sábado, 23 de agosto de 2008

Enfoque temático: Ser professora e suas implicações históricas



A Pedagogia da Autonomia é sem dúvida uma das grandes obras escrita por Paulo Freire em prol de uma educação que respeita todo o educando, incluindo os mais desfavorecidos.
A esperança e o otimismo na possibilidade da mudança são um passo gigante na construção e formação científica do professor ou da professora que "deve coincidir com sua retidão ética" (p.18). Ele, um Professor que através da sua vida não só procurou perceber os problemas educativos da sociedade brasileira e mundial, mas propôs uma prática educativa para os resolver. Este livro ensina os professores e as professoras os rumos da educação, como a pesquisa, a ética profissional, a competência como educador, o respeito pelos saberes do aluno, a discriminação, uma reflexão crítica da prática pedagógica, o saber falar e escutar, o ter liberdade e autoridade, o ter curiosidade e ter a consciência que o saber é inesgotável.
Nos deparamos em sala de aula com múltiplos saberes onde o aluno trás em sua trajetória conhecimentos inesgotáveis cabe a nós educadores em educação explorar e trabalhar esses saberes.
Trabalho em educação a mais de dez anos e ainda recordo meu primeiro ano na escola em que ainda atuo, tive uma turma de primeira série com vinte e nove alunos, era uma loucura, pois não tinha experiência alguma em alfabetização, lembro que minhas colegas emprestaram diários ( as folhas já estavam amarelas de tão velhos), umas diziam para iniciar trabalhando com as vogais, outras diziam que já de início era preciso que os alunos memorizassem as famílias silábicas, que eu utilizasse a cartilha (eu havia sido alfabetizada desta forma). Estava perdida no meio de tantas informações, percebia minha turma desmotivada, muitos faltavam. Iniciei então a buscar em livros como se dá o processo de alfabetização, também procurei realizar um trabalho diferenciado, causei um alvoroço na escola pois minha turma era muito falante, trabalhava assuntos do momento da vivencia do meu aluno, aproveitava e pedia a eles opiniões, e realizávamos registro de tudo, fazíamos releitura de livros, fazíamos coleções de objetos onde trabalhávamos os números. Obtive um bom resultado com esta turma quatro alunos reprovaram. É preciso dedicação, motivação, aperfeiçoamento profissional.
Atualmente trabalho com o laboratório de Informática onde desenvolvo um trabalho em conjunto com as professoras regentes de turmas, estou adorando a experiência, eles aplicam, pesquisam, trabalham coletivamente trocando informações, eu também aprendo muito com eles, em um grande número de informações estamos constantemente construindo nossa aprendizagem. A maioria da turmas possuem opiniões formadas e bem estruturadas, todos os dias preciso lançar vários assuntos e desafios, preciso estar atenta em suas conversas para captar o que pensam, o que gostam, para que minhas aulas tornem-se agradáveis e significativas. Tenho tido bons resultados.
Acredito que houve uma melhora no sistema educacional, pois há pessoas preocupadas e engajadas para tornar possível uma educação de qualidade, mais justa, que inclua em vez de excluir. Mas ainda temos uma longa caminhada, é necessário que o aluno participe das aulas não como um mero ouvinte mas que participe , e o professor precisa proporcionar atividades que desenvolvam as diferentes habilidades e competências necessárias para que possam se inserir no meio e integrar-se ao convívio social, no qual encontrarão, dentre tantas alternativas, também o mercado de trabalho, o qual tem se apresentado cada vez mais competitivo.
Há alguns anos alcançamos uma clara consciência política, em que percebemos o poder que tínhamos em mãos e o quanto um currículo, determinado pelo poder público, podia manipular a formação da sociedade. Uma coisa é termos um currículo manipulador, determinista, que desenvolve cidadãos acríticos e passivos diante dos ditames da política e do poder capitalista, outra é termos um currículo que pode e deve formar o cidadão critico, mas que se molde e desenvolva as competências necessárias para poder competir e sair-se bem no mercado de trabalho, conquistando assim um emprego que lhe permitirá um digno sustento.
Trabalhar os conteúdos de forma procedimentar parece ser uma das alternativas de auxiliar os alunos no desenvolvimento das múltiplas competências, que hoje é tão exigidas pela sociedade, além é claro de ser a forma de desenvolver atitudes e mudanças de comportamentos nos alunos. É preciso selecionar o que pode ser descartado na lista de conteúdos, pois muitas vezes é repetido ano após anos sem trazer nenhum significado para o aluno.
Como é importante elaborarmos atividades onde colocamos os alunos diante de diferentes situações e desafiam-nos a resolver os problemas previamente propostos ou aqueles que se apresentarem durante as aulas.
O professor sem dúvida nenhuma tem uma grande missão, uma grande responsabilidade em suas mãos, já que ele precisa primeiramente ter um comprometimento com o que faz, sendo que ele instiga a consciência de seu aluno, fazendo-o despertar para que se torne um sujeito crítico, que consiga refletir sobre o meio em que vive, buscando melhorá-lo, encontrando suas necessidades a serem supridas, avançando para um futuro mais justo e consciente.
Precisamos nos libertar de ser conteúdistas, é fácil dar o que está pronto, porém será que é só isso que nossos alunos precisam, é preciso uma avaliação e seleção do que é realmente importante para seu desenvolvimento cognitivo.
Enfim, o professor Paulo Freire nos dá uma aula de ensinar, e nos fornece com um pensamento livre e despojado uma grande inspiração: de que ensinar vale à pena.

