileira, transformaram-se e a transformaram. Por isso, hoje to­dos somos herdeiros dessas culturas.
RECONHECER, RECONHECER-SE...
Não há receitas prontas, não existe um “como fazer”, e por isso percebe-se a necessidade de muitos espaços de discussão e troca intelectual – e não apenas entre os reconhecidos como “intelectuais”, mas com os movimen­tos sociais. Não podemos, a despeito da exigência da lei, sair repassando nas nossas salas de aula informações equivocadas, ou tratar o tema de uma maneira folclorizada e idealizada. Esse é um grande temor: repetir modelos para fazer com que esses conteúdos curriculares fiquem parecidos com os que já trabalhávamos ao tratarmos da História e das contribuições cultu­rais comumente estudadas é um caminho fácil e perigosíssimo. São temas diferentes e sua abordagem necessariamente deve ser diferenciada.
Nossos alunos certamente terão muito a dizer, mas devemos ter um imen­so cuidado com o senso comum, que pode surgir tanto para desvalorizar como para criar mitos – os quais, ao se desfazerem, redobrarão o peso da desilusão e do desgaste da auto-estima. Trata-se de um equilíbrio delicado entre o resgate de uma História que deverá servir para elevar o orgulho de pertencer a ela e a valorização de posturas estreitas que tendem a criar es­quemas explicativos maniqueístas.
Enfim, fica sempre a questão central: como e o que introduzir a respeito desses temas (História da África, dos africanos no Brasil) em nossos currí­culos escolares?
Em primeiro lugar, é fundamental formar-se, atualizar-se nos temas, e não partir do pouco que se sabe para ocupar um lugar que nunca esteve ocupa­do. Temos a responsabilidade de tratar com muito profissionalismo esses conteúdos. Devemos estudar, procurar leituras específicas e, sempre que possível, capacitar-nos em cursos e em discussões acadêmicas
UMA NOVA DIMENSÃO DA NOSSA HISTÓRIA
Para os professores de Educação Básica, algumas sugestões de caráter geral. Na Educação Infantil, tempo dos primeiros passos na vida social, seria im­portante semear atitudes positivas e, pela via do lúdico e do afeto, estimular o contato, a admiração, o encanto pela estética e pelo imaginário africano e afro-descendente. Brincadeiras e brinquedos, cantigas e muita “contação” de histórias que falem, lembrem e se refiram ao mundo negro servirão como meios para romper ou evitar que se construam barreiras e preconceitos.
Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, podem-se introduzir temas da cultura africana e afro-brasileira também através de lendas, contos, can­tigas, brincadeiras, mas já inserindo mais aspectos de conteúdo histórico. Existem bons livros de literatura infantil para tomar como referência. E, nas aulas de Integração Social, falar da presença dos africanos na História do Brasil para além da reação à escravidão: levá-los a ver marcas dessa pre­sença viva nas músicas, nas festas, no vocabulário, nos hábitos alimenta­res. Os africanos, além de mão-de-obra, eram seres que produziam cultu­ra – mas não basta dizer, isso tem de ser algo vivido para começar a abalar as velhas estruturas dos preconceitos, as quais se alimentam da ignorância. Vamos festejar as Áfricas que habitam em nós !

terça-feira, 6 de maio de 2008

Atividades : Reconstituição do Passado pela memória.



No momento não estou em sala de aula, estou trabalhando no Laboratório de Informática.
Realizei com minha turma do ano passado turma de primeiro ano, no momento estava trabalhando o “eu e família”.
Realizei um questionário prévio para ser preenchido pela família, dados do aluno, nome completo, data e local de nascimento, nome dos pais, dos avôs maternos e paternos, irmãos nomes, datas marcantes, quando falou a primeira palavra, engatinhou, caminhou, brinquedos e brincadeiras prediletas, quando começou a caminhar, travessuras, etc... Junto fotos desde o nascimento, com as respectivas datas. Em sala montamos individualmente a linha de tempo de cada aluno. Eles questionaram e comparavam as mudanças, tamanho, cabelo, entre outras mudanças.
a) Realizamos um texto coletivo das nossas histórias;
b) Gráfico das idades da turma;
c) Convidamos uma avô, para passar o dia conosco contar histórias de sua infância, e juntos fomos ao refeitório para fazer bolachas, foi um dia muito especial ,ouvimos histórias, cantamos, a vovó ensinou algumas brincadeiras, as cinco Marias, pé de lata, pinica, taco, pipa. Aprendemos que antigamente não era possível a compra de brinquedos, carrinhos e bonecas, as bonecas eram costuradas, feitas de pano.
d) Registramos nosso dia através de um lindo desenho, e agradecemos a presença da avô da Tais.

Espaço e tempo.


