sábado, 31 de outubro de 2009

O Menino Selvagem

O filme “O menino Selvagem”relata a história de uma criança que por um milagre sobreviveu sozinho na selva, alimentava-se de bolotas e raízes, trepava em árvores, possuía um olhar vago, adorava chuva e água fresca. Esta criança é arrancada a força de seu habitat natural, fiquei imaginando seu sentimento em deixar o seu lar ao qual sobrevivera por tantos anos. O menino selvagem é entregue aos cuidados de um aldeão que o protege da curiosidade dos camponeses. Um médico lê uma notícia sobre este acontecimento e reconhece como seria útil examinar esta criança e determinar o seu grau de inteligência.
Itard compreende que se trata de uma situação excepcional: um adolescente privado de educação por ter vivido afastado dos indivíduos da sua espécie.
Ele era tratado com muito carinho e cuidados ele parecia não estar confortável em seu novo lar. Certo dia ele fugiu pela janela e foi pela floresta e quando sentiu fome tentou pegar uma galinha (para comer)onde foi surpreendido pelos donos da casa o afugentando. Depois retornou para casa. Não sei se ele considerava o seu verdadeiro lar a casa de Itard, penso que o seu verdadeiro desejo era retornar para a selva. Aparentemente parecia ser surdo por não falar, ele não falava porque não fora ensinado a linguagem oral. Aos poucos foi aprendendo a comunicar-se.
As raizes da história de educação dos surdos é marcada por vários fatores eles eram rejeitados pela sociedade; os surdos não podiam casar, os surdos eram considerados inferiores;
iIsolados nos asilos para que pudessem ser protegidos, viam os surdos como “anormais” ou “doentes”; poucos reconheciam os sujeitos surdos como cidadãos. Itard acreditava que Vitor também fora abandonado na selva pela família.
O filme é muito bom, pois descreve como eram tratadas as pessoas que nasciam surdas,era um crime bárbaro. Fiquei imaginando Vitor vivendo sozinho na selva, foi um milagre ter sobrevivido, também seu desejo em voltar para lá.

domingo, 25 de outubro de 2009

Projetos de Estudos

Na interdisciplina do Seminário Integrador VII, aprendemos uma forma que ainda não conhecia de elaborar um Projeto de Estudos, que parte de um assunto em que o educando tenha interesse em aprender e depois levantamos certezas e dúvidas provisórias. Assim o projeto de estudos ganha mais informações iniciais e com isso posso partir do que meus educandos já conhecem. Em minha escola não é adotado Projetos de Estudos, fica a critério de cada professor em sala de aula elaborar ou não. Eu adoto esta prática, o planejamento fica mais rico, os educandos participam mais deste planejamento e também a aprendizagem torna-se mais concreta e significativa pois um assunto liga ao outro posso facilmente trabalhar todas as áreas do conhecimento. Parto de um assunto levantado por eles em média dura entre três semanas a um mês e meio, dependendo do interesse da turma. Os estudos são realizados seguindo um ritmo para curiosidades e necessidades dos educandos, sempre proponho o diálogo.
O Trabalho com Projetos de Estudos possibilita ao professor trabalhar partindo do que o educando já sabe e o que deseja aprender, proporcionando a ele que participe na elaboração e construção do conhecimento, tornando as aulas agradáveis e produtivas, há um elo, é possível trabalhar com a interdisciplinariedade envolvendo várias áreas do conhecimento.

domingo, 18 de outubro de 2009

Alunos do EJA

O professor precisa ter a ideia de que os alunos já têm algum conhecimento sobre o código escrito, de que o domínio desse código é uma aquisição cognitiva e de que cada um é capaz de construir seu conhecimento, a proposta é partir do que cada um sabe e oferecer oportunidade de reflexão e prática até chegar à leitura e escrita competentes.
Assim, é essencial o contato com textos dos mais diferentes tipos e o incentivo à escrita.
Isto tudo mediado pelos temas trabalhados e suportado por materiais auxiliares. Os materiais auxiliares são de grande importância, permitem trabalhar muitas noções necessárias ao completo desenvolvimento da escrita e leitura, são as palavras cruzadas, os jogos com palavras, as fotos e recortes de gravuras de jornal, os exercícios mimeografados, um grande número de possibilidades que necessita um espaço próprio para ser discutido e avaliado.