Referências Bibliográficas : FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

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Estado, Educação e Políticas Educacionais

Democracia: Democracia significa participação, em si é pedagógica e estratégica, pois só aprendemos a participar, participando. Contudo sabemos que para que ocorra uma real mudança na gestão educacional, mas para implanta-la é um longo processo que requer diálogo e participação coletiva de todos os envolvidos: pais, alunos, professores, direção colegiada, enfim, a sociedade como um todo, já que os rumos da educação transcendem a um governo, são decisões de Estado, em todas as suas instâncias – escola, conselhos de educação, secretarias municipais e estaduais, Ministério da Educação. A autonomia da escola, a eleição de diretores, o conselho escolar, são alguns pilares que materializam a gestão democrática, mas não são suficientes para mudar nossa histórica cultura autoritária.
Estado: Reformar o Estado e diminuir sua atuação para superar a crise. Esta esta deve ser entendida dentro do contexto da redefinição do papel do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de promotor e regulador desse desenvolvimento. O documento aponta, ainda, que o Estado gerou distorções e ineficiências ao tentar assumir funções diretas de execução, e, nesse sentido, “reformar o Estado significa transferir para o setor privado as atividades que podem ser controladas pelo mercado” este plano busca racionalizar recursos, diminuindo o seu papel no que se refere às políticas sociais. E dá-se em um contexto em que a proposta do governo federal para fazer frente à crise do capital baseia-se na atração de capital especulativo, com juros altos, o que tem aumentado as dívidas interna e externa, provocando uma crise fiscal enorme nos estados e municípios. Isso nos leva a crer que a proposta de descentralização apresentada pela União consistiu e continua consistindo, em um repasse, para a sociedade, das políticas sociais. Portanto, o que aparentemente seria uma proposta de Estado mínimo, configura-se como realidade de Estado mínimo para as políticas sociais e de Estado máximo para o capital.

GLOBALIZAÇÃO:Globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados.O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como conseqüência o aumento acirrado da concorrência.

PARTICIPAÇÃO:No Brasil, não temos um histórico democrático e de participação efetiva da sociedade na luta por direitos sociais, materializados em políticas públicas. No período de abertura política, a sociedade começou a dar os primeiros passos nesse sentido. Mas para que ocorra uma mudança na Política Educacional é preciso ainda uma participação mais coletiva de todos os envolvidos: pais, alunos, professores, direção colegiada, enfim, a sociedade como um todo.