Análise reflexiva

Em vários momentos das aulas elas perguntam quando irão para a pracinha, se hoje irão à quadra e, principalmente, quando irão para a casa. As respostas que digo como: só amanhã, daqui a pouco ou outra expressão relativa ao tempo parece não ter sentido algum, pois em seguida, elas repetem a pergunta. Como promover o entendimento de tempo, sendo tão abstrato, para crianças de 5 anos? Então, pretendo analisar a contribuição da rotina, integrada aos cartões e o uso do calendário na construção temporal das crianças.
Em meu estágio, introduzi os cartões de rotina pensando que serviriam apenas para marcar a ordem das atividades. Porém os cartões de rotina vão muito além. Segundo Spodek (1998, p. 136) “uma rotina diária determina horários para as atividades de cada dia. As crianças aprendem a antecipar eventos futuros através da regularidade das ocorrências diárias”. É nessa regularidade diária que as crianças se organizam e começam a compreender a organização das atividades distribuídas no tempo. Também, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (Brasil, 1998, volume 1, p. 73) propõe que “a rotina pode orientar as ações das crianças, assim como dos professores, possibilitando a antecipação das situações que irão acontecer”. E, para melhorar a antecipação das situações, surgem os cartões que ajudam as crianças a visualizar toda a rotina, mostrando, também, os eventos passados. Com isso as crianças começam a estabelecer relações de tempo: o que fizemos antes? O que vamos fazer agora? O que faremos depois? As respostas podem ser encontradas pelas próprias crianças através da visualização dos cartões.
Para Aroeira, Soares e Mendes (1996, p. 135) “a rotina escolar é uma seqüência de atividades que visam a organização do tempo que a criança permanece na escola”. A criança também pode propor e questionar essa seqüência de atividades. Levando-se em conta as atividades com horários fixos como a higiene, a merenda e o recreio, por exemplo, as crianças podem decidir o momento de realizar as outras atividades propostas para o dia permitindo que elas fiquem mais participativas.
A rotina pode variar em algumas atividades, mas há uma repetição de diversas situações como a hora da higiene e merenda, brinquedo livre e escovação. “A repetição de certos enquadres, de certas ações, de determinadas práticas dá estabilidade aos sujeitos. Saber que depois de determinada tarefa ocorrerá outra dá um certo sossego às pessoas, sejam elas grandes ou pequenas”. Unindo as idéias: se uma criança consegue antecipar as situações na escola ela ficará menos ansiosa e conseguirá aproveitar melhor todos os momentos. Ao observar o cartão de saída, ela saberá que retornará para casa permanecendo com mais tranqüilidade na escola.
A rotina auxilia a criança a se localizar no tempo e os cartões de rotina facilitam essa aprendizagem, pois a rotina passa a ser visualizada pelas crianças e não fica apenas no conhecimento do professor.
Outro instrumento que ajuda a criança a se localizar no tempo é o calendário. Para Aroeira, Soares e Mendes (1996, p. 104) “ajuda a perceber as convenções que representam o passar dos dias, semanas e meses”. Faz-se necessário ter um calendário expostos na sala e fazer sua leitura diariamente para que as crianças possam apropriar-se da forma convencional da representação do tempo. Tais situações de aprendizagem são muito importantes para desenvolver na criança de educação infantil a construção da localização espacial e as convenções da representação do tempo além de promover a participação nas escolhas e a freqüentar a escola com mais confiança.




quinta-feira, 1 de maio de 2008

Como fazer um filme



Relatório do curso Windows Movie Maker- Vem com Windows XP

Ferramentas básicas:
Primeiro deve-se ter no micro, tudo o que se quer usar no filme ( imagens, vídeos, músicas) deve estar tudo na mesma pasta.Ter um microfone para gravação de voz- opcional).
Tarefas: Passos para se criar o filme:

1- Captura do vídeo
Capturar do dispositivo do vídeo ( de uma máquina digital, por exemplo) ;
Importar vídeo;
Importar imagens;
Importar áudio ou música;
Importa- se o que se quer colocar no vídeo (imagens, música, etc) isso fica na parte chamada coleções, daí para montar o vídeo, se arrasta estas imagens, vídeos para Storyboard;
Quando colocar áudio ou música, a configuração muda para linha de tempo. Pode colocar mais de uma música ao mesmo tempo;
Clicando em exibir- coleções, ele mostra o que já está importado.

2-Edição do filme:

Exibir efeitos de vídeo:os efeitos de vídeo, arrasta-se e coloca na estrelinha. Para apagar o efeito, clica-se com o botão direito na estrelinha e escolhe o botão excluir.
Exibir transição de vídeo: as transições de vídeo arrasta-se e coloca-se entre 2 vídeos- clipes. Para excluir uma transição, clica-se com o botão direito na transição e escolhe-se excluir.
Criar títulos e créditos: Pode-se colocar: *Título no início do filme;
*texto em cada clipe;
*antes do clipe;
*depois do clipe;
* pode escolher a fonte e a cor do título e o tipo de animação, a cor de fundo do clipe;
*cada alteração que se faz em títulos de créditos, clica-se em concluída.

3- Conclusão do filme: Após a criação do filme, salva-se como projeto ( que é o modo para se poder editar);
Arquivo- salvar projeto- e como arquivo do filme ( que é o modo de visualização) salvando assim é possível realizar alterações no filme.
Arquivo –salvar filme como- o arquivo do filme fica com a extensão Wmf.

O Movie Maker tem uma opção de filme automático mas, o tempo do filme tem que ter no mínimo 30 segundos.