sábado, 10 de outubro de 2009

Seu nome é Jonas

Estamos inseridos em uma sociedade onde a cultura baseia-se na comunicação verbal. Ficamos pensando como Jonas sentia-se quando ninguém o compreendia, a família dele sem saber o que fazer e onde procurar auxílio. O filme mesmo sendo antigo, mostra uma realidade ainda vista em nossa sociedade. Mesmo com os avanços da medicina, conseguindo reconhecer as necessidades especiais das crianças até mesmo antes do seu nascimento, o tabu em torno das dificuldades e problemas físicos ou mentais dão a muitas famílias a mesma história triste de Jonas. Não há uma adequação suficiente em instituições de ensino, são poucas ainda as que existem com especialização e mesmo assim não conseguem atender a todos que precisam e às vezes possuem custos muito altos, os professores, nem todos tem formação adequada em todas às áreas a serem contempladas. Assim como Jonas, muitas pessoas buscam e esperam por mais apoio, mais aceitação dentro desta sociedade que procura um modelo de pessoa que não existe, pois cada pessoa é única, possui limitações, interesses próprios, necessidades e personalidade própria. Para que seja possível o termino de histórias como essa que mostrou esse belo filme é a própria mudança de pensamento das pessoas, aceitando as diferenças, acreditando no convívio com estas. A própria legislação já vem modificando nossos costumes, a própria inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas normais foi um grande passo para isso, a obrigatoriedade na melhor formação dos professores será outro. Nossas escolas estão recebendo salas de recursos, onde possamos trabalhar com estes alunos, utilizando materiais que de fato atinjam suas necessidades e lhes dêem melhores condições para aprimorar seus conhecimentos, buscando uma melhor aceitação destes alunos na sociedade. Este filme foi ótimo pois mostrou bem como um surdo comunica-se e também como muitas pessoas o tratam.Esta interdisciplina esta proporcionando o conhecimento da Linguagem de Sinais bem como sua cultura.

domingo, 4 de outubro de 2009

Surdos

Ainda não trabalhei com educandos surdos, se hoje recebesse seria preciso que rapidamente aprendesse a comunicar-me com ele, sei que não é suficiente conhecer a Língua Brasileira de Sinais para poder atuar eficazmente com o educando Surdo. É também necessário conhecer a Cultura Surda através da participação e vivência na comunidade Surda, aceitação da diferença e paciência para inteirar–se nela.
Sei que a diversidade é condição humana, é natural a todas as espécies, é condição para que possamos nos desenvolver, nos aprimorar e nos modificar constantemente. Nesse sentido, é importante olharmos para os sujeitos relacionando-os com o ambiente sócio-cultural do qual participam.
Ainda que a escola não seja o único lugar possível e necessário de desconstrução de uma visão homogeneizadora acerca da constituição dos sujeitos, é fundamental que ela se mobilize em discutir alternativas de legitimação do outro garantindo uma educação em sintonia com os princípios orientadores de uma escola para todos. A escola é um lugar onde uma rede complexa de significados e comportamentos são compartilhados na convivência entre todos.
No semestre passado na interdisciplina Educação com Pessoas Especiais, aprendi bastante sobre a diversidade e pude compreender melhor o quanto é importante nos apropriarmos de informações diversas sobre vários tipos de Necessidades Especiais bem como a importância de termos um olhar diferenciado sobre o aluno(a) procurando oferecer a ele(a) meios , recursos, para que ele possa progressivamente apropriar-se de saberes, e que através de trocas suas relações afetivas venham a ampliar-se e que esta interação com o outro venha contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo. Todos ganham com a inclusão, aprendemos a respeitar, a conviver com as diferenças, aprendemos ser mais afetuosos, esquecemos da individualidade.