NEOLIBERALISMO:
O Estado como esta em crise com poucos recursos de investimento e para diminuir seus gastos com a educação, repassa sua responsabilidade para o setor privado. Principalmente por acreditar que o mercado é mais eficiente e produtivo do que o Estado.
POLÍTICA: As políticas sociais foram consideradas serviços não-exclusivos do Estado e, assim sendo, de propriedade pública não-estatal ou privada. O papel do Estado para com as políticas sociais é alterado, pois com este diagnóstico duas são as prescrições: racionalizar recursos e esvaziar o poder das instituições, já que instituições democráticas são permeáveis às pressões e demandas da população, além de serem consideradas como improdutivas, pela lógica de mercado. Assim, a responsabilidade pela execução das políticas sociais deve ser repassada para a sociedade: para os neoliberais através da privatização (mercado), e para a Terceira Via pelo público não-estatal (sem fins lucrativos). Plano político e ideológico, e com a ajuda dos meios de comunicação, passa-se a relacionar a luta por direitos como atos contra a nação. Os culpados pela crise seriam os funcionários públicos e o investimento nas políticas sociais.
POLÍTICA POLÍTICAS EDUCACIONAIS:A escola para os sujeitos em vulnerabilidade social, com todos os seus problemas, passa a ser o grande desafio. Expulsar o aluno da escola é o que historicamente foi feito; assim, a questão é como não apenas ter acesso, mas permanecer e ter acesso ao conhecimento a que tem direito. Várias experiências no Brasil e no mundo têm trazido avanços nesta perspectiva, mas, na maioria dos casos, a educação de qualidade para TODOS ainda está muito distante. É importante ressaltar que o eixo das políticas educativas foi se redefinindo. No período de abertura política era centrado principalmente na democratização da escola, mediante a universalização do acesso. Mais especificamente na política educacional, ao mesmo tempo em que avançamos na luta por uma educação para todos, o Estado passa de executor a apenas o avaliador e indutor da qualidade através da avaliação.
POLÍTICAS PÚBLICAS: O papel do Estado para com as políticas sociais é alterado, pois com este diagnóstico duas são as prescrições: racionalizar recursos e esvaziar o poder das instituições, já que instituições democráticas são permeáveis às pressões e demandas da população, além de serem consideradas como improdutivas, pela lógica de mercado.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Refletindo sobre o planejamento do tempo












O que você descobriu ao fazer o seu planejamento de tempo? Surgiram muitos conflitos? O que você achava que poderia fazer neste semestre e descobriu que não tem tempo disponível? O que você pensa sobre o planejamento do tempo? Descreva o processo de construção da tabela com toda riqueza possivel.

Nossa como foi dificil organizar meu tempo, mas e so assim que consigo realizar todas as tarefas. Planejando a planilha, percebi que sobrou pouco tempo para o lazer, pois trabalho 40 horas na escola, dividi minhas tarefas domesticas com minhas irmas, assim consegui dedicar mais horas aos estudos. Todos os dias a noite farei um pouco das atividades do PEAD e Estudos Complementares . Organizei nas tercas pela manha fazer meu planejamento das aulas. Nos finais de semana irei dedicar-me a familia, lazer e ao pead.

Realização do workshop





Minha maior aprendizagem na realização do workshop, foi perceber o quanto havia aprendido neste semestre, principalmente com o PIE e com a Interdisciplina de Tecnologia. Nesta apresentacao percebi que escrevi muito, prejudicando minha apresentacao, preciso ser mais especifica e clara. Tambem ficar mais calma ao apresentar.

Síntese-reflexão






Que aprendizagens se consolidaram ao preparar a síntese-reflexão?

Ao elaborar minha sintese neste semestre, percebi que trabalhamos bem as noções de Tempo e espaço, onde as interdisciplinas se interligavam.

Pude aplicar o que estava aprendendo sobre tempo e espaço nas outras interdisciplinas ou melhor, o que havia aprendido me auxiliava a compreender melhor as noções que a outra disciplina abordava e isto era muito significativo, pois estava vivenciando na prática, como aluna, aquilo que tanto almejamos fazer profissionalmente que trabalhar a Interdisciplinaridade.
Compreendi que espaço e tempo é necessário trabalhar de forma aprofundada estes conceitos ter um bom planejamento, e não encher os alunos com conteúdos sem significados.
O plano Individual de Estudos faz com que possamos aprender algum assunto em que ainda não dominamos, e que quem sabe um dia iremos dispor de um tempo para ler a respeito, contudo sabemos que se não planejarmos um roteiro, um plano, horários, não o fazemos.